sábado, 5 de janeiro de 2019

MEDIUNIDADE NA INFÂNCIA


Parece coisa de ficção.

Mas, na vida real, há muitos relatos de crianças que, já viram ou conversaram com pessoas que já morreram (confira os casos reais no final da matéria).

De acordo com a doutrina espírita, a meninada tem mesmo mais facilidade para interagir com quem já se foi, conforme explica Sônia Zaghetto, assessora de comunicação social da FEB (Federação Espírita Brasileira):

“Isso ocorre porque as crianças ainda têm ligações ligeiramente mais tênues com o corpo físico, assim como os doentes terminais, em que a ligação espírito-corpo já se enfraqueceu e eles podem ver os espíritos.

Há medida que a pessoa cresce, vai se tornando ainda mais forte a ligação com o corpo e ela vai deixando de vê-los”. No entanto, Sônia alerta: nem todas as crianças vêem os espíritos. “É natural que os vejam, mas não é obrigatório que aconteça”, explica.

O que também pode confundir quem não está muito por dentro do tema é achar que a criança é médium só porque teve um episódio em que viu, ou ouviu um espírito. “Nem sempre a visão de espíritos pelas crianças caracteriza mediunidade. Somente com o tempo se pode discernir, pois o fenômeno pode ser passageiro. Pode ser aquela questão relacionada à ligação do espírito com o corpo.

Quando não é mediunidade, essas visões desaparecem entre 6 e 8 anos de idade. Como, por exemplo, os amiguinhos imaginários, que costumam desaparecer por volta dessa idade”, esclarece Sônia.

Alguns indícios de mediunidade:

Ela conta ainda que um sinal de mediunidade é quando a criança começa a relatar visões e conversas com os espíritos. “Se essas manifestações ganham caráter mais constante, bem ostensivo e persistem até a pré-adolescência e juventude, tudo indica mediunidade. Logo, uma visão que ocorreu apenas uma vez, por exemplo, não é considerada indício”, conclui ela.

O que fazer quando a criança é médium?
 
- Os pais devem observar cuidadosamente o comportamento da criança para ver se elas não estão influenciadas por algo que viram na TV ou em filmes.
- Pode ser também que elas estejam adotando tais posturas apenas para chamar a atenção. É importante discernir e checar tudo isso na hora de avaliar se a criança está realmente vendo espíritos.
- Os pais jamais devem estimular as crianças a desenvolver mediunidade.
- Se a criança tiver idade suficiente para compreender o que está acontecendo, os pais devem explicar a ela a situação, procurando não fazer disso um fenômeno extraordinário que gere medo ou desconforto. “Se os pais não se acharem em condições de conversar com a criança (por desconhecimento do assunto), podem recorrer a um centro espírita, em que as pessoas mais experientes poderão orientá-los sobre a forma abordar o assunto com a criança”, aconselha Sônia. 
 O que os pais devem evitar?
 
- Negação pura e simples, pois a criança pode se sentir acusada de ser mentirosa e desenvolver outros problemas.
- Valorização excessiva do fenômeno.
- Demonstrar medo, pois só deixará a criança mais nervosa e insegura. “Além de que, não se deve temer os espíritos”, completa Sônia.
- Criar expectativas. “É uma imprudência. Os pais devem agir com a máxima naturalidade e ouvir a criança quando ela falar espontaneamente do assunto, sem criticá-la ou ridicularizá-la, sem se mostrar assustados, nervosos, inquietos ou vaidosos e orgulhosos diante do fenômeno que acontece com o filho”, orienta Sônia.

Casos conhecidos e comprovados de mediunidade em crianças*

*CHICO XAVIER (1910-2002)

– Um dos mais conhecidos e respeitados médiuns do mundo, Chico via o espírito da mãe morta e conversava com ela desde os 5 anos de idade. Em 1922, no centenário da Independência do Brasil, ele tinha 12 anos e ganhou menção honrosa quando escreveu uma bela redação sobre o Brasil. Na ocasião, afirmou que um espírito havia lhe ditado o texto.

Os amigos duvidaram e acharam que ele tinha copiado a redação de um livro. (...) As visões de Chico fizeram com que ele fosse obrigado pelo pai a freqüentar a Igreja Católica e ele via hóstias brilhando de luz, pessoas mortas sorrindo e carregando rosas. Sebastião Scarzello - padre de Pedro Leopoldo (MG) - nunca duvidou, mas aconselhava Chico a orar mais para afastar aquelas visões.”

*DIVALDO PEREIRA FRANCO

- Médium baiano, de 79 anos de idade, Divaldo é hoje o mais conhecido palestrante espírita do mundo, com milhares de palestras em mais de 80 países e mais de 150 livros psicografados. Ele declara publicamente que vê os espíritos desde criança. Aos 4 anos de idade, viu o espírito de sua avó, Maria Senhorinha, e a descreveu para sua mãe, gerando muito espanto na família católica.

*JOSÉ RAUL TEIXEIRA

- Médium e conferencista espírita de Niterói - RJ, professor de Física da UFF (Universidade Federal Fluminense) e Doutor em Educação, José Raul afirma que via os espíritos desde criança e, muitas vezes, conversava com eles.

Em uma ocasião, ao ver o espírito de um amigo, quase se atirou nos braços dele. Mas a mãe - que também era médium - impediu que o filho se machucasse, pois notou que ele ia em direção ao 
 espírito e o impediu de cair no vazio, quando se atirou nos braços do amigo invisível.

YVONNE AMARAL PEREIRA


Assim aconteceu, a propósito, com a  inesquecível médium Yvonne Amaral Pereira, que, em sua obra Recordações da Mediunidade, pg. 27, nos afirmava que já aos quatro anos de idade comunicava-se com Espíritos desencarnados, através da visão e da audição, supondo estar dialogando com encarnados, por lhe parecerem absolutamente concretos, a ponto de tomá-los muito frequentemente por seus familiares, razão pela qual jamais se surpreendera com suas presenças.



*Depoimentos cedidos pela FEB (Federação Espírita Brasileira)





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