domingo, 26 de fevereiro de 2012

Carta a Jesus

Meu Mestre e Senhor Jesus.
Louvado seja o teu santo Espírito!
Nos momentos penosos da minha vida tenho-me apegado contigo e nunca deixei de merecer a Tua misericórida.
Nos momentos de alegria e abundância da minha vida, nunca deixei de te render graças e cantar louvores ao Teu incomparável Espírito.
Ajuda-me Senhor, nas minhas deficiências, preenche as minhas falhas, enche os meus claros com o Teu beneplácito e não permitas que pelos meus defeitos seja a Tua Doutrina escandalizada e a Tua palavra maculada.
Sou Teu discípulo e te amo como o cão fiel ama ao seu dono. Sou criança ignorante. Tem compaixão de mim!
Abençoa a todos os Espíritos, meus irmãos, que me sustentam e dá-lhes forças para que operem comigo o Teu amor.
Louvado seja Deus, o nosso Pai Celestial a quem conheço, Senhor, por Teu intermédio e a quem amo e adoro, se guardo o Teu preceito.

Caibar Schutel
(10 hors da noite de 19 de março de 1936)

Súplica a Deus

Senhor Deus, permiti que os bons Espíritos, que nos rodeiam, venham auxiliar-nos quando sofremos e sustentar-nos quando vacilarmos.
Fazei, Senhor, que Eles nos inspirem a fé, a esperança e a caridade, que sejam para nós um apoio, uma esperança e uma prova da vossa misericórdia; fazei, enfim, que encontremos junto deles as forças que nos faltam nas provações da vida, a fé que salva e o amor que consola.
Fonte: Preces Espíritas - Caibar Schutel

Prece pelos Doentes

Para ser feita pelo próprio doente)
Senhor Deus, vós sois todo de justiça, a moléstia que vos aprouver enviar-me, eu a mereço, porque não se sofre sem causa. Conformo-me, Senhor, para a minha cura, com a vossa infinta misericórdia. Se vos apraz restituir-me a saúde, que o vosso santo nome seja bendito; se, ao contrário, devo ainda sofrer, que do mesmo modo seja bendito vosso santo nome.
Submeto-me sem queixumes à vossa santa vontade, porque tudo aquilo que fazei, só visa o bem das vossas criaturas.
Fazei, Senhor, com que esta moléstia seja par amim uma advertência salutar que me obrigue a fazer sérias reflexões sobre a minha conduta.
Aceito-a como uma expiação do meu passado e como prova para minha fé e submissão à vossa santa vontade.

OUTRA (pelo doente)
Nós vos suplicamos, Senhor, lançardes um olhar de compaixão sobre os sofrimentos de (....) dignando vos fazê-lo cessar, se estiver isso em vossos desígnios.
Bons Espíritos, ministros do Todo Poderoso, auxiliai-nos no desejo que temos de o aliviar; encaminhai o nosso pensamento a fim de que vá derramar um bálsamo salutar em seu corpo e a consolação em sua alma.
Inspirai-lhe a paciência e a submissão à vontade de Deus; daí lhe a força precisa para suportar as dores com resignação cristã, a fim de não perder o fruto que possa alcançar desta provação.

OUTRA (Feita pelo médium curador)
Meu Deus, se vos dignais servirdes de mim, apesar de indigno que sou, como médium curador, para aliviar ou mesmo curar este sofrimento, se for essa a vossa vontade, porque tenho fé em vós e sem o vosso auxílio nada poderei fazer, permiti que os bons Espíritos me comuniquem os seus fluídos salutares para que eu os transmita a este doente. Desviai de mim todo pensamento de orgulho e de egoísmo que poderia alterar a pureza deles.

Fonte: Preces Espíritas - Caibar Schutel

Prece Familiar

Senhor, nós vos pedimos, visita esta habitação e dela afasta todas as insídias do inimigo.
Que os vossos Celestes Mensageiros sejam sempre conosco e velem por esta morada e nos guarde em paz; que a vossa bênção sobre nós desça sempre, por Jesus Cristo Senhor nosso.

Fonte: Preces Espíritas - Caibar Schutel

Pedido para se corrigir de um defeito

Vós nos destes, Senhor Deus, a inteligência necessária para distinguirmos o que é bom do e é mau; ora, desde que reconhecemos que uma coisa é má, tornar-nos-emos culpados se não nos esforçarmos para resistir-lhe. Preservai-nos do orgulho que nos impede de conhecer nossos defeitos, e dos maus Espíritos que nos podem incitar a perseverar neles.
Entre as nossas imperfeições, reconhecemos que somos particularmente inclinados ao orgulho e se não resistimos a essa inclinação, é pelo hábito que contraímos de a ele obedecer.
Vós não nos criastes culpados, pois que sois justo; criaste-nos, sim, com igual aptidão tanto para o bem como para o mal; se trilhamos o mau caminho é por efeito do nosso livre arbítrio. Se temos a liberdade e fazer o mal, temos também a de fazer o bem, e, por conseguinte, a de mudar de caminho.
Nossos defeitos atuais são os restos das imperfeições que trouxemos de existências precedentes, das quais poderemos nos desembaraçar pela nossa vontade e com o auxílio dos bons Espíritos.
Bons Espíritos que nos protegeis e sobretudo vós, nossos Anjos da Guarda, dai-nos a força de resistir às más sugestões para sairmos vitoriosos da luta.
Nossos defeitos são os empecilhos que nos separam de Deus, e cada defeito domado é um passo dado no caminho do progresso, que Dele nos  aproximará.
O Senhor, na sua infinita misericórdia, dignou-se conceder-nos a existência atual para auxiliar o nosso progresso; bons Espíritos, ajudai-nos a tirar proveito dela a fim de que não não seja infrutífera, e que, quando aprouver a Deus fazê-la cessar, possamos dela sair melhores do que quando para ela viemos.
Fonte: Preces Espíritas - Cairbar Schutel

EVOCAÇÃO A JESUS

Jesus, Senhor e Mestre, que dirigis o movimento de espiritualização que se opera no mundo todo, tende vossas vistas voltadas sobre todos os que imploram a vossa assistência; influí para que os Mensageiros de Deus e com especialidade a plêiade que constitui o Espírito de Verdade, o Espírito Consolador, orientem- no Caminho do Bem, e nos proporcionem alívio nos sofrimentos e consolação nas nossas aflições; que eles sejam para nós um arrimo, um amparo, e nos defendam de todo o mal.
Senhor protegei aqueles que desejarem se iniciar na vossa doutrina e daí-lhes a luz do entendimento para a boa compreensão da vossa palavra. Que vossa Paz seja sobre nós.

OUTRA
Jesus, vela por nós para que guardemos a unidade de espírito, cerca-nos com a tua proteção e que ela se constitua muralha intransponível aos elementos adversos.
pedimos que silicites a divina misericórdia para todos os Espíritos que sofrem, tanto encarnados como desencarnados, que se acham em nosso derredor. Tira-lhes o desânimo, dá-lhes coragem, fé e esperanças num futuro melhor, cerca-os dos Bons Espíritos, teus Prepostos, perdoa-lhes as faltas e anima-os a prosseguirem no bom caminho, a cultivarem o perdão, o auxílio ao próximo.
Jesus, que as tuas bênção desçam sobre nós
Fonte: Preces Espíritas – Caibar Schutel

PRECE AO CRIADOR

(suplica à Humanidade por Eurípedes Barsanulfo em 1.11.44)

Ó Deus de bondade e misericórdia! Deixai cair sobre esta pobre Humanidade a vossa bênção e iluminai-lhe o caminho que a conduza a vossa celeste mansão para que possa conhecer a verdadeira felicidade!
O mais humilde de vossos filhos, Senhor, vos implora a graça de vossa complacência para perdoar o erro das pobres criaturas transviadas do caminho, para que possam em seus lábios ressequidos sentir as doçuras do Amor Divino que um dia há de beijar todos os vossos filhos no elo sublime de uma só e grande família!
Senhor! A tantas graças que me concedestes, hoje, que se comemora o aniversário de meu ingresso na pátria da verdade, vos peço que me concedais mais essa, a de proporcionar o sentimento de fé nos gloriosos destinos de todos os vossos filhos que sofrem, e o alento de um conforto e esperança a todos os que neste memento estejam em aflição ou descrentes da vossa infinita misericórdia. Senhor! Que a vossa Santa Paz baixe sobre todos.
Extraído do livro Mensagens de Além Túmulo -  Eurípedes Barsanulfo

Prece Pai Nosso



I. Pai nosso que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome!
Acreditamos em Vós, Senhor, porque tudo revela o Vosso poder e a Vossa bondade. A harmonia do Universo testemunha uma sabedoria, uma prudência e uma previdência que excedem a todas as faculdades humanas; o nome de um Ser soberanamente grande e sábio está inscrito em todas as obras da criação, desde o mais insignificante arbusto e o mais diminuto inseto, até nos astros que se movem no espaço; por toda a parte vemos a prova de uma solicitude paterna; cego é aquele que Vos não reconhece em Vossas obras, orgulhoso aquele que Vos não glorifica e ingrato o que Vos não presta ação de graças.
II. Venha a nós o vosso reino!
Que o reino de paz e de Caridade, instituído pelo Vosso Amado Filho, Jesus Cristo, se torne conhecido e obedecido por todos, para que cessem as maldades deste mundo. Que a inteligência e a razão humana se esclareçam à luz das divinas verdades, de que são portadores os Vossos Santos Espíritos, para que a incredulidade desapareça da Terra e todos possam reconhecer a Vós como único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo o Mestre soberano que Vós enviastes.
III. Seja feita a Vossa vontade assim na Terra como no Céu!
Ajudai-nos a observar as Vossas leis e a submeter-nos, sem murmurar, aos decretos divinos, porque Vós sois a fonte da sabedoria e do amor e nós, criaturas inferiores, devemos satisfazer a Vossa vontade.
IV. O pão nosso de cada dia nos daí hoje!
Daí-nos o alimento material para entreter as forças do corpo e o alimento espiritual para o desenvolvimento de nosso espírito. Daí-nos amor ao trabalho: ao trabalho material e ao trabalho espiritual, para não ficarmos estacionários na Estrada da Vida e para que possamos auxiliar aos necessitados com as nossas dádivas. Daí-nos, pois, Senhor, o pão nosso de cada dia, isto é, os meios de adquirirmos pelo trabalho, as coisas necessárias à vida do corpo e à vida do Espírito.
V. Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Perdoai as nossas ofensas, assim como os perdoamos aos nossos ofensores!
Senhor, da Caridade fizestes uma lei expressa para nós e fora dessa lei não poderíamos reclamar a Vossa indulgência. Se nós mesmos recusamos o perdão àqueles de quem nos queixamos, com que direito reclamaríamos para nós o perdão das muitas faltas que contra vós temos cometido? Se vos aprouver retirar-nos hoje mesmo deste mundo, permiti que possamos nos apresentar perante Vós, puros de toda animosidade, a exemplo do Cristo, cujas derradeiras palavras foram de indulgências pelos seus algozes.
VI. Não nos deixeis cair em tentações, mas livrai-nos do mal!
Daí-nos forças para resistirmos às sugestões dos maus espíritos que, tentando desviar-nos do caminho do bem, nos inspiram pensamentos maléficos.
Sustentai-nos e inspirai-nos pela voz dos Anjos Guardiães e dos Bons Espíritos, a vontade de corrigirmos as nossas imperfeições a fim de fecharmos a alma ao aceso dos espíritos impuros.
VII. Assim seja!
Assim seja; praza a Vós, Senhor, que os nossos desejos se realizem; todavia nos inclinamos diante da vossa infinita sabedoria.
Fonte: Preces Espíritas - Caibar Schutel

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O QUE É ESPIRITISMO, AS MESAS GIRANTES, MATERIALIZAÇÃO E APARIÇÕES.


Espiritismo é uma doutrina de caráter cintífico, filosófico de consequências morais e religiosas, codificada por Allan Kardec nos meados do século XIX. Trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos e das relações como mundo corporal.
Como ciência prática, ele consiste nas relações que se pode estabecer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem dessas relações; e como religião, temos de entendê-lo não como organização religiosa, mas no seu real sentido de religar a criatura ao criador.
(Apostila do Cruso de Espiritismo e Evangelho - Centro Espírita Amor e Caridade Goiania - G.O.)

O Espiritismo não tem nacionalidade, independe de todos os cultos particulares, não é imposto por nenhuma classe social, visto que cada um pode receber instrução de seus parentes e amigos de além- túmulo. Era necessário que assim fosse, para que ele pudesse conclamar todos os homens à  fraternidade, pois se não se colocasse em terreno neutro, teria mantido as dissenções, em lugar de apaziguá-la.
(Evangelho Segundo o Espiritismo)

"É uma doutrina ensinada pelos espíritos que prega a reencarnação e a imortalidade da alma; tem como base a tríplice: Ciência - filosofia e a moral Cristã.
É universalista sem dognas, sectarismo ou cultos religiosos. Convida as pessoas a analisar e meditar seus conceitos, guiando à fé raciocinada."
(Elaine Saes)


Sobre este tema, Emmanuel em sua genial obra “O Consolador”, nos afirma o seguinte:
“Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais. A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam o aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual. A Religião é o aspecto mais importante, por ser o elo de ligação à Deus." 
 POR QUE USAR A PALAVRA ESPIRITISMO?

No início da introdução de “O Livro dos Espíritos”, o Codificador nos explica porque deu este nome à doutrina que então se iniciava.
“Para se designarem coisas novas são precisos termos novos. Assim o exige a clareza da linguagem, para evitar a confusão inerente à variedade de sentidos das mesmas palavras. Os vocábulos espiritual, espiritualista, espiritualismo têm acepção bem definida. Dar-lhes outra, para aplicá-los à doutrina dos Espíritos, fora multiplicar as causas já numerosas de anfibologia. Com efeito espiritualismo é o oposto do materialismo. Quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que matéria, é espiritualista. Não se segue daí, porém que creia na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo visível. Em vez das palavras espiritual, espiritualismo, empregamos, para indicar a crença a que vimos de referir-nos , os termos espírita e espiritismo, cuja forma lembra a origem e o sentido radical e que, por isso mesmo apresentam a vantagem de ser perfeitamente inteligíveis , deixando ao vocábulo espiri-tualismo a acepção que lhe é própria(...) Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas, ou se quiserem, os espiritistas.”

AS TRÊS REVELAÇÕES
As três grandes fases da revelação: 

  1. Moisés - Infância d humanidade
  2. Jesus - Maioridade
  3. Espiritismo - Maturidade


Revelar significa tirar o véu, mostrar, tomar conhecimento do que é secreto, mas todo conhecimento deve ser progressivo e ajustado à mente a que se destina.
Desta forma, os Espíritos nos afirmam que a Humanidade recebeu a grande Reve-lação em três aspectos essenciais:

– Revelação de Moisés:
Através desta revelação, Moisés nos traz a missão da Justiça.
Na lei mosaica, há duas partes distintas: a lei de Deus, que está formulada nos dez mandamentos, e a lei civil ou disciplinar, decretada por Moisés. Se a primeira é invariável, a segunda é apropriada aos costumes e ao caráter do povo, e se modifica com o tempo.
Por ser o povo hebreu indisciplinado e preconceituoso, Moisés precisou usar da força para combater os abusos e preconceitos adquiridos durante a escravidão do Egito. Só a idéia de um Deus terrível podia impressionar criaturas ignorantes.
Por isso afirma Kardec: “As leis mosaicas, propriamente ditas, revestiam, pois um caráter essencialmente transitório.”.

– Revelação de Jesus:
Jesus nos trouxe a revelação insuperável do Amor. Ele não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus, veio cumpri-la e desenvolvê-la; dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens.
O Mestre nos desvendou a vida futura e nos revelou um Deus-Pai, todo Amor e Misericórdia.
Seu Evangelho é o mais perfeito código de conduta moral que se conhece, mas para compreender o sentido oculto de suas palavras, seria preciso que novas idéias e novos conhecimentos viessem dar-lhes a chave, e essas idéias não poderiam vir antes de um certo grau de maturidade do espírito humano. Meditemos em suas palavras:
“Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não podeis suportar agora. Mas quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.”  (João 16: 12 e 13)

– Revelação Espírita:
O Espiritismo, em sua feição de Cristianismo redivivo, traz, por sua vez, a sublime tarefa da Verdade.
O século XIX trouxe novas claridades para o mundo, encaminhando-o para as re-formas úteis e preciosas. A ciência nessa época desfere os vôos soberanos que a condu-ziriam às culminâncias do século atual.
Decretada a maturidade espiritual da coletividade em evolução no planeta, novas luzes chegam ao campo terrestre marcando o advento da terceira revelação.
Se a primeira Revelação teve em Moisés a sua personificação, e a Segunda tem-na no Cristo, a terceira – o Espiritismo – não tem um só elemento a personificá-la, visto não ser fruto do ensinamento de nenhum homem, mas sim dos Espíritos.

Assim como o Cristo disse:
 “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”, também o Espiritismo diz: “Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução.”
Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele é, pois obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra.
(Allan Kardec)


HISTÓRIA DO ESPIRITISMO



Ao falarmos sobre História do Espiritismo, devemos diferenciar os fatos espíritas do Espiritismo propriamente dito. Os fenômenos espíritas aconteceram em todas as épocas da Humanidade. No livro do Velho Testamento, encontramos inumeráveis casos de prática mediúnica, obsessão, curas, que se naquele instante foram tidos como sobre-naturais, hoje, à luz da doutrina consoladora, são explicados com muita tranqüilidade. Por isso, quando falamos em história do Espiritismo, queremos falar daquele instante em que Arthur Conan Doyle nos afirma ter havido uma “invasão” das entidades desencarnadas.
O fato mais marcante deste período é sem dúvida o episódio de Hydesville, mas antes gostaríamos de citar dois médiuns maravilhosos que foram Emanuel Swedenborg e Andrew Jackson Davis, que tiveram importante atuação como precursores do Espiritismo.
 Emanuel Swedenborg 
O primeiro foi um sábio sueco que viveu no século XVIII, e que em suas incursões pela espiritualidade, nos antecipa o mundo que mais tarde Allan Kardec iria meto-dicamente estudar.
Jackson Davis

O segundo, Jackson Davis, foi um excepcional médium americano contemporâneo das irmãs Fox. Dono de uma grande força profética, tem em seu currículo as profecias detalhadas que fez antes de 1856 do automóvel e da máquina de escrever.
O próprio aparecimento do Espiritismo foi por ele previsto nos seus “Princípios da Natureza”, publicados em 1847, onde ele diz:
“É verdade que os Espíritos se comunicam entre si, quando um está no corpo e outro em esferas mais altas, e, também, quando uma pessoa em seu corpo é inconsciente do influxo e, assim, não se pode convencer do fato. Não levará muito tempo para que essa verdade se apresente como viva demonstração. E o mundo saudará com alegria o surgimento dessa era, ao mesmo tempo em que o íntimo dos homens será aberto e estabelecida a comunicação espírita, tal qual a desfrutam os habitantes de Marte, Júpiter e Saturno”.

O EPISÓDIO HYDESVILLE


As manifestações de Hydesville marcam o início do moderno Espiritismo. Nos tempos antigos não havia, propriamente, Espiritismo, que é um corpo de doutrina originado pelas manifestações dos Espíritos, senão simples fenômenos, embora fartamente descrito em várias obras, alguns pouco estudados, outros imperfeitamente registrados, e muitos mesclados de fatos lendários ou superstições.
Hydesville, vilarejo situado próximo à cidade de Rochester, no condado de Wayne, nos Estados Unidos, já a história registrava os fenômenos que os ignorantes e sectários (fanáticos) atribuem a invenção e fraude da família. A casa já tinha estranha reputação, pois antigos moradores resolveram retirar-se repentinamente sem maiores explicações. É que havia ali uns batimentos misteriosos. As pancadas ou “raps” começaram em 1848; depois ouvia-se a arrastar de cadeiras. Com o tempo os fenômenos tornaram-se mais complexos: tudo estremecia, os objetos se deslocavam, havia uma erupção de sons fortes.
Duele idealizou, então, o alfabeto para poderem traduzir as pancadas e compreenderem o que dizia o invisível.
Alarma-se a família, vêm os parentes, acorrem os vizinhos curiosos, enchem a casa. Em breve, toda a localidade contava os acontecimentos.
As filhas do casal Fox, Margareth e Kate moradores da casa, eram protestantes, da igreja Metodista, pela crença supunham ter tratado com o demônio, resolveram desafiar o mistério travando um diálogo com o que todos julgavam fosse o diabo. A igreja excomungou as meninas. Concluiu-se que se tratava de uma alucinação coletiva.
Foram nomeadas comissões de investigações. O exame das moças atingiu as raias da brutalidade; foram isoladas, puseram-nas diante de espelhos; pesquisadoras femininas as despiram, inspecionaram-nas e ainda amarradas, selaram... Olheiros e escutas tinham olhos e ouvidos sobre elas. E os fenômenos se foram reproduzidos sem que se pudesse apanhar a maroteira. Ouviram-se bateduras pelo chão, pelas paredes. Pelo teto, pelos aposentos vizinhos, em lugares onde elas não estavam. Não houve jeito de descobrir a burla. Desta vez quiseram linchar as moças, o que não levaram a efeito pela corajosa intervenção de alguns heróis.
As meninas tinham 11 anos e 14 anos. Depois de algum tempo vários outros depoimentos vieram reforçar a ausência de fraude.
O batedor invisível contou sua história: Chamava-se Charles Rosma, fora um vendedor ambulante hospedado naquela casa pelo casal Bell (antigos moradores), que ali o assassinaram para roubar-lhe a mercadoria e o dinheiro que trazia . Seu corpo fora sepultado no porão.
Graças ao depoimento de Lucrécia Pelves, criada dos Bell, Fox e outros desceram à adega, onde cavaram, encontrando tábuas, alcatrão, cal e cabelos humanos, bem como utensílios do mascate. Seu corpo, todavia, só apareceu em 1904 (56 anos depois), quando uma parede da casa ruiu, deixando descoberto o esqueleto do morto.
Assim, os fatos vieram confirmar a estranha denúncia de um morto, que saía das trevas para relatar a ação criminosa de que fora vítima, havia anos.

Chegara o momento preciso em que era necessário chamar a atenção deste mundo para os mistérios do outro. Nova era, começava em que os homens se deviam encaminhar para a harmonia e para a paz. Foi o que declararam os Espírito, quando indagou a razão daqueles ruídos e ao que eles vinham
“Nosso desejo-lhe responderam é que a humanidade viva em harmonia e que os cépticos se convençam da imortalidade da alma”.
Não se compreendia bem o que eram aqueles fenômenos, ou ao que vinham eles. O grande papel que o Espiritismo tinha que representar não estava bem definido, apesar do aviso dado pelos primeiros batedores. Era preciso pôr em ordem as diversas peças esparsas, dar-lhe um sentido, explicá-las, trazer o lampadário que iria esclarecer o grande movimento que desponta à face do mundo, que iria transformar esse mundo de dores em mundo de esperança.
Após todos esses acontecimentos, Allan Kardec apareceu no grande cenário Espiritual.
Como queriam os espíritos, o acontecimento repercutiria na Europa, despertando as consciências e, ao lado dos fenômenos das “Mesas Girantes”, prepararia o advento do Espiritismo.


AS MESAS GIRANTES

Paralelamente ao episódio das irmãs Fox, a Europa e também
os Estados Unidos puderam observar outros fenômenos de causa até então desconhecida. Eram pancadas, ruídos e movimentos de objetos, a partir da influência de certas pessoas, designadas Médiuns, que podiam de alguma sorte provocá-los à vontade, o que permitiu repetir-se as experiências. Serviu-se, para isso, sobretudo, de mesas; não que fosse esse o único objeto possível a dar condições a tais fenômenos, mas por seu caráter de comodidade e de facilidade para se assentar à sua volta. Obteve-se, dessa maneira, a rotação da mesa, em seguida de movimentos em todos os sentidos, erguimentos, pancadas com violência, etc.
Até então, os fatos eram explicados somente por uma suposta ação magnética ou de uma corrente elétrica, mas não tardou a se reconhecer nesses fenômenos, efeitos inteligentes, porque o movimento obedecia a uma vontade; a mesa se dirigia à direita ou à esquerda, sobre um ou dois pés, batendo o número de pancadas convencionadas para a obtenção de respostas , etc. Desde então ficou evidente que a causa não era puramente física, e segundo o axioma:
 “todo efeito tem uma causa, todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente”, concluiu-se que a causa desse fenômeno deveria ser uma inteligência".
A princípio pensou-se que a natureza desta inteligência seria um reflexo da própria inteligência do médium ou dos assistentes, mas estudos posteriores revelaram a impossibilidade destas afirmativas. Foi demonstrado pelos próprios Espíritos que ninguém mais eram, que homens que já não viviam sob a roupagem física deste planeta; que a matéria poderia ser influenciada por eles, usando fluidos fornecidos pelos médiuns, gerando assim as manifestações físicas e inteligentes.
As comunicações por pancadas eram lentas e incompletas; reconheceu-se que a-daptando-se um lápis a uma cesta ou a uma prancheta ou a outro objeto qualquer sob o qual colocavam-se os dedos, esse objeto se punha em movimento e traçava caracteres. Mais tarde, certificou-se que esses objetos não eram senão acessórios os quais podia-se dispensar. A experiência demonstrou que o espírito agindo sobre um corpo inerte para dirigi-lo à vontade, poderia agir do mesmo modo sobre o braço ou a mão, a fim de conduzir o lápis.
Desde este momento, as comunicações não tiveram mais limites e a troca de idéias pôde ser feita com tanta rapidez e desenvolvimento quanto entre os vivos. Era um vasto campo aberto à exploração, à descoberta de um mundo novo: O mundo dos Espíritos.

MATERIALIZAÇÃO

As materializações dos espíritos entre os homens ocorreram em todos os tempos.

Na Bíblia, Velho Testamento, Livro 1 Samuel pg. 282 cap. 28, relata-se que o rei Saul havia ordenado à expulsão de todos os que comunicassem com os mortos. Vendo-se cercado pelos Filisteus, Saul disfarça-se e vai procurar a Pitoniza de Endor (Os gregos davam o nome de Pitonisas a todas as mulheres que tinham a profissão de adivinhas), que reconhecendo-o e temendo desobedecer à ordem real pergunta-lhe: 

Por que me armas um laço na minha vida, para me matares? Diante de tal pergunta Saul lhe jura que não lhe quer fazer mal nenhum.

A Pitoniza torna a perguntar: 
Quem queres tu que te apareças? E o consulente retruca “Faze-me aparecer Samuel”.
Ali faz-se uma verdadeira sessão de materialização; o espírito de Samuel fala ao aniquilado Saul, e profetiza que ele e seus filhos morreriam no dia seguinte, o que realmente aconteceu.

O Novo Testamento registra acontecimentos que hoje conhecemos através da doutrina dos espíritos, como fenômenos mediúnicos, como por exemplo: Da transfiguração do Senhor no Tabor. 
Seis dias depois Jesus chamou à parte, Pedro, Tiago e João e os levou consigo a um alto monte, e se transfigurou diante deles; suas vestes se tornaram brilhantes e alvíssimas como a neve. Apareceram Elias e Moises e falaram com Jesus. Disse Pedro então a Jesus: Mestre, bom é estarmos aqui, façamos três tendas; uma para ti; uma para Moises e outra para Elias. Não sabiam o que haviam de dizer, pois estavam aterrorizados. Viu-se uma nuvem que os envolveu e dela uma vez saiu, dizendo: Este é meu filho, muito amado, escutai-o. Ouvindo isso, os discípulos caíram de rosto em terra, presos de grande temor.
Jesus se aproximou e tocou-os, dizendo-lhes: Levantai-vos e não temais.
Erguendo então os olhos, eles a ninguém mais viram, senão somente a Jesus.
Quando desciam do monte, Jesus lhes fez esta recomendação: 
Não falais a pessoa alguma do que vistes, até que o filho de homem ressuscite dentre os mortos.
Deste fato podemos considerar como fenômeno de materialização, transfiguração, servindo três discípulos como médiuns. Além deste outros fatos ocorreram comprovando a materialização.

Coube a doutrina dos espíritos trazer à luz esses fenômenos que eram considerados sobrenaturais, nos explicando que Materialização é o fenômeno pelo qual os espíritos se corporificam tornando-se visíveis a quantos estiverem no local das sessões.

 As reuniões exigem um trabalho preparatório muito intenso, de encarnados e desencarnados especialmente dos últimos. Os dirigentes espirituais tomam as seguintes providências: 
A) Isolamento do local das sessões num círculo de mais ou menos 20 metros;
B) Ionização da Atmosfera;
C) Destruição das larvas.
Faz-se um isolamento através de um cordão de obreiros esclarecidos, a fim de evitar o acesso de entidades inferiores que podem perturbar os trabalhos, e afetar a pureza do material utilizado nas materializações, tais como: ectoplasma, fluidos, etc...

A Ionização é um processo de eletrificação do ambiente possibilitam recursos elétricos magnéticos, como: focos de luz, lampejos, etc... Que se observam nas sessões.

A destruição das larvas por aparelhos elétricos invisíveis do plano espiritual, evita que o ectoplasma (força nervosa de médium) sofra a intromissão de certos elementos microbianos. A força nervosa do médium é matéria plástica e profundamente sensível às nossas criações mentais.

Como podemos observar, os espíritos tem um trabalho intenso para organizar uma sessão de materialização. Assim sendo, é justo que só por motivos superiores os espíritos se materializem tais como:
A) Atendimento aos sofredores encarnados nos serviços de cura;
B) Facilitar investigações científicas respeitáveis previamente planejadas no plano maior.
Se na parte espiritual há uma série de precauções, visando resguardar a organização mediúnica e o bom êxito das sessões de materialização, os encarnados precisam de um preparo muito maior.
Para que uma sessão seja bem organizada, a equipe material tem que estar com sentimentos elevados, e muito cuidado com a alimentação, evitando bebidas alcoólicas, que ingeridas, determinam emanações venenosas que podem atingir prejudicialmente a organização do médium.

Porque?


O médium fornece com abundância ectoplasma do seu próprio corpo, destinado à materialização dos espíritos. Assim, deve se preservar a pureza de ectoplasma. Se o ambiente se achar impregnado de pensamentos inferiores e de substâncias venenosas, resultante de ingestão de alimentos grosseiros e bebidas excitantes o ectoplasma é restituído e fica cheio de impurezas, afetando o aparelho fisiológico do médium.
Poucos se submetem a essa disciplina, daí os perigos das sessões de materialização.
Os assistentes, de um modo geral, não tomam conhecimento desses perigos, querem apenas deslumbrar-se ante a maravilha do fenômeno, sem se preocupar com o sacrifício das entidades e do médium.

Podemos dividir as materializações em dois grupos diferentes:
A) Os espíritos incorpora o perispírito do médium colocado em transe;
B) O espírito organiza o seu corpo, exclusivamente com os elementos essenciais às materializações, sem o concurso do perispírito do médium.
Nas materializações do grupo A, quando o corpo físico do médium descansa, sob as vistas de terceiros, na cabine separada, o perispírito, desprendendo-se, é utilizado pelo espírito, que, então, corporificado, aparece na sala, passeia, coversa, faz curativos ante o pasmo geral, que são as manifestações mais comuns.
Nas materializações do grupo B, o fenômeno adquire foros de sublimação. Essas materializações podem dispensar o concurso ostensivo do médium, verificando-se nos lares, nas ruas, etc... Embora o ectoplasma não apareça, ele existe e se associa a dois outros elementos: energias dos planos superiores e recursos tomados da própria natureza.
Alguém está doando de uma forma sutil, que transcende a nossa capacidade de percepção.
As materializações com Francisco Cândido Xavier atingiram culminâncias sublimes.
No ano de 1952, foi feita uma sessão, aonde foi preparado o ambiente, com portas, janelas cerradas. Materializa-se Meimei pedindo que uma pessoa necessitada, fosse colocada no meio da sala.
Um jovem enfermo do pulmão aproxima, e foi derramado sobre ele fluído com aparência de cordões fosforescentes. Logo após se materializa um espírito de aparência austera e nobre. Sua roupa era uma toga romana, e nas mãos aparece um atocha representando a fé, e o mesmo ponderou:
- Amigos, o que acabaste de ver e ouvir representa maiores responsabilidades sobre os vossos ombros. Abriu-nos os horizontes da alma, descerrando os panoramas do trabalho na Seara do Senhor, onde deveremos operar sempre, mesmo sob o guante da dor e do sofrimento.
Descerrada a porta, foi encontrado no quadro ao lado, o ambiente todo iluminado e Chico deitado, atravessado na cama, inanimado. De seu peito no local do coração, um brilhante foco de luz e, em letras douradas, se escrevia a palavra: Amor.
Após dois anos, a palavra paternal de Emmanuel comunicou que semelhantes manifestações haviam sido vedadas, a benefício do livro mediúnico. Isso ocorreu porque a mediunidade de Chico precisava estar emprenhada em outro tipo d materialização a materialização do pensamento de nossos instrutores da vida maior.


APARIÇÕES

A materialização é um fenômeno objetivo, e a aparição é um fenômeno subjetivo. Há, portanto fundamental diferença entre uma e outra:

Na materialização o espírito torna-se visível os quantos estiverem no local das sessões.
Na aparição o espírito é visto apenas por quem tiver vidência.
Dentre todas as manifestações espíritas, as manifestações visuais são das mais interessantes, e podem dar-se:


A)     Durante o sono: Enquanto o corpo físico repousa, o espírito desliga-se do mesmo, pondo-se em contato com o plano espiritual, transporta-se ou é levado a lugares desconhecidos, agradáveis ou não, entrando em contato com os espíritos. Os estudos dos sonhos nos esclarece bem o que sejam as visões durante o repouso corporal;
B)      No estado de Vigília: As manifestações visuais quando estamos acordados, ou seja, em pleno gozo de nossas faculdades, são as que mais interessam para fins de estudo, portanto caracterizam-se por aparições, que às vezes não passam de algo vago, vaporoso e impreciso, podendo também apresentar-se como formas concretas, tangíveis e palpáveis.
Os espíritos que se manifestam através dessas aparições, pertencem às todas as categorias da escala evolutiva. Assim, podem assumir todas as aparências, as quais servem para melhor caracterizá-lo aos olhos do observador, para comprovar sua identidade se for necessário, podendo se apresentar como: coxos, estropiados, com cicatrizes ou com atributos de sua elevação.
Os espíritos elevados se apresentam com aparência bela e serena, irradiando alegria e paz, enquanto os atrasados podem caracterizar-se por seu aspecto bestial, provocando até temor.

Os fenômenos de aparição resultam de uma Condensação do perispírito, que faz às vezes, adquirir as propriedades de corpos sólidos, assim, como volver ao estado primitivo.
Tais sucessos realizam-se sem o concurso de fatores exteriores, porém neles intervém a vontade do espírito, sob o controle de espíritos de ordem mais elevada.
Por sua natureza etérea, semi - material, o perispírito goza da propriedade da penetrabilidade, a qual lhe permite atravessar a matéria densa, da mesma maneira que os corpos transparentes são atravessados por um raio de luminoso.
As aparições podem dar-se tanto em considerações normais de vigília, como no estado próximo de êxtase, estado que possibilita uma espécie de dupla vista.
Nem todos podem ver espíritos, já que isso depende da organização física; embora as aparições dependem da vontade dos espíritos, mas só a caracterizam-se após harmonização dos fluídos do espírito com os do médium, tal harmonização é consequência de uma afinidade pré-existente, sem a qual a fenômeno não se daria.
As aparições no estado de vigília não são raras, verificam-se em todos os tempos. Muitas pessoas as tiveram e as tomaram no primeiro instante, pelo que se convencionou chamar de alucinação. São frequentes, no caso de morte de pessoas distantes, que veem visitar parentes e amigos.
O espiritismo servindo-se dos médiuns videntes, nos revelou o mundo dos espíritos, que é também uma das forças ativas da Natureza.

Vídeo: O Espiritismo de Kardec Aos Dias de Hoje




Fonte: Apostila do Cruso de Espiritismo e Evangelho - Centro Espírita Amor e Caridade Goiania - G.O.
Apostila de Desenvolvimento Mediúnico - Centro Espírita Caminho da Luz S.P.
Evangelho Segundo o Espiritismo
obra “O Consolador”

Allan Kardec




A missão
Emmanuel, Espírito que teria participado da equipe de Espíritos orientadores du-rante o período de atividades de Allan Kardec no plano físico, nos afirma nos capítulos XXII e XXIII do livro “A Caminho da Luz”, o seguinte:
“(...)nascia Allan Kardec (...), com a sagrada missão de abrir caminho ao Espiri-tismo, a grande voz do Consolador prometido ao mundo pela misericórdia de Jesus Cristo.”  “Consolador da Humanidade, segundo as promessas do Cristo, o Espiritismo vinha esclarecer os homens, preparando-lhes o coração para o perfeito aproveitamento de tantas riquezas do Céu.”
 E no livro “O Consolador”, completa:
“O Espiritismo não pode guardar a pre-tensão de exterminar a outras crenças, parcelas da verdade que a sua doutrina repre-senta, mas, sim, trabalhar por transformá-las, elevando-lhes as concepções antigas para o clarão da verdade imortalista. A missão do Consolador tem que verificar junto das almas e não ao lado das gloríolas efêmeras dos triunfos materiais.(...)” 
Voltando ao livro “A Caminho da Luz”, ao segundo dos capítulos indicados temos:“A tarefa de Allan Kardec era difícil e complexa. Competia-lhe reorganizar o e-difício desmoronado da crença, reconduzindo a civilização às suas profundas bases religiosas.” E no capítulo XXIV continua: “Somente o Espiritismo, prescindindo de todas as garantias terrenas, executa o esforço tremendo de manter acesa a luz da crença, nesse barco frágil do homem ignorante do seu verdadeiro destino(...)”.
Após todos os acontecimentos de Hydesville, Allan Kardec apareceu no grande cenário Espiritual. Até aquele momento, as sessões que kardec assisitia, não tinham nenhum fim determinado; a não ser do ponto de vista da filosofia, da psicologia e a natureza de mundo invisível. 

Dados Biográficos:
Hippolyte Léon Denizard Rivail


 Nasceu em Lyon, na França, a 3 de outubro de 1804, de uma família antiga que se distinguiu na magistratura e na advocacia. Apesar disso não seguiu essas carreiras, desde a primeira juventude, sentiu-se inclinado ao estudo das ciências e da filosofia.
Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdun (Suíça), tornou-se um dos mais eminentes discípulos desse célebre professor e um dos zelosos propagandistas do seu sistema de educação, que tão grande influência exerceu sobre a reforma do ensino na França e na Alemanha.
Dotado de notável inteligência e atraído para o ensino pelo seu caráter e pelas suas aptidões especiais, já aos catorze anos ensinava o que sabia àqueles seus condiscípulos que haviam aprendido menos do que ele. Foi nessa escola que lhe desabrocharam as idéias que mais tarde o colocariam na classe dos homens progressistas e dos livres pensadores.
Nascido sob a religião católica, mas educado num país protestante, os atos de in-tolerância que por isso teve de suportar, no tocante a essa circunstância, cedo o levaram a conceber a idéia de uma reforma religiosa, na qual trabalhou em silêncio com o intuito de alcançar a unificação das crenças. Faltava-lhe, porém, o elemento indispensável à solução desse grande problema.
O Espiritismo veio, a seu tempo, imprimir-lhe especial direção aos trabalhos.
Concluídos seus estudos, voltou para a França. Conhecendo a fundo a língua alemã, traduzia para a Alemanha diferentes obras de educação e de moral e as obras de Fénelon, que o tinham seduzido de modo particular.
Era membro de várias sociedades sábias, entre outras, da Academia Real de Arras, que no concurso de 1831 lhe premiou uma notável memória sobre a seguinte questão: Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da época?
De 1835 a 1840, fundou em sua casa, cursos gratuitos de Química, Física, Ana-tomia Comparada, Astronomia, etc..
Preocupado sempre com o tornar atraentes e interessantes os sistemas de educação, inventou, ao mesmo tempo, um método engenhoso de ensinar a contar e um quadro mnemônico da História da França, tendo por objetivo fixar na memória as datas dos acontecimentos de maior relevo e as descobertas que iluminaram cada reinado. Entre suas numerosas obras de educação, se destacam as seguintes: Plano proposto para melhoramento da instrução pública (1828); Curso Prático e teórico de Aritmética (1824); Gramática Francesa Clássica (1831); entre outras.
Pelo ano de 1855, posta em foco a questão das manifestações dos Espíritos, o professor Rivail entregou-se a observações perseverantes sobre esse fenômeno, cogitando principalmente de lhe deduzir as conseqüências filosóficas. Entreviu, desde logo, o princípio de novas leis naturais: as que regem as relações entre o mundo visível e o mundo invisível. Reconheceu, na ação deste último, uma das forças da natureza, cujo conhecimento haveria de lançar luz sobre uma imensidade de problemas tidos por insolúveis, e lhe compreendeu o alcance, do ponto de vista religioso.
Em 1857, quando da publicação da primeira edição de “O Livro dos Espíritos” foi que surgiu pela primeira vez o nome Allan Kardec. Vendo a necessidade de diferenciar suas obras exclusivamente didáticas das espíritas, o até então professor Rivail teve a idéia de usar um pseudônimo. Foi aí que seu guia espiritual lhe sugeriu o nome Allan Kardec, lhe dizendo ter sido um companheiro seu nos tempos dos druídas, quando ele tinha este nome.
Fundou em Paris, a 1º de abril de 1858, a primeira Sociedade Espírita regularmente constituída, sob a denominação de “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas”, cujo fim exclusivo era o estudo de quanto possa contribuir para o progresso da nova ciência. Allan Kardec se defendeu, com inteiro fundamento, de coisa alguma haver escrito debaixo da influência de idéias preconcebidas ou sistemáticas. Homem de caráter frio e calmo observou os fatos e, de suas observações, deduziu as leis que os regem. Foi o primeiro a apresentar a teoria relativa a tais fatos e a formar com eles um corpo de doutrina, metódico e regular.
Data do aparecimento de “O Livro dos Espíritos” a fundação do Espiritismo que, até então, só contara com elementos esparsos, sem coordenação, e cujo alcance nem toda gente pudera apreender.
Trabalhador infatigável, sempre o primeiro a tomar da obra e o último a deixá-la, Allan Kardec sucumbiu, a 31 de março de 1869, quando se preparava para uma mudança de local, imposta pela extensão considerável de suas múltiplas ocupações.
Morreu conforme viveu: trabalhando. Sofria, desde longos anos, de uma enfermi-dade do coração, que só podia ser combatida por meio do repouso intelectual e pequena atividade material. Consagrado, porém, todo inteiro à sua obra, recusava-se a tudo o que pudesse absorver um só que fosse de seus instantes, à custa das suas ocupações prediletas. Deu-se com ele o que se dá com todas as almas de forte têmpera: a lâmina gastou a bainha.
Um homem houve de menos na terra; mas, um grande nome tomava lugar entre os que ilustraram este século ; um grande Espírito fora retemperar-se no infinito, onde todos os que ele consolara e esclarecera lhe aguardavam impacientes a volta!


Fonte: (Texto parcialmente transcrito da Revista Espírita, maio de 1869.) 
Apostila de Desenvolvimento Mediúnico - Centro Espírita Caminho da Luz S.P.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

DEUS ESTÁ FALANDO COM VOCÊ!

Um homem sussurou: Deus fale comigo.
E um rouxinol começou a cantar
Mas o homem não ouviu.

Então o homem repetiu:
Deus fale comigo!
E um trovão ecoou nos céus
Mas o homem foi incapaz de ouvir.

O Homem olhou em volta e disse:
Deus deixe-me vê-lo
E uma estrela brilhou no céu
Mas o homem não a notou.

O homem começou a gritar:
Deus mostre-me um milagre
E uma criança nasceu
Mas o homem não sentiu o pulsar da vida.

Então o homem começou a chorar e a se desesperar:
Deus toque-me e deixe-me sentir que você está aqui comigo...
E uma borboleta pousou suavemente
Em seu ombro
O homem espantou a borboleta com a mão e desiludido
Continou o seu caminho triste, sozinho e com medo.

Até quando teremos que sofrer para compreendermos que Deus está sempre aonde está a vida ?
Até quando manteremos nossos olhos e nossos corações fechados para o milagre da vida que se apresenta diante de nós em todos os momentos ?

(Prece Indigena - Tradução e adaptação do Livro By San Etioy)


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