"O lar é o sagrado vértice onde o homem e a mulher se encontram para o entendimento indispensável. É o templo onde as criaturas devem unir-se espiritual antes que corporalmente.
André Luiz - Nosso Lar" .
A reunião de Espíritos, quase sempre diferentes, moral e intelectualmente, e uma mesma família, formando um mesmo lar, é providência tomada por força de acordos pré-encarnatórios e compromissos assumidos antes do nascimento, no Plano Espiritual.
As finalidades principais desses agrupamentos de indivíduos diferentes são:
a) resgates de dívidas do passado;
b) desenvolvimento da capacidade de amos aos semelhantes:
c) afinização entre participantes, sendo ao consanguinidade problema simplesmente decorrente, porém complementar porque, pela hereditariedade, muitas das provações se efetivam.
As diferentes condições necessárias às provas a passar juntos pelos membros da família são providenciadas pelos benfeitores espirituais encarregados das reencarnações, com anuência dos interessados, quando estes têm liberdade de opção e, compulsoriamente, nos casos contrários.
Para os Espíritos benfeitores é um trabalho delicado e penoso este de reunir, num mesmo agrupamento familiar, as pessoas e as condições necessárias aos reajustes e provações.
Se os conhecimentos espíritas fossem mais difundidos, muitos fracassos encarnativos seriam evitados, os resgastes e as aproximações facilitados, cada uma das partes agindo com a consciência despertada para os benefícios comuns do grupo.
As leis e costumes diferentes e, sobretudo os ensinamentos religiosos afastados da realidade e impostos aos homens durante séculos, desviaram-nos dos rumos certos e promoveram continuados fracassos encarnativos ou, no mínimo, baixo aproveitamento de oportunidades em sucessivas encarnações.
O lar familiar é um primeiro campo de reajustes e de experiências afetivas, onde a fraternidade e a tolerância podem ser exercitadas, visando a futura expansão do sentimento divino do amor espiritual.
Acostumando-se a querer bem àqueles que são do mesmo sangue ou da mesma grei e estendendo a tolerância às gerações seguintes, de netos e bisnetos, vai crescendo essa capacidade afetiva, penetrando os homens no campo mais amplo e geral do amor aos semelhantes, extensivo, por fim, aos estranhos.
A civilização atual está aniquilando esses sentimentos e afastando essas oportunidades, substituindo-as pela indiferença, pelo egoísmo, pela insensibilidade que caracterizam o materialismo hodierno.
Nações inteiras expoentes dessa civilização ilusória estão caminhando para a anarquia social, na qual desaparecem o respeito e o pudor, e o sexo é entronizado pelo amor livre, desembaraçado dos liames afetivos da família, num regresso lastimável à animalidade anterior.
A defesa intransigente da estabilidade dos lares, no seu sentido cristão, é uma das tarefas a que os Discípulos de Jesus devem dedicar-se com firme determinação, porque a purificação do corpo e do Espírito que os lares cristãos favorecem é condição indispensável ao aprimoramento da evolução.
Há uma forte tendência de se implantar no mundo essa licença sexual desmoralizante, para que os instintos inferiores campeiem livremente; e este é um dos sinais de que a Besta Apocalíptica tenta estender seu domínio amplamente, opondo-se às hostes iluminadas do Cristo Planetário, das quais todos os espíritas devem fazer.
cap 5 do livro Enquanto é Tempo - Edgard Armond
INFLUÊNCIA DOS PAIS
Os pais, como se sabe, influem poderosamente na conduta dos filhos, contendo excesso e impulsos instintivos, herdados da animalidade ancestral (que são congênitos) como também, sentimentos inferiores, que o convívio com os semelhantes muitas vezes favorecem, porque se soma.
Energia, vigilância e amor são três requisitos indispensáveis para o cumprimento proveitoso do dever e a quitação das responsabilidades que, como pais, lhe cabem.
EDUCAÇÃO DOS FILHOS
Quando os pais terrenos não impõem aos filhos os corretivos necessários, no tempo justo, seja por tolerância, negligência ou cansaço pela inutilidade deles, os estigmas das paixões animais prevalecem e acabam por dominá-los, exigindo repressões mais drásticas que, entretanto, nestes casos, tornam-se inúteis e até mesmo contraproducentes, porque geram ressentimentos, malquerenças e afastamentos.
Mas se os pais tudo fazem e nada conseguem, resta então confiar que o mundo exterior o fará de qualquer forma, porque aquele que não aprende com os pais, aprende com a vida que nestes casos, nunca tem mão leve.
Do livro Na Semeadura I - Edgard Armond
Extraído de O TREVO - Aliança Espírita Evangélica numero 462
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