Estamos vivendo momentos terra à terra, se assim posso me expressar, momentos intensos e ao mesmo tempo rápidos! Emoções que vem e logo se vão... E precisamos trabalhar, precisamos ganhar o pão de cada dia, precisamos estudar, precisamos ter paciência, precisamos cuidar de alguém, precisamos orientar, precisamos nos reformar intimamente, precisamos estar conectados às redes sociais, para estarmos atualizados de tudo e de todos, enfim, precisamos viver!
A nossa luta é grande! E sem o devido cuidado, diante de tantos "deveres", estamos sempre "carregados", envolvidos em vibrações pesadas que nos deixam cansados, desanimados e sem energias. Mas...Quando, pelo menos uma vez por semana, estamos dentro de uma casa de oração, seja ela qual for, não importa, o caminho à Deus é um só; sentados naquelas cadeiras, compenetrados, desligados dos problemas diários e refletindo sobre a palavra que à nós, está sendo passada; estamos sendo limpos e renovados para que, durante mais uma semana, possamos estar vigilantes a não cairmos em emboscadas...
A não nos deixarmos levar pelas maledicências...
Para podermos auxiliar aos mais endurecidos, com humildade e sem esperar recompensa.
A trabalhar nossa conduta moral, sendo inspirados à paciência, à boa palavra, à boa leitura.
E ao bom caminhar... com aquele sorriso fraterno e sincero, que quebra qualquer energia contrária; e é aí, onde a nossa luz brilha.
Trago uma narrativa de grande sabedoria, onde nosso irmão André Luz intitulou Lição no Apólogo, orientações reflexiva sobre a nossa responsabilidade diante de nossos atos AGORA.
Boa leitura, boa reflexão.
Com carinho. Elaine Saes
Lição no Apólogo
André Luiz
Na noite de 26 de janeiro de 1956, fomos agraciados com a visita de nosso amigo espiritual André Luiz, que nos ofereceu à meditação à página simples e expressiva que ele próprio intitulou "Lição no apólogo".
Diante das perturbações e das lágrimas que nos visitam cada noite o santuário de socorro espiritual, lembraremos velho apólogo, dezenas de vezes repetido na crônica de vários países do mundo e que, por pertencer à alma do povo, é também uma pérola da Filosofia a enriquecer-nos os corações.
Em meio das dificuldades de que se via objeto, procurou os seus três benfeitores, suplicando-lhes proteção e conselho.
Arrogante, replicou-lhe o primeiro:
- Mais não posso fazer por ti que obter-te uma roupa nova para que compareças dignamente diante do juiz.
Muito preocupado, disse-lhe o segundo:
- Não obstante devotar-te a mais profunda estima, posso apenas fortalecer-te e acompanhar-te ate à porta do tribunal.
O terceiro, porém, afirmou-lhe humilde:
- Irei contigo e falarei por ti.
E esse
último, estendendo-lhe os braços, amparou-o em todos os lances da luta e
falou com tanta segurança e com tanta eloquência em benefício dele,
diante da justiça, que o mísero suspeito foi absolvido com a aprovação
dos próprios acusadores que lhe observavam o processo.
Neste símbolo, temos a nossa própria história à frente da morte.
Todos nós, diante do sepulcro, somos chamados a exame na Contabilidade Divina.
E todos recorremos àqueles que nos protegem.
O primeiro amigo, o doador de trajes novos, é o dinheiro que nos garante as exéquias.(funeral)
O segundo,
aquele que nos acompanha até à porta do tribunal, é o mundo representado
na pessoa dos nossos parentes ou na presença das nossas afeições mais
queridas, que compungidamente nos seguem até à beira da sepultura.
O terceiro, contudo, é o bem que praticamos, a transformar-se em gênio tutelar de nossos destinos, e que, falando em nós, e por diante da justiça, consegue angariar-nos mais
amplas oportunidades de serviço, quando não nos conquista a plena liberação do Espírito para a Vida Eterna.
Atendamos assim ao bem, onde estivermos, agora, hoje, amanhã e sempre, na certeza
de que o bem que realizamos é a única luz do caminho infinito e que jamais se apagará.
André Luiz
André Luiz
exato, fora da ha salvação...
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