sexta-feira, 27 de setembro de 2019

ESPIRITISMO, INSTRUMENTO DE LIBERTAÇÃO AOS JOVENS

Caminhos de Libertação, cap 62, Ed Aliança - Valentim Lorenzetti


Já ouvimos muita gente dizer que a prática religiosa é coisa para pessoas idosas. Esta, talvez, seja um afirmação de quem ainda tem da religião uma noção relacionada com ritual. dogmatismo ou coisa parecida com estagnação.

Na realidade, religião não é nada disso: como ato de religar a criatura ao Criador, ela é altamente dinâmica. Religião é busca incessante, progresso permanente, evolução constante, aperfeiçoamento sem limites rumo ao infinito.

Não se pode admitir religião estática ou limitante das potencialidades criadoras do ser humano. Pelo contrário, a religião deve despertar, em todo indivíduo, a centelha divina que há no íntimo de cada um de nós, a ponto de transformá-la em facho permanente de luz. É interior, de dentro para fora.

Não podemos iluminar uma criatura de fora para dentro. Deve projetar-se em favor de seu próximo, pois também não se entende iluminação espiritual sem fraternidade, sem colaborar para o progresso de nosso semelhante.

O Espiritismo, como religião, como Cristianismo redivivo, fornece ao homem "combustível" para essa iluminação interior, para o conhecimento de si mesmo. A Doutrina Espírita não se preocupa em dirigir o indivíduo, em dizer-lhe o que deve fazer hoje e amanhã, mas, tão somente, em lhe indicar "Caminhos de Libertação".

É, portanto, uma religião que vem perfeitamente ao encontro das aspirações, e, também, dos idosos, já que o Espírito é imortal: envelhece e perece apenas o copo físico.

Dizemos que atende às aspirações dos jovens porque estes, particularmente, estão em busca de liberdade e com muita frequência caem escravizados sob algozes diversos, porque interpretaram mal o sentido da liberdade.

A liberdade não é

 fazer tudo aquilo que a gente quer: é fazer tudo aquilo que realmente, nos liberta interiormente.

Se fizermos tudo aquilo que desejarmos, normalmente, nos estaremos escravizando a uma série de mitos: àqueles que representam o que queremos fazer.

Entre esses mitos podemos incluir: o mito da independência precoce com relação à família, o mito da liberdade sem responsabilidade (desregramentos generalizados), o mito do engajamento em ideologia que prega a violência.

Como mitos que são, não libertam ninguém, nem preparam ninguém para amanha ser pregoeiro da liberdade. Como mitos que são, de aspectos exteriores, são todos escravizantes. Não atingem o Espírito; não são revolucionários; são, essencialmente, reacionários. São paralisantes das faculdades espirituais, tóxicos, anestesiantes, rotulados de libertadores do homem.

Busque o jovem o Espiritismo como instrumento de libertação interior e meio que lhe faculte condições para promoção da sociedade, e estará encontrando-se a si próprio.

Liberdade que esclarece e dá ao homem condições de andar sozinho e de dar a mão ao seu semelhante infeliz, procurando iluminá-lo também, para que amanhã, o necessitado de hoje seja, também ele, aquele que ajuda o próximo.

Edgard Armond - Livro Vivências do Espiritismo Religioso

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