"O NATAL EXPRIME RENOVAÇÃO DA ALMA E DO MUNDO, NA BASES DO AMOR, DA SABEDORIA E DO TRABALHO"
Bilhete de Natal
Meu amigo, não te esqueça,
pelo Natal de Jesus,
de cultivar na lembrança
a paz, a verdade e a luz.
Não olvides a oração
cheia de fé e de amor,
por quem passa, sobre a Terra,
encarcerado na dor.
Vai buscar o pobrezinho
e o triste que nada tem...
o infeliz que passa ao longe
sem o afeto de ninguém.
Consola as mães sofredoras
e alegra o órfão que vai
pelas estradas do mundo
sem os carinhos de um pai.
Mas escuta: Não te esqueças,
na doce revelação,
que Jesus deve nascer
no altar do teu coração.
Autor: Casimiro Cunha
Psicografia de Chico Xavier. Livro: Antologia Mediúnica do Natal
PRECE DE NATAL
De onde desceste um dia para o mundo,
Numa visão radiosa, linda e breve
De amor terno e profundo,
Das amplidões augustas dos Espaços,
No teu Natal de eternos esplendores,
Abriga nos teus braços
A multidão dos seres sofredores!...
Que em teu Nome
Receba um pão o pobre que tem fome,
Um trapo o nu, o aflito uma esperança.
Que em teu Natal a Terra se transforme
Num caminho sublime, santo e enorme
Se alegria e bonança!
Apesar dos exemplos da humanidade
Do teu amor a toda a Humanidade,
A Terra é o mundo amargo dos gemidos,
De tortura, de treva e impenitência,
Que a luz do amor de tua Providência
Ampare os seres tristes e abatidos.
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E em teu Natal, reunidos nós queremos,
Mesmo no mundo dos desencarnados,
Esquecer nossas dores e pecados,
Nos afetos mais doces, mais extremos,
Reviver a efeméride bendita
Da tua aparição na Terra aflita,
Unir a nossa voz à dos pastores,
Lembrando os milagrosos esplendores
Da estrela de Belém,
Pensando em ti, reunindo-nos no Bem
Na mais pura e divina vibração,
Fazendo da humildade
Nosso caminho de felicidade,
Estrada de ouro para a Perfeição!
Carmen Cinira
Psicografia Chico Xavier Livro:Antologia Mediúnica do Natal
ORAÇÃO ANTE A MANJEDOURA
Veja lindo power point
Senhor, quando iniciaste o Divino Apostolado, na manjedoura singela, preocupava-se o Império Romano por um mundo só, em que se garantisse a paz pela centralização administrativa. Augusto, o glorioso Imperador, ostentava a coroa do supremo poder humano, cercado de legisladores e filósofos que pugnavam pela unidade política da Terra... No entanto, Senhor, sabias que além da superfície brilhante das palavras, formavam-se legiões consagradas ao aniquilamento e à morte.
Enquanto se erguiam as vozes do senado, proclamando o direito, a concórdia e a dignidade humana, a Espanha pagava dolorosos tributos de sangue à pacificação; a Germânia experimentava a miséria; a Grécia conhecia incêndios e devastações da conquista; a Arábia tremia sob o terror; a Armênia pranteava os seus filhos; a África dobrava-se sob atrozes humilhações. Em Roma, os poetas teciam madrigais à beleza e os literatos homenageavam a justiça; mas, nas margens do Danúbio e do Reno, soluçavam crianças e mães desamparadas.
Sabemos, hoje, que a atmosfera de júbilo reinante no mundo de então, representava fruto de Tua presença santificante e reconhecemos que os homens se embriagavam de alegria por fora, continuando, porém, por dentro, os mesmos enigmas de luz e treva, ignorância e conhecimento, impulsividade e razão. Sabias, por Tua Vez, que eles glorificavam o respeito à dignidade pessoal e matavam-se nos circos, sob o aplauso quente da multidão; reverenciavam os deuses nos templos de pedra e partiam, em seguida, integrando expedições dedicadas à rapinagem; declaravam-se livres perante a Lei e escravizavam-se, cada vez mais, ao Império do egoísmo e da morte.
Não consideras Senhor, que o quadro atual continua quase o mesmo? Desde a Renascença, ouvimos lições de concórdia mundial, ensinamentos alusivos à liberdade, cânticos religiosos exaltando a fraternidade, discursos filosóficos definindo conceitos de solidariedade humana, argumentos científicos em favor da renovação social para um mundo só, onde a existência seja digna de ser vivida, mais elevada, mais feliz. Todavia, enquanto os peritos diplomáticos se reúnem solenes mobilizando rotativas e microfones, o espírito de hegemonia domina os povos e o ódio calcina os corações.
Entoam-se hosanas à paz nos templos calmos e prepara-se a guerra nas fábricas febris. A discórdia doméstica e coletiva nunca foi tão complexa, agora que a Sociologia é mais pródiga em conceituação de harmonia. Os homens, não contentes com o poder de matar pelo canhão e pela metralhadora, pelo gás e pela fome, descobriram a desintegração atômica, a fim de que não somente os irmãos na espécie sejam exterminados, mas também os animais e as árvores, os ninhos e os vermes, os elementos vitalizantes do ar, da água e do solo... E invocam-Te a presença, antes da batalha, abençoam armas em Teu Nome, declaram-se Teus protegidos, acionando maquinarias de arrasamento.
Relacionando, porém, estas verdades, não desconhecemos que o Teu amor infinito prossegue vigilante e que, se nenhum serviço do bem permanece despercebido diante de Tua misericórdia, nenhuma interferência do mal se perpetua sem a corrigenda de Tua justiça! Acompanhas Teu rebanho com a mesma esperança do primeiro dia e, quando as ovelhas tresmalhadas se precipitam no despenhadeiro, ainda é a Tua bondade que intervém, carinhosa, salvando-as da queda fatal. Teu devotamento cresce com as nossas transgressões, e se permites que a ventania do sofrimento nos fustigue o rosto, que os golpes da guerra nos abalem as entranhas do ser, é que, Artista Divino, concedes poder ao martelo da dor, a fim de que, vibrando sobre nós, desfaça a crosta de endurecimento que nos deforma a vida, entregando-nos a temporário infortúnio estabelecido por nós mesmos, como se fôramos pedras valiosas, confiadas ao zelo de um lapidário prudente e benigno!...
É por este motivo, Mestre, que inclinados sobre a recordação de Teu Natal, agradecemos a luta benfeitora que nos deste, a experiência que nos persiste, as bênçãos que renovas sobre a nossa fronte todos os dias! Pastor benevolente e sábio, revela-nos o aprisco do bem! Conheces os caminhos que ignoramos; acendes a tocha da verdade quando as trevas da mentira se espalham em torno; sabes onde se ocultam as armadilhas perigosas das margens; identificas de longe a presença da tempestade; tens o verbo que desperta o estímulo sadio; ensinas onde se localizam os raios do farol que conduz e as chamas do incêndio que destrói; curas nossas chagas sem panacéias de fantasia; repreendes amando; esclareces sem ferir; não desprezas as ovelhas quebrantadas, nem abandonas as que ouviram o convite sedutor dos lobos escondidos na sombra!... Sê abençoado, Senhor, nos séculos, pela eternidade de Teu amor, pela grandeza de Teu trabalho, pela serenidade de Tua sublime esperança.
E permita que nós, prosternados em espírito, ante a lembrança de Tua manjedoura desprotegida, possamos regressar às bases simples e humildes da vida, continuando nosso trabalho redentor, após repetir com o velho Simeão, encanecido nas inquietantes experiências do mundo: “Agora, Senhor, despede em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra, pois já os nossos olhos viram a salvação”
Texto extraído do livro: “À Luz da Oração”. Psicografia de Chico Xavier pelo espírito de Irmão X. Imagem: Internet Formatação: Annapon Música: Caixinha de dormir - Noite feliz -
NATAL DE MARIA.
Noite... Natal!... Na hora derradeira,
Sozinha num brejão, com sede e fome,
Morre jogada à febre que a consome
A velhinha Maria Cozinheira...
Lembra o Natal dos tempos de solteira,
Olha a esteira enrolada e o chão sem nome,
Mas, de repente, vê que tudo some,
Está livre do corpo e da canseira!...
Ouve cantos no céu que se descerra:
- “Glória a Deus nas Alturas!... Paz na Terra...”.
Maria, sem querer, sobre espantada...
Nisso, irrompe do Azul divina estrela...
Alguém surge!... É Jesus a recebe-la
No sublime clarão da madrugada.
Espírito: CONÉRLIO PIRES.
Fonte: Livro Antologia mediúnica do Natal
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.
Digitado por: Lúcia Aydir – SP/08/2005
CANÇÃO DO NATAL.
Mestre Amado agradecemos,
em teu Natal de alegria,
a paz que nos anuncia
a vida superior...
Por nossa esperança em festa,
pelo pão, pelo agasalho,
pelo suor do trabalho,
louvado seja, Senhor!...
Envoltos na luz da prece,
louvamos-te os dons supremos,
nas flores que te trazemos,
cantando de gratidão!...
Felizes e reverentes,
rogamos-te, Doce Amigo,
a bênção de estar contigo
no templo do coração.
Casimiro Cunha F.C.X.
CARTÃO DE NATAL.
Espírito: MEIMEI.
Ao clarão do Natal, que em ti acorda a música da esperança, escuta a voz de alguém que te busca o ninho da própria alma!... Alguém que te acende a estrela da generosidade nos olhos e te adoça o sentimento, quais se trouxessem uma harpa de ternura esconda no peito.
Sim, é Jesus, o amigo fiel, que volta.
Ainda que não quisesse, lembar-lhe-ias hoje os dons inefáveis, ao recordares as canções maternas que te embalaram o berço, o carinho de teu pai, ao recolher-te nos braços enternecidos, a paciência dos mestres que te guiaram na escola e o amor puro de velhas afeições que te parecem distantes.
Contemplas a rua, onde luminárias e cânticos lhe reverenciam a glória;
entretanto, vergas-te ao peso das lágrimas que te desafogam o coração... É que ele te fala no íntimo, rogando perdão para os erram, socorro aos que sofrem, agasalho aos que tremem na vastidão da noite, consolação aos que gemem desanimados e luz para os que jazem nas trevas.
Não hesites! Ouve-lhe a petição e faze algo!... Sorri de novo para os que te ofenderam; abençoa os que feriram; divide o farnel com os irmãos em necessidade;
entrega um minuto de reconforto ao doente; oferece numa fatia de bolo aos que oram, sozinhos, sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que esperam a morte, sem aconchego do lar; cede pequenina parte de tua bolsa no auxílio às mães fatigadas, que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem de fome, ou improvisa a felicidade de uma criança esquecida.
Não importa se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te deslumbra!... Comecemos a viver com Jesus, ainda que seja por algumas horas, de quando em quando, e aprenderemos, pouco a pouco, a estar com ele, com todos os instantes, tanto quanto ele permanece conosco, tornando diariamente ao nosso convívio e sustentando-nos para sempre.
FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.
Quantas mensagens lindas de Natal!Que elas inspirem a todos para ter um Natal cheio de amor e paz!Parabéns!
ResponderExcluirPatrícia, que assim seja!
ResponderExcluirBeijo
Elaine Saes