sábado, 30 de julho de 2011

Pensar Antes de Agir



 Lendo uma historinha...
PENSAR ANTES DE AGIR


Sendo Luizinho um menino muito arteiro, sua mãe o repreendia sempre pelas coisas erradas que fazia. Puxava o rabo do gato, brigava com a irmã, discutia com os colegas na escola, desmontava a bicicleta, quebrava o aparelho de som, entre outras coisas. Ao ser repreendido, caindo em si, Luizinho dizia:
— Desculpa, mamãe. Fiz sem pensar. Quando vi já tinha feito!
Por isso, a mãe precisava estar sempre atenta ao que Luizinho estivesse fazendo. Naquele dia, após outra arte, cansada das suas traquinagens, a mãe disse-lhe muito séria:
— Meu filho, você precisa pensar mais no que vai fazer. Você já tem oito anos e não pode agir como se tivesse três!...
Sentindo-se culpado, ele explicou:
— Eu sei, mamãe. Mas quando vi... já tinha feito!
— Pois é exatamente esse o ponto, Luizinho: você precisa pensar antes. Depois que fazemos alguma coisa, não há como voltar atrás. Por exemplo: Ontem você subiu no telhado da casa; poderia ter caído e se machucado seriamente! Outro dia, escondido, você acendeu um fósforo e colocou fogo num monte de coisas velhas que não queria mais, no seu quarto. E, se eu não visse, poderia ter queimado tudo em nossa casa! Felizmente, senti cheiro de fumaça e consegui apagar o fogo antes que causasse estragos maiores! E outro dia...
— Chega, mamãe! Sei que tem razão. Tenho agido muito mal. Prometo que não vou fazer arte de novo. Vou tentar melhorar — disse o garoto.
— Está bem, meu filho. Essa é uma decisão importante. Faça uma prece e peça ajuda a Jesus. Com certeza será atendido, desde que realmente deseje melhorar. Mas, antes de fazer qualquer coisa, pense: Eu gostaria que alguém fizesse isso comigo?      
E foi o que o menino fez. À noite, antes de dormir, pediu a Jesus que o alertasse quando estivesse para fazer algo errado. Assim, quando Luizinho acordou de manhã, pensou:
— Hoje vou fazer tudo direitinho, como a mamãe ensinou. Jesus vai me ajudar!
Cheio de bons propósitos, Luizinho saiu de casa. Na rua, a caminho da escola, viu Amanda à sua frente, uma colega de quem não gostava muito. Teve o impulso de puxar-lhe os cabelos e sair correndo. Quando já estava com a mão estendida, Luizinho se lembrou do que a mãe tinha dito, e pensou: Se eu estivesse no lugar dela, gostaria que fizessem isso comigo? Não, eu não gostaria! Então, baixou o braço. A garota o viu, ele sorriu para ela e começaram a conversar, seguindo juntos até a escola. E, afinal, Amanda não era chata como ele pensava. Era até bem simpática!...
Na hora do recreio, Luizinho viu Jorge, um garoto com um sanduíche na mão, preparando-se para comê-lo. Naquele momento, teve vontade de derrubar o lanche do colega no chão, só para ver a reação dele. Mas, de repente, ele pensou melhor, e desistiu, baixando o braço. Como estivesse perto, sentou-se ao lado do menino e começaram a conversar. Assim, ele ficou sabendo que Jorge era muito pobre e que aquele sanduíche sua mãe tinha preparado para ser comido no café da manhã, mas ele preferira levá-lo para comer na escola, de modo a se sentir igual aos demais garotos. Luizinho perguntou:
— Jorge, você até que é um cara legal! Por que vive isolado dos outros colegas?
— É porque sou muito tímido. Mas eu gosto de conversar, como estamos fazendo agora!
Eles saíram dali e foram brincar no escorregador e se divertiram bastante. Logo o recreio terminou e eles voltaram para a classe, mas agora eram amigos.
Retornando para casa, Luizinho encontrou um cachorrinho de rua e teve vontade de lhe dar um pontapé. Percebendo sua intenção, o animal
encolheu-se contra a parede, cheio de medo. Mas, ainda uma vez, o menino pensou no que ia fazer, e parou. Vendo o cãozinho assustado, abaixou-se e fez-lhe um carinho. O animalzinho, agora com expressão diferente, fitou-o e lambeu-lhe a mão, aconchegando-se às suas pernas. Cheio de piedade, Luizinho levou seu novo amigo para casa.
A mãe ficou surpresa ao ver o filho chegar com o cãozinho, e o menino explicou:
— Mãe, eu encontrei este cachorrinho na rua. Pelo jeito, ele não tem dono. Posso ficar com ele?
— Pode, meu filho. Mas você será o responsável por ele. Ele vai depender de você.
— Pode deixar, mãe. Vou cuidar bem dele.
Luizinho arrumou um lugar para seu novo amigo dormir, colocou uma vasilha com comida e outra com água, e depois lhe deu um bom banho. Logo, o cachorro estava com outro aspecto.
Antes de dormir, a mãe foi desejar-lhe boa noite e viu que o animalzinho estava ao lado da cama. Sorriu, perguntando:
— Qual o nome dele?
— Malhado. Mamãe, viu como ele se tornou meu amigo?
— É verdade. Sempre que fazemos o bem recebemos coisas boas de volta. E a amizade é uma delas!
Luizinho pensou um pouco, depois comentou o dia que tivera:
— Você tem razão, mãe. Hoje, acordei com o propósito de fazer tudo certo, e, ainda assim, quase pus tudo a perder. Mas, quando ia fazer alguma coisa errada, algo me alertava e eu pensava nas palavras que me disse ontem à noite, isto é, que eu me colocasse no lugar da outra pessoa. E foi o que eu  fiz!...
E contou para a mãe tudo que tinha acontecido, terminando por afirmar:
— Graças a ter-me comportado bem, fiz tudo certo e ganhei três novos amigos hoje: Amanda, que não era chata como eu pensava; Jorge, que não conversava comigo porque é muito tímido, e que descobri ser bastante simpático. E, finalmente, o meu querido Malhado, que encontrou um lar. Por tudo isso, estou feliz, mamãe!... Estou em paz comigo mesmo e com os outros!... E tudo isso num único dia!...  
A mãe sorriu, envolvendo o filho num grande e afetuoso abraço.
— Entendo o que está sentindo, meu filho. Essa é a paz da consciência tranquila. Então, vamos fazer uma prece e agradecer a Jesus pelo dia que você teve hoje. E que os futuros dias também sejam cheios de bênçãos.                                                            
MEIMEI
(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, em 4/7/2011.)
Fonte: O Consolador


                 

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