quarta-feira, 17 de julho de 2013

Teste para o nosso Orgulho

A recomendação é do Cristo que diante da disputa dos apóstolos para saber quem era o maior, enunciou a desafiante proposta educativa narrada em Mateus, capítulo 18, versículo 4:
"Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus!"
Jesus utilizou-se da criança para criar um modelo de exemplo cristão.
— Com que palavra a  - Simplicidade.
O maior teste para nosso orgulho consiste em estar diante da superioridade alheia. A luz dos outros revela-nos a sombra interior.
Os alegres assustam os mal-humorados.
 Os bons perturbam os mal intencionados. 
Os destemidos são lembretes vivos para os acomodados nas teias do medo.
 Os empreendedores atiçam a impotência dos despreparados.
Os inteligentes insultam os ignorantes. 
O virtuoso, sem desejar, desnuda as mazelas de quem pretendia mantê-las ocultas de si mesmo. As conquistas espirituais manifestadas na boa vontade e na capacidade de servir são um estorvo para almas como nós, ainda inseguras e vacilantes na caminhada de melhoria moral. Por essa razão diz um velho ditado do tempo de meus avós, "mourão junto não faz cerca". Dois mourões juntos entram em tamanha disputa para saber quem é o maior, que terminam esquecendo sua função essencial, que é arrimar uma cerca. Assim, atazanados pelos êxitos alheios, perdemos a autenticidade procurando parecer o que não somos para diminuir a luz que nos ofusca; sentindo-nos impotentes diante da agilidade e destreza de outrem, não conseguimos conter os ímpetos da maledicência, com a qual procuramos empanar o brilho do próximo. E, em muitas ocasiões, não sabendo como reduzir a superioridade de outrem, adotamos a indiferença como único recurso de proteção contra nossa própria fragilidade.

Trecho extraído do cap. 11 - livro Os dragões pelo espírito de Maria Modesto Cravo, psicograf/ Wanderley Oliveira

sexta-feira, 5 de julho de 2013

A Vida depois da Vida

"A morte não é o fim de tudo. Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra.
Na morte o homem acaba, e a alma começa.
Eu sou uma alma.
Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser.
O que constitui o meu eu, irá além.
O homem é um prisioneiro. O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra.
Aí, olha, distingue ao longe a campina. Aspira o ar livre, vê a luz.
Assim é o homem.
O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade.
Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída?
Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo.
De que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro?
A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo
É por demais pesado para esta terra.
O mundo luminoso é o mundo invisível.
O mundo do luminoso é o que não vemos.
Os nossos olhos carnais só vêem a noite.
A morte é uma mudança de vestimenta.
A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz.
As almas passam de uma esfera para outra, tomam-se cada vez mais luz.
aproximam-se cada vez mais e mais de Deus.
O ponto de reunião é o infinito.
Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Espírito".
Victor Marie Hugo

- Foi um novelista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista francês de grande atuação política em seu país. É autor de Les Misérables e de Notre-Dame de Paris, entre diversas outras obras.
26/02/1802 - Besançon, França
22/05/1885 - Paris, França
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