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quarta-feira, 23 de março de 2011
Mãe de Verdade
Lendo uma historinha ...
O pequeno índio andava pela mata triste e desanimado.
Sua mãe morrera no mesmo dia em ele nasceu e, desde então, fora criado por uma mulher muito boa e generosa que se prontificara a tomar conta do recém-nascido, mas que não poderia substituir a mãe que ele não conhecera.
O que seria uma "mãe"? Como seria uma "mãe"? Tinha vontade de saber.
Então resolveu sair e perguntar a todos que encontrasse.
Alguém por certo lhe descreveria uma mãe!
E saiu pela floresta num lindo dia de sol.
Escondida entre as folhas de um pequeno arbusto encontrou uma coelhinha.
– Dona Coelha, o que é uma "mãe"? – perguntou.
Neste instante surgiu seu filhotinho que se atirou nos braços da mamãe Coelha, assustado com alguma coisa.
E o bichinho, todo coberto de lindos pêlos brancos, respondeu, após pensar um pouco, enquanto acariciava o seu filho:
– Ah! Mãe é aquela que protege dos perigos!
Andou mais um pouco e encontrou a dona Coruja num galho de árvore.
– Dona Coruja, o que é uma "mãe"?
Fitando as corujinhas com seus enormes olhos arregalados cheios de ternura, ela respondeu:
– É aquela que ama os lindos filhotinhos que Deus lhe deu!
O indiozinho afastou-se ainda sem entender, pois os filhotes da dona Coruja eram muito feios.
Mais adiante o pequeno índio encontrou uma passarinha que trazia, presa ao bico, uma apetitosa minhoca.
– Dona Passarinha, o que é uma "mãe"?
Sem hesitar, ela respondeu, após colocar a minhoca na boca do filhotinho que esperava ansioso no ninho.
– "Mãe" é quem alimenta, para que o seu pequeno cresça forte e sadio, – afirmou, convicta.
O índio agradeceu e continuou o seu caminho.
Logo adiante, encontrou uma gata que lambia cuidadosamente as costas do seu filhotinho. E perguntou:
– Dona Gata, a senhora pode me dizer o que é uma "mãe"?
E a gata respondeu, sem parar o que estava fazendo:
– Não tenho duvida de que "mãe" é quem lava e cuida para que o pequeno esteja sempre limpinho.
Já estava um pouco tarde e o indiozinho precisava voltar para casa antes do anoitecer. Estava tão confuso! Todos a quem perguntara tinham dito coisas diferentes e ele não entendia o porquê.
Caminhando rapidamente, tropeçou num tronco e caiu, machucando a perna numa lasca de árvore. Sentindo muita dor, ele continuou o seu caminho com grande dificuldade.
Ao aproximar-se da aldeia, já viu que algo estava acontecendo, pois todos pareciam preocupados. Ao vê-lo chegando, aquela que cuidava dele correu a encontrá-lo, aflita:
– Aonde você foi? Estava preocupada! A noite chegou e você não apareceu! Mas está machucado! E olhe que sujeira! Venha. Vamos lavar o ferimento e fazer um curativo. Está com fome? Preparei aquele ensopado de legumes de que você mais gosta...
Olhando a mulher que falava e que o fitava com tanto amor, tanto carinho por sua pessoa, além da evidente preocupação com seu bem-estar, o indiozinho lembrou-se do que seus amigos da floresta lhe haviam dito.
E não teve mais dúvidas. Como não percebera isso antes? Ela era a síntese de tudo o que eles disseram e muito mais ainda.
Com os olhos úmidos de pranto ele falou, enternecido e confiante:
– MAMÃE!!...
Tia Célia
Fonte: O Consolador - Revista Semanal de Divulgação Espírita
Autora: Célia Xavier Camargo
agradecimento à Carolina Von Scharten
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É uma bela história, que contempla os que tem e os que não tem uma mãe biológica. É um texto que pode facilmente ser adaptado para uma encenação.
ResponderExcluirAsriana realmente é um texto lindo! Ja foi usado em uma homenagem às mães, fiz vários desenhos sobre, enquanto lia a historinhas as crianças seguravam as imagens. Ficou bonito mesmo.
ExcluirAbraço
Elaine Saes