terça-feira, 23 de junho de 2015

Poesias para as Crianças

As bonecas

Tenho muitas bonecas
Que ganhei de presente
Do papai e da mamãe
Bonecas que parecem gente.

Algumas podem falar ou andar
Outras chegam a sorrir
Prefiro as bonecas de panos
Que a vovó adora costurar.

Toda menina tem uma boneca
Para com ela brincar
São as guardiães dos nossos segredos
Nelas podemos confiar.

Rosângela Trajano

http://www.rosangelatrajano.com.br/index.php/poesias-para-criancas/6-as-bonecas

sábado, 13 de junho de 2015

Familia


Tremenda surpresa ocorre em nossa mente no momento da morte. A despeito de nossas próprias opiniões anteriores, continuamos vivos. O corpo retorna ao reino inorgânico, sujeito que está à mutação universal, enquanto reconhecemos que a morte é renascimento. A forma se dissolve, mas a alma é a mesma. O espírito levanta-se do cérebro desertado e assim se torna um novo ser. Durante essa transformação, as sensações físicas nos chamam de volta; enquanto isso acontece, a consciência desperta. Temos de rever as nossas contas. Muitas vezes , deparamos com inúmeros débitos que têm de ser pagos. Nem sempre damos conta dos nossos enganos, mas a lei cármica sabe de tudo e esses débitos são transportados para a existência seguinte: por causa deles, voltaremos em novo nascimento.
Geralmente, nascemos outra vez entre aqueles que são nossos inimigos de passadas vidas, a fim de enfrenta-los e superar antigas ofensas. Às vezes, eles ressurgem num lar sob diferentes formas e são chamados pai e mãe, filho ou filha, marido ou mulher, amigos ou vizinhos.
A possibilidade de reequilíbrio é restaurada. A prática do amor abre as portas da compreensão.
Se erros foram cometidos ontem, precisamos corrigi-los hoje.
A reencarnação traz esclarecimentos acerca das aversões e das súbitas hostilidades nos círculos familiares que, aparentemente, não têm sentido. Por essa razão, temos em nosso lar terreno uma escola de redenção, na qual o sofrimento atinge a sua finalidade.
Os obstáculos, numa família, podem ser a maneira pela qual o amor encaminha uma existência melhor, pois que paciência gera força.
Não apenas a disciplina numa família é essencial, mas o lar exige que você se torne altruísta e tenha consideração pelos outros. Isto não pode ser alcançado com promessas e ostentações. Essa conquista é realizada no silêncio da alma, no seu ensejo de assegurar a felicidade aos seus próprios parentes.
Esteja atento à caridade no seu próprio lar. Faça bom emprego das vantagens do momento que passa. Quase sempre, você se encontrará numa família com a finalidade de trabalhar pela sua própria purificação. Não a retarde. Você terá de prestar contas à vida. A oportunidade lhe está ao alcance. Procure amar e esquecer no lar, mais e mais; se está fazendo isso, você poderá dizer: Venci!
(Nova Iorque, N.I., E.U.A , 9, Julho, 1965.)
Ernest O’Brien 


Fatos da Infância


Pai, o elefante era pequeno. Então, ele cresceu e saiu voaaando.
Mas filha, como elefante voa? Ele não tem asas! – indaga a lógica paterna.
Ah, pai, é só uma estória. (Ana, cinco anos)

A infância surge como um período de preparação para o modo adulto de conhecer e pensar, segundo um ideário que aspira à autonomia com significação – uma resposta natural ao apelo humano para evoluir.
Embora sejam fatos cada vez mais cotidianos, sobretudo no Ocidente, as agendas cheias de compromissos da criança das classes média e alta, a precocidade dos comportamentos sexuais, os atos de violência praticados por crianças, levando à abreviação (ou mesmo fim) da infância, é possível, felizmente, identificar a criança, o seu devir, nos dias atuais: ela se mantém viva nas meninazinhas que brincam nos balanços dos parques urbanos; está atuante sob a irritação dos bebês superprotegidos pela parafernália eletrônica; resiste alegre no usufruto de um barco construído com caixa de papelão por dois meninos em uma casa de uma cidade qualquer; na invencionice de uma estorinha contada por uma menina de tranças à professora, ambas sentadas em um vasto gramado de um jardim de infância.
Mais do que nunca, especialmente no primeiro setênio, a criança precisa ter liberdade de movimento, de brincadeiras livres, desfrutar dia a dia de um ambiente amplo e lúdico, cujas ferramentas pedagógicas estimulam a (sua) criatividade. E tudo isso como um saudável início de um processo que desempenhará um papel determinante mais à frente na prontidão para escrever e ter uma linguagem de gestos e da escrita bem fortalecida, além de um pensar vivo...
Como o início da vida humana é marcado por impulso e reflexo que se movimentam sem coordenação, é vital oferecer nos primeiros anos um caminho pedagógico movido por um intuito de alimentar o físico, o emocional, o intelectual e o social da criança, respeitando os ritmos de seu desenvolvimento.
Todavia, para a saúde futura do indivíduo, o processo educacional não deve antecipar desafios cognitivos desnecessários ou propor uma aprendizagem estimulada por condutas antissociais, ciente o educador (e os responsáveis pela criança) de que a própria Natureza age para que possamos aprender e, desse modo, é seguro observar a natureza de cada criança para errar menos no (seu) processo de educar.

As crianças são nosso futuro. Mas o que estamos a oferecer às crianças?

Nesta época de vazio e desespero, de escassa coragem, é preciso assegurar à infância uma vivência ativa das percepções, elemento importante para as futuras escolhas e decisões e, por isso, dentro de casa e na escola, os dois universos de referência nos primeiros anos de vida, pais e professores, precisam perceber que a competitividade, o sucesso e a fama não servem como referenciais educativos para o prelúdio da existência.




 http://www.oconsolador.com.br/ano9/418/eugenia_pickina.html
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