De uma forma ilustrativa podemos passar para as crianças uma compreensão da prece "Pai Nosso" levando todas à reflexão, pois elas conseguirão fazer uma associação com o dia-a-dia
Trabalhando assim, com todas as mensagens, estaremos auxiliando as crianças a usarem a razão e a emoção de uma forma simples e clara. Eis o grande desavio da vida!
Leiam e sintam a mensagem!
Bom estudo.
Elaine Saes
Cap. VI – Item 3
Somos discípulos do Cristo.
Mas, repetindo com Ele a sublime afirmação:- “Pai nosso que
estais no céu”. Esperamos que Deus se transforme em nosso escravo particular,
atento às nossas ilusões e caprichos.
Somos discípulos do Cristo.
Contudo, redizendo junto a Ele as inesquecíveis palavras de
submissão ao Criador:- “Seja feita a vosso a vontade”, assemelhamo-nos a
vulcões de imprecações, sempre que nos sintamos contrariados na execução de
pequeninos desejos.
Somos discípulos do Cristo.
Entretanto, refazendo com Ele a súplica ao Pai de Infinito
Amor:- “o pão de cada dia dai-nos hoje”, reclamamos a carcaça do boi e a safra
do trigo exclusivamente para a nossa casa, esquecendo-nos de que, ao redor de
nossa mesa insaciável, milhares de companheiros desfalecem de fome.
Somos discípulos do Cristo.
Todavia, depois de implorar com o Sábio Orientador à Eterna
Justiça: - “perdoai as nossas dívidas”, mentalizamos, de imediato, a melhor
maneira de cultivar aversões e malquerenças, aperfeiçoando, assim, os métodos
de odiar os fortes e oprimir os mais fracos.
Somos discípulos do Cristo.
No entanto, mal acabamos de pedir a Deus, em companhia do
Grande Benfeitor:- “Não nos deixeis cair em tentação”, procuramos, por nós
mesmos, aprisionar o sentimento nas esparrelas do vício.
Somos discípulos do Cristo.
Contudo, rogando ao Todo-Poderoso, junto do Inefável
Companheiro:- “livrai-nos de todo mal”, construímos canhões e fabricamos bombas
mortíferas para arrasar a vida dos semelhantes.
Somos discípulos do Cristo.
Mas convertemos o próximo em alimária de nossos interesses escuros,
olvidando o dever da fraternidade, para desfrutarmos, no mundo a parte do leão.
É por isso que somos, na atualidade da Terra, os cristãos
incrédulos, que ensinam sem crer e pregam sem praticar, trazendo o cérebro
luminoso e o coração amargo.
E é assim que, atormentados por dificuldades e crises de toda
espécie – aflitiva colheita de velhos males -. Cada qual de nós tem necessidade
de prosternar-se perante o Mestre Divino, à maneira do escriba do Evangelho,
guardando n’alma o próprio sonho de felicidade, enfermiço ou semimorto, a
exorar em contraditória rogativa:
-”Senhor, eu creio! Ajuda a minha incredulidade!”.
Jacinto Fagundes
Livro O Espírito da Verdade – Espíritos Diversos - F.C.X. –
Waldo Vieira
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