sábado, 13 de setembro de 2025

A infância no mundo real por Eugênia Pickina


 

Sou hoje um caçador de achadouros da infância. Vou meio dementado e enxada às costas cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos. Manoel de Barros



 A infância é marcada por brincadeiras.Brincar é, sem dúvida, o verbo que dá significado à essência da criança.

Brincando, as crianças aprendem regras, valores, revelam suas vontades e necessidades, investigam, exploram, superam desafios, fortalecem curiosidade e criatividade. Conhecem o mundo, as coisas, misturando imaginação e realidade.

Os pais ao priorizarem uma vida focada no brincar, portanto uma infância fora das telas, incentivam não apenas o desenvolvimento cognitivo, mas também a saúde emocional e psicológica dos seus filhos.

A brincadeira é uma necessidade fundamental para o desenvolvimento infantil. Os pais, em casa, necessitam criar, então, e nesse propósito, ambientes seguros e que estimulem a brincadeira livre estruturada.

Em um mundo onde as agendas infantis estão cada vez mais tomadas por atividades (estruturadas e acadêmicas), é essencial assegurar que as crianças tenham tempo suficiente para brincar livremente e, portanto, desembaraçadas das telas.

A infância dura 12 anos. Para um crescimento saudável, nesse período, nossos filhos não precisam do celular – que é o instrumento mais tóxico para quem é criança. Nossos filhos pequenos podem, e com supervisão, ver V, jogar. Mas, se precisarem de telefone para se comunicar, o indicativo é um sem internet.

N contramão das telas, nossas crianças, para crescerem com saúde, vitalidade, resiliência, dependem da luz do dia, do movimento, das brincadeiras, ou seja, de uma infância no mundo real...

Notinhas

Você não deixaria seu filho de 8 anos três horas sozinho no shopping, não é? Pois bem, autorizar uma criança a passar tempo sozinha na tela é como deixa-la abandonada, suscetível a qualquer coisa indevida que possa aparecer. Infância é uma fase da vida onde as pessoas e o brincar devem ser priorizados, mas sempre longe das telas.

 Eugênia Pickina

Fonte: http://www.oconsolador.com.br/ano19/940/cincomarias.html

O Bom Pastor - Parábola de Jesus

 


 

O que são parábolas?

O dicionário diz que parábola é uma história que traz um ensinamento importante para a vida.
Jesus, quando andava pela Galileia e por Jerusalém, gostava de observar as pessoas e conversar com elas.
Ele sempre ensinava que existe um Pai no Céu, que tudo vê, tudo sabe e que é cheio de amor e justiça para todos os Seus filhos.
E também lembrava que todos nós somos irmãos.
Jesus falava com as pessoas de um jeito simples, com carinho, sem magoar ninguém, porque sabia que não era fácil para elas entenderem tudo o que Ele queria ensinar.
Por isso, Ele contava parábolas: histórias inspiradas em coisas do dia a dia, como o trabalho no campo, a pesca e a vida em família. Assim, as pessoas entendiam melhor como viver de acordo com o amor de Deus.
As parábolas são ensinamentos tão especiais que servem até hoje, porque nos mostram verdades que nunca mudam.
Através da simplicidade de Suas parábolas, nosso Irmão mais velho, Jesus, nos ensinava a amar o próximo.
Esse amor é o alicerce para o nosso aperfeiçoamento moral.

 ---

 Encontramos na Bíblia em João 10:11-18

A Parábola O Bom Pastor

11 Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

12 Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são próprias as ovelhas, vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge; e o lobo as arrebata e dispersa.

13 O mercenário foge porque é mercenário, e não se importa com as ovelhas.

14 Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.

15 Assim como o Pai me conhece, também eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.

16 Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar a elas; e elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.

17 Por isso o Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar.

18 Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo; tenho poder para a dar e poder para a tornar a tomar; este mandamento recebi de meu Pai. 

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História Reflexiva: O Bom Pastor 

Na época de Jesus, havia homens que tinham uma profissão muito comum: eram os pastores de ovelhas.

Eles passavam o dia inteiro cuidando dos rebanhos. Levavam as ovelhas para lugares com grama boa, buscavam água fresca para elas beberem e, à noite, colocavam todas juntas num cercado para ficarem protegidas.

O trabalho não era fácil. Muitas vezes precisavam enfrentar perigos, como terrenos difíceis, ovelhas que se perdiam pelo caminho e até animais selvagens, como lobos, que tentavam atacar o rebanho.

O pastor tinha que ser corajoso, paciente e, acima de tudo, cuidadoso.

Jesus usou essa imagem para ensinar. Ele contou a história de um **Bom Pastor**:

Esse pastor era diferente dos outros. Ele não via suas ovelhas apenas como animais de trabalho. Ele as conhecia uma por uma, sabia quando estavam com medo, quando estavam feridas ou cansadas. E nunca abandonava nenhuma.

Quando apareciam dificuldades ou perigos, ele ficava firme. Um pastor contratado, que não tivesse amor pelo rebanho, talvez fugisse para salvar a si mesmo. Mas o Bom Pastor não. Ele defendia suas ovelhas, mesmo que tivesse que arriscar a própria vida.

Um dia, um estranho tentou chamar as ovelhas para outro caminho. Mas elas não foram. Reconheciam que aquela voz não era a voz do seu verdadeiro pastor. Elas só seguiam a voz daquele em quem confiavam.

Então, Jesus explicou:

— Eu sou o Bom Pastor. Assim como o pastor cuida das suas ovelhas, eu cuido de cada um de vocês. Eu os conheço, os amo e quero conduzi-los pelo caminho do bem e da vida verdadeira.

 Reflexão: 

A grande pergunta é: Será que reconhecemos a voz de Jesus dentro de nós?

Quando Jesus fala sobre ouvir a sua voz, não significa ouvir com os ouvidos do corpo.

A voz de Jesus é espiritual Ela se manifesta:

No Evangelho, que nos ensina o caminho do amor, da bondade e da verdade.

Na oração e no silêncio, quando sentimos paz no coração e clareza para escolher o que é certo.

Através de pessoas de bem, que nos aconselham com carinho, como pais, avós, tios, evangelizadores e amigos sinceros.

Na consciência, onde encontramos os **princípios de Deus** gravados em nós, que nos mostram o que é certo e o que é errado.

Estamos ouvindo a voz de Jesus:

* Quando escolhemos ajudar ao invés de ignorar… estamos ouvindo a voz do Bom Pastor.

* Quando perdoamos em vez de brigar… estamos ouvindo a voz do Bom Pastor.

* Quando fazemos escolhas com amor… estamos seguindo o caminho que Ele nos mostrou.


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 Atividade 2 – “Minha Ovelha e a Voz de Jesus"

 Objetivo:

Ajudar a criança a refletir pessoalmente como pode ouvir e seguir a voz de Jesus em seu dia a dia.

Materiais necessários:

* Folhas de papel (ou cópias de um desenho de ovelhinha em branco).

* Lápis de cor, canetinhas ou lápis grafite.

Passo a passo:

1. Entregue para cada criança uma folha com o desenho de uma ovelhinha simples em branco.

   (Se não tiver desenho pronto, peça para cada criança desenhar uma ovelha no papel.)

2. Pergunte:

   “De que maneira você pode ouvir e seguir a voz de Jesus nesta semana? ”

3. Cada criança escreve dentro da ovelhinha (ou desenha) a sua resposta.

 Exemplos:

     * “Perdoar meu irmão. ”

     * “Orar antes de dormir. ”

     * “Ajudar a professora. ”

     * “Respeitar meus amigos. ”

4. Depois, cada criança compartilha sua ovelhinha com a turma, lendo ou mostrando o que escreveu/desenhou.

5. Junte todas as folhas e monte um mural chamado **“O Rebanho do Bom Pastor”**.

 Conclusão:

Cada boa atitude nos coloca dentro do rebanho de Jesus. Ele nos conhece pelo nome e deseja que sigamos a Sua voz de amor.

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Atividade 2 – “Quem fala: Jesus ou não?

Objetivo:

Ajudar as crianças a identificar a “voz do Bom Pastor” nas escolhas do dia a dia.

Materiais necessários:

* Cartõezinhos com frases (boas e ruins) já preparados.

* Uma caixa ou envelope para sortear os cartões (opcional).

* Adesivos, estrelinhas ou apenas comemorar (para motivação).

Passo a passo:

1. Explique às crianças que algumas frases representam a voz de Jesus (o Bom Pastor) e outras não.

2. Leia em voz alta cada cartão (ou peça para uma criança sortear e ler).

3. Quem acreditar que a frase vem de Jesus deve levantar a mão ou dizer em voz alta: “Bom Pastor!”.

4. Depois, converse rapidamente com a turma: “Por que essa frase é ou não é a voz de Jesus?.

5. Se quiser, distribua estrelinhas para incentivar a participação.

Exemplos de frases:

Voz de Jesus:

* “Ajudar um colega que caiu no recreio. ”

* “Dividir o lanche com quem esqueceu o seu. ”

* “Perdoar quando alguém te magoa. ”

* “Orar antes de dormir. ” 

Não é voz de Jesus:

* “Rir quando alguém erra. ”

* “Empurrar quando está irritado. ”

* “Inventar mentiras. ”

* “Responder com grosseria aos pais. ”

Conclusão: Assim como as ovelhas reconhecem a voz do seu pastor, nós também precisamos aprender a reconhecer a voz de Jesus, que sempre nos chama para o caminho do amor e da bondade

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**cartõezinhos em PDF** 

 Escolinha Espírita (Evangelização da Colônia Espiritualista Casa do Chico em S.J.Campos S.P. Brasil.Evangelizadoras Elaine e Karen)

 

Lista das Parábolas: 

USOS E COSTUMES SOCIAIS

OS DEZ TALENTOS Mateus 25:14-30 / Lucas 19:12-26
AS BODAS Mateus 22:1-14 / Lucas 14:15-24
VIÚVA OPRIMIDA Lucas 18:2-8
O BOM SAMARITANO Lucas 10:30-37
O RICO AVARENTO Lucas 12:16-21
FARISEU E PUBLICANO Lucas 18:9-14
OS PRIMEIROS LUGARES Lucas 14:7-14
O RICO E O POBRE Lucas 16:19-31

ASSUNTOS DOMÉSTICOS E DE FAMÍLIA
OS DOIS FILHOS Mateus 21:28-35
O FILHO PRÓDIGO Lucas 15:11-32
O CREDOR INCOMPASSÍVO Mateus 18:31-35
O BOM E O MAU SERVO Mateus 24:45-51 / Lucas 12:35-48
AS DEZ VIRGENS Mateus 25:1-13
O HOMEM PREVIDENTE Lucas 14:25-35
O REINO DOS CÈUS Mateus 13:44-53
A DRACMA PERDIDA Lucas 15:8-10
A CANDEIA Marcos 4:21-25 / Lucas 8:16-18
A DRACMA PERDIDA Lucas 15:8-10
VIDA RURAL

O SEMEADOR Mateus 13:1-23 / Marcos 4:1-20 / Lucas 8:4-15
O TRIGO E O JOIO Mateus 13:24-30
O GRÃO DE MOSTARDA Mateus 13:31-32
A FIGUEIRA ESTÉRIL Lucas 13:6-9
OBREIROS DA VINHA Mateus 20:1-16
LAVRADORES MAUS Mateus 21:33-41
A OVELHA DESGARRADA Lucas 15:3-7
A FIGUEIRA QUE SECOU Mateus 21:18-22 / Marcos 11:12-14
A SEMENTE QUE BROTA Marcos 4:26-29
O BOM PASTOR João 10:1-16
LIVRO: O REDENTOR (Edgard Armond)


O Bom Samaritano - Parábola de Jesus


O que são parábolas?

O dicionário diz que parábola é uma história que traz um ensinamento importante para a vida.

Jesus, quando andava pela Galileia e por Jerusalém, gostava de observar as pessoas e conversar com elas.
Ele sempre ensinava que existe um Pai no Céu, que tudo vê, tudo sabe e que é cheio de amor e justiça para todos os Seus filhos.
E também lembrava que todos nós somos irmãos.

Jesus falava com as pessoas de um jeito simples, com carinho, sem magoar ninguém, porque sabia que não era fácil para elas entenderem tudo o que Ele queria ensinar.

Por isso, Ele contava parábolas: histórias inspiradas em coisas do dia a dia, como o trabalho no campo, a pesca e a vida em família. Assim, as pessoas entendiam melhor como viver de acordo com o amor de Deus.

As parábolas são ensinamentos tão especiais que servem até hoje, porque nos mostram verdades que nunca mudam.

Através da simplicidade de Suas parábolas, nosso Irmão mais velho, Jesus, nos ensinava a amar o próximo.
Esse amor é o alicerce para o nosso aperfeiçoamento moral.

 

Encontramos na Bíblia em Lucas 10:25-37

A Parábola do Bom Samaritano 

25 Certa ocasião, um perito na lei levantou-se para pôr Jesus à prova e lhe perguntou: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?”

26 “O que está escrito na Lei?”, respondeu Jesus. “Como você a lê?”

27 Ele respondeu: “‘Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo".

28 Disse Jesus: “Você respondeu corretamente. Faça isso, e viverá”.

29 Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: “E quem é o meu próximo?”

30 Em resposta, disse Jesus: “Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. 31 Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. 32 E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. 33 Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. 34 Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. 35 No dia seguinte, deu dois denários[c] ao hospedeiro e lhe disse: ‘Cuide dele. Quando eu voltar lhe pagarei todas as despesas que você tiver’.

36 “Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?”

37 “Aquele que teve misericórdia dele”, respondeu o perito na lei.

Jesus lhe disse: “Vá e faça o mesmo”. 


 História – O Bom Samaritano

Um dia, um homem estava viajando por uma estrada que ia de Jerusalém até Jericó.

Era um caminho longo, cheio de pedras e buracos, e também muito perigoso, porque bandidos costumavam se esconder ali.

De repente, alguns ladrões apareceram!

Eles roubaram o homem, bateram nele e o deixaram machucado, quase sem forças, caído na beira da estrada.

Passado um tempo, veio caminhando por ali um sacerdote.

Os sacerdotes eram homens importantes, que trabalhavam no Templo e faziam orações para o povo.

Quando o sacerdote viu o homem caído, sabe o que fez?

Ele mudou de lado na estrada e foi embora, fingindo que não tinha visto nada.

Depois, veio um levita.

Os levitas eram ajudantes dos sacerdotes no Templo, também pessoas religiosas e respeitadas.

Ele também viu o homem no chão, mas… passou direto e não ajudou.

Então, apareceu um samaritano viajando.

Naquela época, os samaritanos e os judeus não se davam bem, eram como inimigos.

Mas esse samaritano, quando viu o homem machucado, ficou com compaixão.

Ele parou, cuidou das feridas dele com azeite e vinho, colocou-o em seu animal e o levou até uma hospedaria (como uma pensão).

Lá, ele pagou ao dono da hospedaria para que cuidasse do homem até ele melhorar.

Jesus, depois de contar essa história, perguntou:

— “Quem foi o próximo daquele homem que estava caído?”

E todos responderam:

— “Aquele que teve compaixão dele.”

Então Jesus disse:

— “Vá e faça o mesmo.”


*****

ATIVIDADES DA PARÁBOLA O BOM SAMARITANO:

Atividade 1: "Quem é o meu próximo?"

Objetivo: Entender que o próximo não é só quem conhecemos ou gostamos, mas qualquer pessoa que precise de ajuda.

Como fazer:

  1. Peça que desenhem um coração e escrevam dentro dele uma forma de ajudar alguém (pode ser um amigo, colega, vizinho, familiar ou até alguém desconhecido).
    • Ex.: ajudar a carregar algo, dividir o lanche, consolar um amigo triste, cuidar de um animalzinho.
  2. Depois, cada criança pode recortar e colar seu coração em um cartaz coletivo com o título:
    👉 “Amar o próximo é cuidar com amor.

Atividade 2: "Cartinhas do Samaritano"

Objetivo: Estimular a empatia e mostrar como podemos ajudar o próximo em situações do dia a dia.

Como fazer:

  1. Fale algumas situações simples para as crianças.
  2. Cada criança responde uma situação pensando em “O que o Bom Samaritano faria?”

📝 Situações para usar:

  1. Um colega esqueceu a borracha e está com dificuldade para apagar.
  2. Uma criança caiu no recreio e machucou o joelho.
  3. Seu amigo trouxe um lanche pequeno e ainda está com fome.
  4. Uma colega nova chegou na sala e está sozinha sem amigos.
  5. Um colega perdeu o brinquedo favorito e está chorando.
  6. Um vizinho idoso está carregando sacolas pesadas.
  7. Um colega foi escolhido por último no jogo e está triste.
  8. O irmão mais novo está chorando porque não consegue montar um brinquedo.
Escolinha Espírita 

(Evangelização da Colônia Espiritualista Casa do Chico em S.J.Campos S.P. Brasil.Evangelizadoras Elaine e Karen)

Lista das Parábolas: 

USOS E COSTUMES SOCIAIS

OS DEZ TALENTOS Mateus 25:14-30 / Lucas 19:12-26
AS BODAS Mateus 22:1-14 / Lucas 14:15-24
VIÚVA OPRIMIDA Lucas 18:2-8
O BOM SAMARITANO Lucas 10:30-37
O RICO AVARENTO Lucas 12:16-21
FARISEU E PUBLICANO Lucas 18:9-14
OS PRIMEIROS LUGARES Lucas 14:7-14
O RICO E O POBRE Lucas 16:19-31

ASSUNTOS DOMÉSTICOS E DE FAMÍLIA
OS DOIS FILHOS Mateus 21:28-35
O FILHO PRÓDIGO Lucas 15:11-32
O CREDOR INCOMPASSÍVO Mateus 18:31-35
O BOM E O MAU SERVO Mateus 24:45-51 / Lucas 12:35-48
AS DEZ VIRGENS Mateus 25:1-13
O HOMEM PREVIDENTE Lucas 14:25-35
O REINO DOS CÈUS Mateus 13:44-53
A DRACMA PERDIDA Lucas 15:8-10
A CANDEIA Marcos 4:21-25 / Lucas 8:16-18
A DRACMA PERDIDA Lucas 15:8-10
VIDA RURAL

O SEMEADOR Mateus 13:1-23 / Marcos 4:1-20 / Lucas 8:4-15
O TRIGO E O JOIO Mateus 13:24-30
O GRÃO DE MOSTARDA Mateus 13:31-32
A FIGUEIRA ESTÉRIL Lucas 13:6-9
OBREIROS DA VINHA Mateus 20:1-16
LAVRADORES MAUS Mateus 21:33-41
A OVELHA DESGARRADA Lucas 15:3-7
A FIGUEIRA QUE SECOU Mateus 21:18-22 / Marcos 11:12-14
A SEMENTE QUE BROTA Marcos 4:26-29
O BOM PASTOR João 10:1-16
LIVRO: O REDENTOR (Edgard Armond)





quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

PRINCÍPIOS MORAIS


Estamos rodeados de leis. Na rua, por exemplo, encontramos placas e semáforos que dizem onde podemos parar ou por onde não podemos passar.

Mas afinal, o que são leis?

 As leis são regras criadas para a sociedade, com o objetivo de manter a ordem, a proteção e a educação. Essas são as leis humanas, que podem mudar de acordo com a vontade das pessoas.

 E será que o universo, a natureza e toda a criação de Deus (quais são as criações de Deus?) Também são regidos por leis? O que vocês acham?

 Sim! Tudo funciona em perfeita harmonia graças à Lei Natural, que vamos chamar de Princípios Morais.

Princípios que rege a natureza, é de ordem divina e, por isso, é imutável (o que significa que não muda, diferente das leis humanas).

 Mas onde será que estão escritos esses Princípio de Deus, que nos guiam e conduzem nossa vida?

Elas estão dentro de nós, na nossa consciência.

 Deus enviou Jesus para nos ajudar a lembrar desses Princípio, por isso é tão importante estudar os ensinamentos de Jesus.

 Mas pode surgir uma dúvida:

Se os Princípio  de Deus estão dentro de nós, como podemos saber usá-las?

 Deus colocou um aviso em nosso coração. Ele nos faz sentir quando estamos certos ou errados.

Quando fazemos algo errado, sentimos tristeza, vergonha e vontade de esconder.

Isso acontece porque é a nossa consciência que nos avisa.

 Mais cedo ou mais tarde, de um jeito ou de outro, ela sempre nos mostra que erramos.

 No dia a dia, estamos sempre vivendo situações, desde a hora que acordamos até a hora de dormir.

Por isso, é importante prestarmos atenção em nós mesmos:

 * O que estou pensando?

* O que vou fazer?

* O que vou responder?

 Assim, evitamos arrependimentos.

 E quando tivermos dúvida, basta perguntar a nós mesmos:

“O que Jesus faria nessa situação? ”


AS LEIS DE DEUS

Os Princípios Morais estão presentes na terceira parte de O Livro dos Espíritos, publicado em 1857, e foram organizadas sistematicamente por Allan Kardec.


 Chamamos de Princípios Morais, transmitidas pelos Espíritos Superiores. Jesus veio para nos ajudar a lembrá-las: 

                 1. Princípio de adoração

                  2. Princípio  do trabalho

                  3. Princípio  da reprodução

                  4. Princípio  de conservação

                  5. Princípio  de destruição

                  6. Princípio  de sociedade

                  7. Princípio  do progresso

                  8. Princípio  de igualdade

                  9. Princípio  de liberdade

                 10. Princípio  de justiça, amor e caridade

 

Esses Princípio Morais estão reunidas na terceira parte de O Livro dos Espíritos , publicado em 1857, e foram organizadas por Allan Kardec.

“Ame as pessoas como você se ama.”

Essa é a regra mais importante de todas e está presente em todas os Princípio: na adoração, no trabalho, na reprodução, na conservação, na destruição, na sociedade, no progresso, na igualdade, na liberdade, na justiça, no amor e na caridade.

“Ame as pessoas como você se ama”. Esta é a regra mais importante de todas, e está presente nas leis da adoração, do trabalho, da reprodução, da conservação, da destruição, da sociedade, do progresso, da igualdade, da liberdade, da justiça, do amor e da caridade, as quais veremos a seguir.


 Elaine Pita - Escolinha Espírita 



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fonte de pesquisa:

Passatempo espírita aula 49 A lei divina e a lei humana.

Blog Pelos caminhos da evangelização aula Leis Morais.

Livro dos Espíritos para criança volume 3


 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

ALGO MAIS NO NATAL - Emmanuel


Senhor Jesus!

Diante do Natal, que te lembra a glória da manjedoura, nós te agradecemos:

a música da oração;

o regozijo da fé;

a mensagem de amor;

a alegria do lar;

o apelo à fraternidade;

o júbilo da esperança;

a bênção do trabalho;

a confiança no bem;

o tesouro de tua paz;

a palavra da Boa Nova

e a confiança no futuro!…

Entretanto oh! Divino Mestre, de corações voltados para o teu coração, nós te suplicamos algo mais!…

Concede-nos, Senhor, o dom inefável da humildade, para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!


Espirito Emmanuel


Psicografia de Francisco Cândido.


Livro À Luz da Oração

sexta-feira, 1 de março de 2024

ANTE OS PEQUENINOS - ANDRÉ LUIZ

 A criança é uma edificação espiritual dos responsáveis por ela.

Não existe criança - nem uma só - que não solicite amor e auxílio, educação e entendimento.

Cada pequenino, conquanto seja, via de regra, um espírito adulto, traz o celebro extremamente sensível pelo fato de estar reiniciando o trabalho da reencarnação, tornando-se por isso mesmo, um observador rigorista de tudo o que você fala e faz.

A mente infantil dar-nos-á de volta, no futuro, tudo aquilo que lhe dermos agora.

Toda criança é um mundo espiritual em construção ou reconstrução, solicitando material digno a fim de consolidar-se.

Ajude os meninos de hoje a pensar com acerto, dialogando com eles, dentro das normas do respeito e sinceridade que você espera dos outros em relação a você.

A criança é um capítulo especial no livro do seus dia-a-dia.

Não tente tranfigurar seus filhinhos em bibelôs, apaixonadamente guardados, porque são eles espíritos eternos, como acontece a nós, e chegará o dia em que despedaçarão perante você mesmo quaisquer amarras de ilusão.

Se você encontra algum pirralho de maneiras desabridas ou de formação inconveniente, não estabeleça consura, reconhecendo que o serviço de reeducação dele,na essência pertence aos pais ou aos responsáveis e não a você.

Se veio a sofrer algum prejuizo em casa, por depredações de pequeninos travessos, esqueça isso, refletindo no amor e na consideração que você deve aos adultos que respondem por eles.

 

André Luiz - Livro Sinal Verde - Psicografia Francisco Cândido Xavier.

sábado, 10 de fevereiro de 2024

PRIMEIRAS LIÇÕES DE MORAL DA INFÂNCIA por ALLAN KARDEC (1864)

 REVISTA ESPÍRITA ano 1864 - fev.


De todas as pragas morais da sociedade, o egoismo parece a mais difícil de desenraizar; ela é tanto mais, com efeito, quanto é entretida pelos próprios hábitos da educação. Parece que se toma, desde o berço, a tarefa de excitar certas paixões que se tornam mais tarde uma segunda natureza, e se espanta dos vícios da sociedade, então que as crianças os sugam com o leite. Eis disso um exemplo que, como cada um pode julgá-lo, pertence mais à regra do que à exceção.

Numa família de nosso conhecimento há uma pequena filha de quatro a cinco anos, de uma inteligência rara, mas que tem os pequenos defeitos das crianças mimadas, quer dizer, que ela é um pouco caprichosa, chorosa, teimosa, e não diz sempre obrigado quando se lhe dá alguma coisa, essa cujos pais têm grandemente interesse em corrigi-la, porque, à parte esses defeitos, ela tem um coração de ouro, expressão consagrada. Vejamos como se emprenham para tirar essas pequenas nódoas e conservar ao ouro a sua pureza.

Um dia, havia sido trazido um bolo à criança, e, como é geralmente o hábito, se lhe disse:
“Tu o comerás se for obediente,” primeira lição de guloseima. 

Quantas vezes não chega a dizer, à mesa, a uma criança, que não comerás de tal gulodice se chorar. “Faze isto, faze aquilo, se lhe diz, e tu terás do creme” ou alguma outra coisa que possa lhe fazer inveja; e a criança se constrange, não por razão, mas tendo em vista satisfazer um desejo sensual que a aguilhoa (estimula).

 É bem pior ainda quando se lhe diz, o que não é menos frequente, que se dará sua porção a um outro; aqui não é mais a gulodice só que está em jogo, é a invejaa criança fará isso que se lhe manda, não só para ter, mas que um outro não tenha Quer se lhe dar uma lição de generosidade? Diga-se lhe: “dá esse fruto ou esse brinquedo a um tal. ”Se ela recusa não se deixe de acrescentar, para simular nela um bem sentimento: “Eu te darei um outro dele;” de maneira que a criança não se decida a ser gêneros senão quando está certa de nada perder.

Fomos um dia testemunha de um fato muito característico nesse gênero. Era uma criança de dois anos e meio mais ou menos, a quem se havia feito semelhante ameaça, acrescentando-lhe: “Nós o daremos ao irmãozinho, e tu não o terás;” e para tornar a lição mais sensível, coloca-se a porção sobre o prato deste; mas o irmãozinho, tomando a coisa a sério, come a porção. Em vista disso, a outra se torna vermelha e seria preciso não ser nem o pai nem a mãe para não ver o estrondo de cólera e de ódio que jorra de seus olhos. A semente foi lançada; pode produzir bom grão?

Retornemos à pequena da qual falamos. Como não toma nenhuma conta da ameaça, sabendo por experiência que será executada raramente, esta vez se fez mais firme, porque compreendeu-se que seria preciso dominar esse pequeno caráter e não esperar que a idade lhe venha dar um mau hábito. É preciso formar as crianças cedo, dizia-se: máxima muito sábia, e, para coloca-la em prática, eis como se a toma.

 “Eu te prometo, lhe diz a sua mãe, que se tu não obedeceres, amanhã de manhã, a primeira pequena pobre que passar, dar-lhe-ei teu bolo. ”O que foi dito foi feito; esta vez queria-se resistir e lhe dar uma boa lição. No dia seguinte de manhã, pois, tendo percebido uma pequena vizinha na rua, fê-la entrar, e se obrigou a filhinha a toma-la pela mão e a lhe dar, ela mesma, seu bolo. Sobre isso, louvores dados à sua docilidade. Moralidade: a filhinha disse: “É indiferente, se soubesse disto, teria me apressado em comer meu bolo ontem;” e todo o mundo de aplaudir a essa resposta espirituosa. A criança, com efeito, recebeu uma grande lição, mas uma lição do mais puro egoísmo, do qual não deixará de se aproveitar numa outra vez, porque ela sabe agora o que custa a generosidade forçada; resta saber que frutos dará mais tarde essa semente, quando, mais idosa, a criança fará a aplicação dessa moral em coisas mais sérias do que um bolo. Sabem-se todos os pensamentos que só esse fato pôde fazer germinar nessa jovem cabeça? Como se quer, depois disso, que uma criança não seja egoísta quando, em lugar de despertar nela o prazer de dar, e de lhe presentear a felicidade daquele que recebe, se lhe impões um sacrifício como punição? Não é inspirar a versão pelo ato de dar, e por aqueles que têm necessidade?

 Um outro hábito igualmente frequente é o de punir uma criança vendo-a comer, na cozinha, com os domésticos. A punição está menos na exclusão da mesa do que na humilhação de ir à das pessoas de serviço. Assim se encontra inoculado, desde a mais tenra infância, o vírus da sensualidade, do egoísmo, do orgulho, do desprezo aos inferiores, das paixões, e uma palavra, que são, com razão, consideradas como as pragas da Humanidade. É preciso ser dotado de uma natureza excepcionalmente boa para resistir a tais influências, produzidas na idade mais impressionável, onde elas não podem encontrar contrapeso nem na vontade nem na experiência. Por pouco, pois, que o germe das más paixões aí se encontre, o que é o caso mais comum, tendo em vista a natureza da maioria dos Espíritos que se encarnam sobre a Terra, não pode senão se desenvolver sob essas influências, ao passo que seria preciso tentar descobrir lhe os menores traços, para abafá-la.

Essa falta, sem dúvida, está nos pais, mas aqueles pecam frequentemente, é preciso dizê-lo, mais por ignorância do que por má vontade; em muitos, incontestavelmente, há uma negligência culpável, mas em outros a intenção é boa, é o remédio que não vale nada ou que é mal aplicado. Sendo os primeiros médicos da alma de seus filhos, deveriam estar instruídos, não só de seus deveres, mas dos meios de cumpri-los; não basta ao médico saber que deve procurar curar, é preciso que saiba como deve fazê-lo.

 Ora, para os pais, onde estão os meios de se instruírem sobre parte tão importante de sua tarefa?

Dá-se às mulheres muita instrução hoje; fazem-na suportar exames rigorosos, mas jamais foi exigido de uma mãe que ela saiba como deve fazer para formar o moral de seu filho?

São-lhes ensinadas receitas do governo da casa; mas se a iniciou nos mil segredos de governar os jovens corações? Os pais são, pois, abandonados sem guia à sua iniciativa, é por isso que, frequentemente, tomam um falso caminho; também recolhem, nos erros de seus filhos tornados grandes, o fruto amargo de sua experiência ou de uma ternura mal combinada, e a sociedade toda disso recebe contragolpes.

Uma vez que está reconhecido que o egoísmo e o orgulho são a fonte da maioria das misérias humanas, que enquanto reinarem sobre a Terra, não se podem esperar nem paz, nem caridade, nem fraternidade, é preciso, pois, ataca-los no seu estado de embrião, sem esperar que sejam vivazes.

Pode o Espiritismo remediar esse mal? Sem nenhuma dúvida, e não hesitamos em dizer que só ele é bastante poderoso para fazê-lo cessar: pelo novo ponto de vista sob o qual faz encarar a missão e a responsabilidade dos pais; fazendo conhecer a fonte das qualidades inatas, boas ou más; mostrando-lhes a ação que se pode exercer sobre os Espíritos encarnados e desencarnados; dando-lhes a fé inabalável que sanciona os deveres; enfim, moralizando com isso os próprios pais. Já prova sua eficácia pela maneira mais racional da qual as crianças são educadas nas famílias verdadeiramente espíritas. Os novos horizontes que o Espiritismo abre fazem ver as coisas de maneira diferente; sendo seu objetivo o progresso moral da Humanidade, forçosamente deverá levar a luz sobre a séria questão da educação moral, fonte primeira da moralização das massas. Um dia compreender-se-á que esse ramo da educação tem seus princípios, suas regras, como a educação intelectual, em uma palavra, que é uma verdadeira ciência, um dia, talvez, se imporá a toda mão de família a obrigação de possuir esses conhecimentos, como se impões ao advogado a de conhecer o Direito.

Allan Kardec

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

AMOR

 

 

Um novo mandamento vos dou:  que vos amei uns aos outros. Jesus

 


 

Fala-se muito em amor atualmente, nas novelas, no cinema, em toda parte.

Filhos, neste mundo em que vivemos muita coisa, mas muita coisa mesmo tem-se feito em nome do amor. Muitas vezes estas coisas não são corretas; confunde-se muito a palavra AMOR. Sabem, houve uma época em que se faziam guerras “por amor a Jesus”. Muito sangue e muitas lágrimas foram derramadas “em nome de Deus”.

Meus filhos, Deus é amor. E o amor é uma coisa muito bonita, alegre e forte. Diz-se que é possível “matar por amor”. Que coisa feia, vocês não acham? Como pode alguém que ama de verdade, matar, destruir, ferir a pessoa que ela ama?!

Olhem, para vocês entenderem melhor, eu vou contar uma história.

Vocês gostam de histórias, não é mesmo? Pois bem, então ouçam.

Rita ficara órfã aos cinco anos de idade. Era uma menina magrinha miudinha. Não era muito bonita, mas era simpática. Tinha sempre um sorriso alegre para todos, e seus olhos refletiam uma alma boa e sincera, embora um pouco triste e sonhadora. Ela tinha ainda mais seis irmãos maiores do que ela; Rita era a caçula da família. Desde pequena aprendera a trabalhar e ajudar a irmã mais velha que cuidava da casa. Todos gostavam da Rita. De manhã arrumava a casa direitinho, enxugava a louça do almoço, e depois ia à escola. O grande sonho de Rita era ser médica. Mas, como pagar os estudos? A família era tão pobre! Com o tempo, como Rita era inteligente, conseguiu uma bolsa de estudos. Quando sobrava um tempo, ela fazia bordados, e com isso ganhava dinheiro para as despesas escolares, e ainda ajudava a família.

O pai, que se tornara um homem triste desde que a esposa falecera, sentia-se orgulhoso da Rita. Costumava dizer:

- Esta menina tem fibra, vai longe!

Assim trabalhando e estudando, Rita tornou-se uma moça delicada, querida por todos.

Através de uma entidade filantrópica conseguiu uma bolsa de estudos que lhe permitiu ingressar na faculdade de medicina.

Rita estudou e trabalhou muito. No último ano de estudos, Rita dava a todos muito amor, muito carinho. Gostava mesmo era de tratar dos velhinhos. Coitados! Estavam sempre tão tristes carentes de carinho! Pareciam crianças grandes!

Rita havia conhecido um moço, colega de faculdade, que se chamava Ronaldo. O moço era igualmente de origem humilde. ‘

Ronaldo era ambicioso, isto é, queira formar-se logo para ganhar dinheiro e ser rico. Costumava dizer à Rita:

- Sabe, eu quero ganhar muito dinheiro e ser rico logo, assim nós poderemos ter a nossa casa, um carro, para podermos passear, enfim, para podermos gozar os prazeres da vida!

Rita costumava olhá-lo preocupada e respondia:

- Ronaldo, o dinheiro não é tudo na vida de um casal. Para mim o mais importante é o amor. Só o amor constrói a felicidade!

- É, mas sem dinheiro, o amor acaba logo, meu bem! Quando o estômago está vazio, quando temos preocupações financeiras, tchau amor! Tchau amor!

- Ronaldo, não seja tão materialista assim! O verdadeiro amor é um sentimento do nosso espírito, da nossa alma, independente das coisas físicas!

- Ora, ora Rita, corta essa! Acorda mulher, você está sonhando demais criatura! Acorda, desperte para a realidade!

- Então, Ronaldo, você não me ama de verdade!

- É claro que sim! Ora essa, por que você acha que não?

- Porque você só gosta do meu físico, da minha aparência exterior, não da minha alma!

Ronaldo olhou-a surpreso e embaraçado.

- Ora... Eu gosto muito de você como você é assim charmosa, simpática, com este corpinho bem feito, saudável. Quanto a sua “alma”, nunca pensei nisto! Acho isto de “espírito”, “amor de almas”, uma coisa de há muito superada! Hoje, o que conta é aquilo que se vê, que se sente, o que é concreto, não as coisas ditas “espirituais” que são duvidosas e abstratas!

- Que horror, Ronaldo! Você é materialista, só crê nas coisas físicas, não espirituais?!

- sou realista, apenas isto! A ciência abre-nos os olhos para as coisas reais, palpáveis, verificáveis através de provas de experiências de laboratório! Você sabe disto tão bem quanto eu!

- Você vê as coisas por um lado, o material, o físico. Mas além do mundo das sensações físicas existe outro mundo, muito mais importante e real, o mundo espiritual, o mundo dos sentimentos e eternos. Bem entendido, quanto se trata de bons sentimentos, do amor. O amor não é apenas “sensação física”, mas sim, um sentimento que vem da nossa alma, do nosso espírito eterno e imortal!

Ronaldo sorriu, e dando o assunto por encerrado, abraçou-a dizendo:

- Chega de filosofia por hoje, tá?

Rita tratava com carinho e interesse os doentes que a procuravam, quer fossem ricos, que pobres. Para todos tinha uma palavra de carinho, de estímulo e interesse.

Ronaldo igualmente tratava bem a todos, mas aos ricos dispensava maior atenção e interesse.

O tempo foi passando, entre estudos, trabalho e sonhos.

Certa tarde de outono Rita encontrava-se como de costume, nas dependências do hospital-escola, atendendo velhinhos cheios de problemas reais e imaginários, quando uma colega entrou apressada na sala:

- Rita, Rita! Você já soube o que aconteceu com o Ronaldo?!

- Não! O que foi?! – responde ela, impressionada com a atitude alarmada da colega.

- Ele foi atropelado ao atravessar uma rua.  Um carro desgovernou-se, subiu na calçada e apanhou Ronaldo em cheio!

- E ele está muito ferido?! Pelo amor de Deus, responda! – exclamou Rita pálida e trêmula.

- Não sei. Acabou de dar entrada lá embaixo! Levaram-no diretamente para a sala de cirurgia!

- Meu Deus! – exclamou Rita e abandonando às pressas a sala, deixando atônito e preocupado o velhinho que estivera consultando, dirigiu-se à sala de cirurgia. Lá chegando, encontrou Ronaldo já sob efeito de anestesia, prestes a ser operado. Consultou o médico, e este opinou:

-Sossegue Ronaldo não corre perigo de morte. Todavia...

- Todavia o que?!

- ficará paralítico. Faremos o possível, mas... Infelizmente ele não vai mais poder se locomover. Vamos operar a fratura exposta na perna, porém, a coluna vertebral foi seriamente atingida, e esta não tem jeito nem conserto!

- Mas, viverá?!

- Oh sim, quanto a isto nada há a temer!  Ele é jovem e vigoroso, e logo se recuperará!

Mais aliviada, Rita assistiu a cirurgia até o final. Tudo transcorreu normalmente, e Ronaldo foi levado ao quarto. Após alguns dias, foi se recuperando pouco a pouco. A noiva cercava-o de todo carinho e atenção. Nada mudara em sua atitude para com o rapaz.

Entretanto, Ronaldo tornou-se triste e desanimado. Através dos conhecimentos médicos que possuía, ao inteirar-se de sua situação clínica, compreendeu imediatamente sua situação futura de paraplégico. E isto o enchia de uma angústia, de um desespero e revolta sem fim. Vivia amargurado. Mesmo recebendo todo o amor e carinho da Rita, nunca sorria, mas uma eterna sombra de melancolia e tristeza cobria-lhe o rosto.

Certo dia, quando Rita lhe segurava carinhosamente as mãos, retirou-as encarando-a com um olhar gelado e disse:

- Rita precisa dizer-lhe algo muito importante: nosso noivado está desfeito! Você está livre para procurar outro companheiro que a faça plenamente feliz, e que realize todos os seus sonhos de mulher. Eu já não os posso realizar, estou paralítico!

Surpresa, Rita respondeu:

- Você duvida do meu amor, não é isto?

- Não, Rita, não torne as coisas mais difíceis para mim! Que futuro eu poderia dar-lhe, que prazer lhe proporcionaria, como paralítico? Você certamente não quererá prender-se por toda a vida a um prisioneiro de cadeira de rodas, não é?!

- Ronaldo, você se lembra daquela nossa conversa “filosófica” sobre o amor? Lembra-se, você achava que o amor era apenas físico, um atributo do nosso corpo, e não da nossa alma?

Ronaldo emudeceu, assentindo com a cabeça.

- Pois bem, aqui está uma oportunidade para você pensar mais profundamente no problema! Quero dizer-lhe uma coisa, igualmente importante quando o amor é mesmo AMOR de verdade, sabe superar todas as dificuldades que surgem. A verdadeira felicidade, meu querido, está na comunhão espiritual das pessoas. O verdadeiro amor é de alma para alma, de coração para coração. Eu te amo muito, muito mesmo! Sua atitude, querendo dissolver o compromisso assumido é uma atitude nobre, a verdadeira felicidade e amor. Hoje em dia a ciência moderna já tem provas irrefutáveis da existência da alma, e mesmo os mais materialistas, como os russos, já se curvam ante a evidência dos fatos. Nós somos ESPÍRITOS, almas imortais, meu querido, e o amor é um atributo dele. Não vou me separar de você, jamais! O aceito assim como você está, se você assim concordar!

Surpreso e emocionado, Ronaldo começou a chorar.

_ Oh Rita, Rita! No íntimo eu não queria perder você! Foi muito duro para eu tomar a decisão que tomei!

- Eu sei! Tenha a certeza de que nada mudou entre nós!

- Você tem mesmo certeza de que me aceita tal qual estou?!

- Plena!

Ronaldo e Rita casaram-se. Ronaldo modificou sua atitude; tornou-se um moço alegre, bondoso e humano.

O casal de médicos era muito querido por toda a grande clientela, pois todos eram tratados com muito amor e carinho.

Ronaldo aprendera a lição; o amor não é um atributo físico do nosso corpo, mas sim do nosso espírito. Trocando energias espirituais de amor, ambos nutriam-se e amparavam-se mutualmente, vivendo uma vida cheia de felicidade e ternura.

 

FILHOS: A MAIORIA confunde AMOR com paixão, desejo egoístico de possuir a pessoa que diz amar. Por isto mesmo costumam dizer MEU marido, MINHA mulher, achando que o companheiro ou a companheira lhes pertence exclusivamente. Ninguém pertence a ninguém; todos somos livres e temos o livre-arbítrio para sermos COMPANHEIROS, irmãos e amigos uns dos outros. Por isto já o apostolo Paulo dizia em sua carta: “o amor não é violento, é manso, tudo compreende, tudo suporta”.

A maioria das uniões trata-se de pessoas que foram unidas para “um acerto de contas”, pessoas com problemas de encarnações anteriores, que o infinito amor de Deus permitiu que se unissem, para “passar uma borracha nos erros do passado”, transformando desacertos e ódios em amor.

Seguindo a norma ensinada por Jesus: “amai-vos uns aos outros” nos tornaremos pessoas verdadeiramente felizes, e modificaremos este mundo de sofrimento e incompreensões no qual vivemos num mundo de felicidade e paz verdadeira.

Só o amor verdadeiro, que brota de nossas almas, torna o homem verdadeiramente “Homem” e plenamente realizado. Isto Jesus não apenas nos ensinou com palavras, mas com o exemplo, amando a todos durante toda a sua vida, até a morte na cruz, quando perdoou seus algozes porque “não sabiam o que estavam fazendo”.

 

 Livro Cartilha da Sabedora – Wilma Stein pelo espírito Vovô Sabino.

 

 

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