domingo, 12 de janeiro de 2020

A CURA DOS DOENTES

- Angel, vou lhe contar uma história.

Agora preste muita atenção:

Paulinho, menino pobre e cego, estava escrevendo uma linda canção...

Ele gostava muito de cantar, só que ninguém o queria ouvir...

Os amigos riam por ele ser cego, e os familiares queriam dormir...

Todos na casa trabalhavam, mas Paulinho nada podia fazer...

Um dia, alguém lhe estendeu a mão, dizendo que um trabalho iria aparecer...

O menino sentiu-se inseguro e assustado, pois sempre se achava incapaz...

Mas resolveu aceitar a oportunidade e foi para lá "ver"o que o cego faz...

Resolveram parar em uma praça, e ali mesmo começou a cantar.

Os pedestres gostavam e aplaudiam...

Sua música era bálsamo para  a alma acalmar...

Assim foi, por longo período, e o sucesso começou a aumentar...

Até que um convite surgiu para, em casa, cantar...

O amigo era "bom negociante", e o cachê se prontificou a calcular...

Mas Paulinho reclamou de imediato:

- Nada disso..., não quero nada cobrar!...

- Como não vai cobrar, amigo?!...

Você não queria sair para trabalhar?

- Sim, e ainda continuo querendo, mas não desta forma... Eu quero é ajudar!...

Amigo, eu gosto de trabalhar sim, porém alegrando os necessitados!...

Sou pobre, cego e nada tenho, mas sei que posso ajudar os desamparados...

Agora, vamos procurar um orfanato, para as crianças poder alegrar, pois o único bem que ora possuo, é a minha voz, para falar e cantar!...

Lá chegando com o seu amigo, os pequeninos correram para recebê-lo.

Paulinho abraçou-os, satisfeito, e ficou feliz, mesmo sem "vê-los"...

Cantou várias e várias canções..., e as crianças não pararam de cantar.

Saiu de lá com promessa de voltar, para o orfanato poder alegrar...

A família, em casam quando soube, começou logo a criticar...

Disse que isso não era emprego, porque ele nada iria ganhar.

- Mas não estou procurando emprego: quero é o meu trabalho doar..., e isso é o melhor para mim, pois muito carinho posso ganhar...

A família não se conformava..., e  com Paulinho não parava de reclamar...

E nisso se passaram dois anos...

O sucesso com as crianças só fez aumentar...

Até que um dia recebeu uma boa notícia: foi convidado pelo Diretor do orfanato, o qual queria muito conhecer quem era aquele cantor, de fato.

O dirigente estava curioso com o homem que mudou, das crianças, o comportamento, pois todas estavam mais calmas e obedientes, falando de amor a todo momento...

Quando o Diretor lhe foi apresentado, ficou surpreso com sua cegueira.., e com Paulinho tanto se encantou, que quis ajudá-lo de toda maneira...

Conhecia um médico que poderia tratá-lo, e todos os exames foi logo realizar.

Assim, a cirurgia foi indicada para o menino a visão recuperar.

Parecia um sonho para Paulinho, mas era, sim, pura realidade...

A torcida dos pequenos foi tão grande, em agradecimento à sua bondade!...

A cirurgia foi um sucesso, e Paulinho começou  a enxergar!..

Conheceu seus amiguinhos, e agradeceu por poder cantar!...

A ajuda do Diretor não parou por aí..., pois procurou um amigo-irmão, para suas músicas gravar, e ser esse o seu "ganha-pão'...

Paulinho aproveitou aquela chance de músicas poder gravar.

Convidou os pequeninos do orfanato para, com ele, do disco participar...

Foi um grande lançamento, um sucesso, que todos puderam apreciar.

E a família, que nunca deu apoio, apareceu para dinheiro reivindicar...

Paulinho, de coração bem grande, a toda família ajudou.

Mas a maior fortuna conquistada foi os pequeninos amigos que ganhou!...

- Entendeu a moral da história, Angel?

- Sim, Tio antônio, gostei muito!...

Mas, tio, o Paulinho nasceu cego, e uma cirurgia foi necessária fazer...

Como fica o seu perispírito, se, na fôrma, a visão não era para acontecer?

- Angel, na obra do Pai tudo sofre transformação, e, até mesmo, ao longo de nossa vida material!...

Ao mudarmos nosso comportamento moral, mudamos, também, o corpo perispiritual...

Ele nasceu cego para seus defeitos expurgar, mas, resignado, a todos só fez amar!...

Assim, sem revolta, teve merecimentos: não sofreu com a cegueira, e a visão pôde curar!

-Angel, aprendemos nesta história de um cego, que pela prova passou, que é preciso resignação para a vitória, o que Paulinho, com o amor, conquistou.

A cegueira era a sua prova..., e a expiação era sua opção.

Ninguém sofre, se não quiser...

Basta usar amor e resignação!

- Entendi, tio! Na Lei de Causa e Efeito, para haver prova sem dor, são necessárias, de quem sofre, atitudes de fé, paciência e amor!...

- Muito bem, Angel! Fico feliz por vocês, pelo que - do perispírito - aprenderam!

Mas temos outras histórias para contar àqueles que ainda não o entenderam!...

Hoje, vamos a um lugar diferente, que serve para o corpo físico curar...

Veremos como existem tantos sofredores, que não sabem como dele cuidar...

Extraído do livro Perispírito em Histórias I - Delma Gonçalves - pelos espíritos de Tio Antônio e Angelina


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