sábado, 26 de março de 2011

A Tartaruga Mensageira


Lendo uma historinha ...

Um dia, há muito tempo atrás, os animais habitantes de uma grande floresta ficaram sabendo que um grupo de homens pretendia derrubar todas as árvores para transformá-las em madeira.
Apavorados, pois isso representaria a destruição deles também, resolveram mandar uma mensagem pedindo socorro a um grupo de pessoas amigas e amantes da natureza.
Os bichos se reuniram para decidir quem seria o portador da mensagem, pois era uma missão muito importante, e o local para onde teriam que ir ficava muito, muito distante.
Apresentaram-se para a tarefa: um passarinho, um esquilo, um macaco e uma tartaruga.
– Eu sou o melhor – disse o passarinho estufando o peito –, porque posso voar e,  rapidamente, dar conta do recado.
O esquilo alisou o pêlo macio e falou, orgulhoso:
– Eu tenho mais condições de cumprir a missão, porque sou rápido e ágil!
O macaco, coçando a cabeça, afirmou:
– Não! Eu sou o mais indicado porque, pulando de galho em galho chegarei mais depressa ao destino.
Todos riram quando a pequena tartaruga se apresentou. Afinal, tinham urgência que a mensagem fosse entregue rápido, e a tartaruga era, reconhecidamente, muito lenta.
Depois que as risadas se acalmaram, o leão perguntou:
– Por que é que você acha que tem condições de ser a portadora?
– Porque tenho confiança em Deus que o conseguirei! – respondeu a tartaruga com serenidade.
Após muito discutir, os animais decidiram, muito sabiamente, que para maior segurança, todos os quatro levariam uma mensagem igual. Aquele que chegasse primeiro, teria a honra de entregá-la.
E assim, numa bela manhã de Sol, partiram os mensageiros levando as esperanças e a confiança de todos os animais.
O esquilo saiu aos pulos, ligeiro; o passarinho abriu as asas e voou rápido pelo céu; o macaco, pulando de árvore em árvore, lá se foi a perder de vista. Só a pobre tartaruga iniciou a jornada com sua marcha lenta, para chacota dos demais.
Enfrentaram perigos e obstáculos. Tão logo terminaram as árvores, o macaco teve que continuar também pelo solo.
A certa altura do caminho ocorreu um grande desmoronamento de terras e, como não quisessem se abrigar para não interromper a marcha, o macaco e o esquilo foram atingidos e não puderam prosseguir.
O passarinho passou voando sem maiores dificuldades, mas a tartaruga, vendo o perigo, com tranqüilidade escondeu-se na sua carapaça esperando-o passar.
Mais adiante, sobreveio terrível tempestade, e o passarinho, não obstante se agarrasse às árvores para se proteger, foi arrastado pelo vento forte. A tartaruga, porém, novamente parou sua caminhada, escondendo-se em sua carapaça do furor do temporal, esperando o tempo melhorar. Depois, prosseguiu sua jornada.
Em conseqüência das fortes chuvas, regiões ficaram totalmente inundadas, mas a corajosa tartaruga não desanimou.
Guardando muito bem a carta para que não molhasse, prosseguiu nadando.
E assim, vencendo dificuldades enormes, perigos inesperados e obstáculos difíceis, a tartaruga chegou ao seu destino. Ali ficou sabendo, muito surpresa, que era a primeira a chegar!
Sentiu-se orgulhosa e satisfeita, pois foi cumprimentada por todos, como se fosse uma heroína.
E voltou para casa com os amigos que iriam protegê-los e evitar a destruição da floresta.
Carregada nos braços, ela chegou coberta de glória, para espanto dos animais, que nunca poderiam imaginar que a pequena tartaruga cumpriria missão tão importante.
Os animais então perceberam que todas as criaturas merecem respeito e consideração, e que todos têm condições de vencer. Que, muitas vezes, não são as criaturas que parecem ter as melhores condições que vencem, mas aquelas que se utilizam melhor das possibilidades que possuem.
Perguntaram então à tartaruga, a que ela atribuía sua vitória.
– Creio que sem PACIÊNCIA, PERSISTÊNCIA, CORAGEM e muita FÉ, eu não poderia ter vencido – respondeu ela.
E concluiu com tranqüilidade:
– SÓ ASSIM VENCEREMOS!
          
                                                    TIA CÉLIA

Fonte: O Consolador - Revista Semanal de Divulgação Espírita
Autora: Célia Xavier Camargo
Agradecimento à Carolina Von Scharten

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