Nasceu na pequena localidade de Piritiba, no Maranhão, em 1886.
Foi menino pobre. Estudou com esforço e sacrifício. Ficou órfão de pai aos 5 anos de idade. Sua infância foi marcada pela miséria. Em sua "Memórias", ele conta alguns episódios que lhe deixaram sulcos profundos na alma.
Tempo depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, então Capital da República, onde se tornou famoso. Brilhante jornalista e cronista perfeito, suas páginas foram "colunas" em todos os jornais importantes do País.
Dedicou-se inteiramente à arte de escrever, e por isso eram parcos os recursos financeiros. A certa altura da sua vida, quando minguadas se fizeram as economias, teve a idéia de mudar de estilo.
Adotando o pseudônimo de Conselheiro XX, escreveu uma crônica chistosa a respeito da figura eminente da época - Medeiros e Albuquerque -, que se tornou assim motivo de riso, da zombaria e da chacota dos cariocas por vários dias.
O Conselheiro, sibilino e mordaz, feriu fundo o orgulho e a vaidade de Medeiros, colocando na boca do povo os argumentos que todos desejavam caluniar contra Albuquerque. O sucesso foi total.
Tendo feito, por experiência, aquela crônica, de um momento para outro se viu na contingência de manter o estilo e escrever mais, pois seus leitores multiplicaram, chovendo cartas às redações dos jornais, solicitando novas matérias do Conselheiro XX.
Além de manter o estilo, Humberto se foi aprofundando no mesmo, tornando-se para alguns, na época, quase imortal, saciando o paladar de toda uma mentalidade que desejava mais liberdade de expressão e mais explicitude na abordagem dos problemas humanos e sociais.
Quando adoeceu, modificou completamente o estilo. Sepultou o Conselheiro XX, e das cinzas, qual Fênix luminosa, nasceu outro Humberto, cheio de piedade, compreensão e entendimento para com as fraquezas e sofrimentos do seu semelhante.
A alma sofredora do País buscou avidamente Humberto de Campos e dele recebeu consolação e esperança. Eram cartas de dor e desespero que chegavam às suas mãos, pedindo socorro e auxílio. E ele, tocado nas fibras mais sensíveis do coração, a todas respondia, em crônicas, pelos jornais, atingindo milhares de leitores em circunstâncias idênticas de provações e lágrimas.
Fez-se amado por todo o Brasil, especialmente na Bahia e São Paulo. Seus padecimentos, contudo, aumentavam dia-a-dia. Parcialmente cego e submetendo-se a várias cirurgias, morando em pensão, sem o calor da família, sua vida era, em si mesma, um quadro de dor e sofrimento. Não desesperava, porém, e continuava escrevendo para consolo de muitos corações.
A 5 de dezembro de 1934, desencarnou. Partiu levando da Terra amargas decepções. Jamais o Maranhão, sua terra natal, o aceitou. Seus conterrâneos chegaram mesmo a hostilizá-lo.
Três meses apenas de desencarnado, retornou do Além, através do jovem médium Chico Xavier, este, com 24 anos de idade somente, e começou a escrever, sacudindo o País inteiro com suas crônicas de além-túmulo.
O fato abalou a opinião pública. Os jornais do Rio de Janeiro e outros estados estamparam suas mensagens, despertando a atenção de toda gente. Os jornaleiros gritavam. Extra, extra! Mensagens de Humberto de Campos, depois de morto! E o povo lia com sofreguidão...
Agripino Grieco e outros críticos literários famosos examinaram atenciosamente a produção de Humberto, agora no Além. E atestaram a autenticidade do estilo. "Só podia ser Humberto de Campos!" - afirmaram eles.
Começou então uma fase nova para o Espiritismo no Brasil. Chico Xavier e a Federação Espírita Brasileira ganharam notoriedade. Vários livros foram publicados.
Aconteceu o inesperado. Os familiares de Humberto moveram uma ação judicial contra a FEB, exigindo os direitos autorais do morto!
Tal foi a celeuma, que o histórico de tudo isto está hoje registrado num livro cujo título é "A Psicografia ante os Tribunais", escrito por Dr. Miguel Timponi.
A Federação ganhou a causa. Humberto, constrangido, ausentou-se por largo período e, quando retornou a escrever, usou o pseudônimo de Irmão X.
Nas duas fases do Além, grafou 12 obras pelo médium Chico Xavier.
"Crônicas de Além-Túmulo", "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", "Boa Nova", "Novas Mensagens", "Luz Acima", "Contos e Apólogos" e outros foram livros que escreveu para deleite de muitas almas.
Nas primeiras mensagens temos um Humberto bem humano, com características próprias do intelectual do mundo. Logo depois, ele se vai espiritualizando, sutilizando as idéias e expressões, tornando-se então o escritor espiritual predileto de milhares.
Os que lerem suas obras de antes, e de depois, de morto, poderão constatar a realidade do fenômeno espírita e a autenticidade da mediunidade de Chico Xavier.
O mesmo estilo, o mesmo estro!
Fonte: http://www.luzespirita.com/2012/03/irmao-x-humberto-de-campos.html
HUMBERTO DE CAMPOS O HOMEM, O ESCRITOR, O AMIGO
 
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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
O Divino Semeador
Quando
Jesus nasceu, uma estrela mais brilhante que as outras luzia, a pleno céu,
indicando a manjedoura.
A
princípio, pouca gente lhe conhecia a missão sublime.
Em
verdade, porém, assumindo a forma duma criança, vinha Ele, da parte de Deus,
nosso Pai Celestial, a fim de santificar os homens e iluminar os caminhos do
mundo.
O
Supremo Senhor que no-lo enviou é o Dono de Todas as Coisas. Milhões de mundos
estão governados por suas mãos. Seu poder tudo abrange, desde o Sol distante
até o verme que se arrasta sob nossos pés; e Jesus, emissário d'Ele na Terra,
modificou o mundo inteiro. Ensinando e amando, aproximou as criaturas entre si,
espalhou as sementes da compaixão fraternal, dando ensejo à fundação de hospitais
e escolas, templos e instituições, consagrados à elevação da humanidade.
Influenciou, com seus exemplos e lições, nos grandes impérios, obrigando
príncipes e administradores, egoístas e maus, a modificarem programas de
governo. Depois de sua vinda, as prisões infernais, a escravidão do homem pelo
homem, a sentença de morte indiscriminada a quantos não pensassem de acordo com
os mais poderosos, deram lugar à bondade salvadora, ao respeito pela dignidade
humana e pela redenção da vida, pouco a pouco.
Além
dessas gigantescas obras, nos domínios da experiência material, Jesus,
convertendo-se em Mestre Divino das almas, fêz ainda muito mais.
Provou
ao homem a possibilidade de construir o Reino da Paz, dentro do próprio
coração, abrindo a estrada celeste à felicidade de cada um de nós.
Entretanto,
o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
Viveu
num lar humilde e pobre, tanto quanto ocorre a milhões de meninos, mas não
passou a infância despreocupadamente. Possuiu companheiros carinhosos e brincou
junto deles. No entanto, era visto diariamente a trabalhar numa carpintaria
modesta. Vivia com disciplina. Tinha deveres para com o serrote, o martelo e os
livros. Por representar o Supremo Poder, na Terra, não se movia à vontade, sem
ocupações definidas. Nunca se sentiu superior aos pequenos que o cercavam e
jamais se dedicou à humilhação dos semelhantes.
Eis
porque o jovem mantido à solta, sem obrigações de servir, atender e respeitar,
permanecer em grande perigo.
Filho
de pais ricos ou pobres, o menino desocupado é invariavelmente um vagabundo. E
o vagabundo aspira ao título de malfeitor, em todas as circunstâncias. Ainda
que não possua orientadores esclarecidos no ambiente em que respira, o jovem
deve procurar o trabalho edificante, em que possa ser útil ao bem geral, pois se o próprio Jesus, que não
precisava de qualquer amparo humano, exemplificou o serviço ao próximo, desde
os anos mais tenros, que não devemos fazer a fim de aproveitar o tempo que nos
é concedido na Terra?
Pelo
Espírito Neio Lúcio
XAVIER,
Francisco Cândido. Antologia
Mediúnica do Natal.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Nosso grande trabalho junto às crianças e jovens, é mostrar-lhes que os tesouros devem ser ajuntados no Céu!
Mostrando que Deus, nos presenteou com talentos e esses devem ser exercitados, através do fazer ao próximo o que queremos para si. E que dessa forma, fazendo o bem sem olhar a quem, estaremos desevolvendo, aos poquinhos, nossas virtudes.
Conquistando a real riqueza.
Lembrando que os tempos atuais, são a clara figuração do "Joio e do Trigo".
Elaine Saes
domingo, 25 de novembro de 2012
Música Espírita Infantil: Vale a Pena
Música "Vale a Pena", do Grupo Espírita "Sábado de Sol" com belos ensinamentos.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
ENTENDENDO A ORAÇÃO PAI NOSSO
|  | 
| A ORAÇÃO PAI NOSSO FOI ENSINADA POR JESUS | 
A oração Pai Nosso é o mais perfeito modelo, verdadeira obra- prima de simplicidade e humildade.Resume todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo.
VAMOS ENTENDER O SIGNIFICADO DA PRECE PAI NOSSO.
(Clique nas frases e leia texto de apoio)
 É nosso ato de adorar o Pai cuja presença enche o Universo  inteiro e cujo nome é santo e merecedor de todo o nosso respeito. Por  isso não devemos pronunciar tão sagrado nome a todos os momentos e por  qualquer motivo.
 VENHA A NÓS O  TEU REINO.
 É um pedido que fazemos ao Senhor para que a Terra se  transforme em um mundo de paz e de felicidades.
 Deus sabe o que mais convém a cada um de seus filhos.  Curvemo-nos, pois, à sua vontade como filhos obedientes que devemos ser.
 Deus é quem nos pode dar o que necessitamos.
A Ele pedimos o nosso alimento. Pedimos o pão material que alimenta o nosso corpo e o ganhamos pelo nosso trabalho honesto; e pedimos o pão espiritual que alimenta o nosso espírito e o ganhamos com a nossa obediência às leis divinas.
A Ele pedimos o nosso alimento. Pedimos o pão material que alimenta o nosso corpo e o ganhamos pelo nosso trabalho honesto; e pedimos o pão espiritual que alimenta o nosso espírito e o ganhamos com a nossa obediência às leis divinas.
 Se nós não perdoamos os que nos ofenderem não poderemos  merecer o perdão de Deus. Logo, para merecermos o perdão de Deus é  preciso que perdoemos o mal que os outros nos fizerem.
 Por essas palavras nós pedimos a Deus que fortifique o nosso  ânimo para que possamos resistir aos maus conselhos e não permita que  pratiquemos o mal.
 Queremos dizer que tudo seja feito segundo o nosso  merecimento aos olhos de Deus.
52 LIÇOES DE CATECISMO ESPÍRITA (Eliseu  Rigonatti)
Eu contra Eu
A maior luta é contra nossas próprias fraquezas! 
Não adianta fecharmos os olhos e acharmos que somos perfeitos!
Quanto mais perfeitos formos, menos rigorosos seremos com os nossos semelhantes.
Não podemos mais virar as costas para nosso passado. Devemos aceitar nossa condição de Espíritos em evolução, isto é, Espíritos aprendendo... A amar.
E não há tempo a perder.
Somos alunos dentro de uma sala de aula, onde a lição é dada, deve ser estudada, treinada e depois o aprendizado deve ser testado através de provas.
A lição já temos gravada em nossa consciência, é a do Mestre Jesus, o treino é com os nossos semelhantes, principalmente àqueles com quem convivemos mais de perto. Tudo isso acontece no decorrer de nosso dia-a-dia. São nas pequeninas situações onde somos testados, os resultados ficam arquivados no Plano Espiritual.
Mas como sabermos se passamos nos testes?
É simples. Enquanto certa situação nos incomodar, é sinal que o aprendizado ainda não foi adquirido, então, ela se repetirá...
A história abaixo, Eu contra Eu, do irmão X, retrata as consequências de uma vida ilusória, e nos mostra que não estamos sozinhos nesse aprendizado, que somos auxiliados pela Misericórdia Divina na busca do caminhar reto. Depende de nossa boa vontade.
Boa Leitura
Não adianta fecharmos os olhos e acharmos que somos perfeitos!
Quanto mais perfeitos formos, menos rigorosos seremos com os nossos semelhantes.
Não podemos mais virar as costas para nosso passado. Devemos aceitar nossa condição de Espíritos em evolução, isto é, Espíritos aprendendo... A amar.
E não há tempo a perder.
Somos alunos dentro de uma sala de aula, onde a lição é dada, deve ser estudada, treinada e depois o aprendizado deve ser testado através de provas.
A lição já temos gravada em nossa consciência, é a do Mestre Jesus, o treino é com os nossos semelhantes, principalmente àqueles com quem convivemos mais de perto. Tudo isso acontece no decorrer de nosso dia-a-dia. São nas pequeninas situações onde somos testados, os resultados ficam arquivados no Plano Espiritual.
Mas como sabermos se passamos nos testes?
É simples. Enquanto certa situação nos incomodar, é sinal que o aprendizado ainda não foi adquirido, então, ela se repetirá...
A história abaixo, Eu contra Eu, do irmão X, retrata as consequências de uma vida ilusória, e nos mostra que não estamos sozinhos nesse aprendizado, que somos auxiliados pela Misericórdia Divina na busca do caminhar reto. Depende de nossa boa vontade.
Boa Leitura
Elaine Saes
Quando o HOMEM,  ainda jovem, desejou cometer o primeiro desatino aproximou-se o Bom-Senso e observou:
- Detém-se! Por que te confias assim ao mal?
O interpelado respondeu orgulhoso:
Eu quero!
Passando adiante à condição de esbanjador e adotando a extravagância e a loucura por normas de viver, apareceu a ponderação e aconselhou-o:
- Para! Por que te consagras deste modo, ao gasto inconsequente?
Ele contudo esclareceu arrogante:
Eu posso.
Mais, tarde, mobilizando os outros, a serviço da própria insensatez, recebeu a visita da humildade, que lhe rogou piedosa:
- Reflete! Por que não te compadeces dos mais fracos e dos mais ignorantes?
O infeliz, todavia redarguiu colérico:
- Eu mando.
Absorvendo imensos recursos, inutilmente, quando podia beneficiar a coletividade, abeirou-se dele o Amor e pediu:
- Modifica-te! Sê caridoso! Como podes reter o rio das oportunidades sem socorrer o campo das necessidades alheiras?
E o mísero, informou:
- Eu ordeno.
Praticando atos condenáveis que o levaram ao pelourinho da desaprovação pública, a justiça acercou-se dele a recomendar:
- Não prossigas! Não te dói ferir tanta gente?
O infortunado entretanto, acentuo implacável:
Eu exijo.
E assim viveu o HOMEM, acreditando ser o centro do Universo, reclamando, oprimindo e dominando, sem ouvir as sugestões das virtudes que iluminam a Terra, até que um dia, a morte o procurou e lhe impôs a entrega do corpo físico. o desditoso entendendo a gravidade do acontecimento, prosternou-se diante dela e considerou:
- Morte por que me buscas?
Eu quero - disse ela.
Por que me constranges a aceitar-te?
Gemeu triste.
 - Eu posso - retrucou a visitante.
- Como podes atacar-me deste modo?
- Eu mando.
Que poderes te movem?
- Eu ordeno.
-Defender-me-ei contra ti - clamou o HOMEM, desesperado - duelarei e receberás a minha maldição...!
Mas a morte sorriu, imperturbável, e afirmou:
- Eu exijo.
E na luta do eu contra eu, conduziu-o à casa da Verdade, para maiores lições.
Irmão X
Contos e Apólogos - psicografia - Francisco Cândido Xavier
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Prêmio Dardos
Recebi o Premio "Dardos" da minha amiga: 
Alice Lírio do Blog Pelos Caminhos da Evangelização
http://peloscaminhosdaevangelizacao.blogspot.com.br/
Também da amiga:
Lu Beheraborde
do Blog Aulas para Evangelização
http://lubeheraborde.blogspot.com.br
MUITO OBRIGADA POR ACREDITAREM EM MEU TRABALHO
COMO SURGIU O PRÊMIO DARDOS:
O Prêmio Dardos foi criado pelo
escritor espanhol Alberto Zambade que, em 2008, concedeu no seu blog Leyendas
de “El Pequeño Dardo”o primeiro Prêmio Dardo a quinze blogs selecionados por
ele. 
Ao divulgar o prêmio, Zambade
solicitou aos blogs premiados que também indicassem outros blogs ou sites
considerados merecedores do prêmio. Assim a premiação se espalhou pela
internet. 
Segundo o seu criador, o Prêmio Dardo
destina-se a “reconhecer os valores demonstrados por cada blogueiro diariamente
durante seu empenho na transmissão de valores culturais, éticos, literários,
pessoais etc., demonstrando, em suma, a sua criatividade por meio de seu
pensamento vivo que permanece inato entre as suas palavras”
As regras do prêmio estabelecem que
os indicados poderão exibir no seu blog/site o selo do prêmio e deverão indicar
outros dez, quinze ou vinte blogs ou sites que preencham os requisitos acima
para o recebimento do prêmio.Como qualquer prêmio, há regras:
Exibir a imagem do selo no seu blog, 
Lnkar o blog pelo qual recebeu a
indicação.
Escolher outros blogs para receber o
Selo Dardos.
Avisar os dez escolhido.
OFEREÇO O PRÊMIO DARDOS AOS BLOGS:
- http://www.amorpelascores.blogspot.com.br/
- http://spiritualisticschoolforchildren.blogspot.com.br/
- http://materialdoestudanteespirita.blogspot.com.br/
- http://rosepedersoli.blogspot.com.br/
- http://www.triangulodafraternidade.com/
- http://atividadesevangelicas.blogspot.com.br/
- http://naomykuroda.blogspot.com.br/
- http://espitirinhas.blogspot.com.br/
- http://divinaprofissao.blogspot.com.br/
- http://musicasparaevangelizacao.blogspot.com.br/
PARABÉNS A TODOS!
sábado, 27 de outubro de 2012
Meu agradecimento especial à "Falange Imortal" pelo carinho e apreço por esse espaço; enriquecendo o blog com essa prece "Deus" de Eurípedes Barsanulpho.
Obrigada, fiquei muito feliz!
Elaine Saes
DEUS 
DEUS! Vós que Vos revelais pela natureza, vossa filha e nossa mãe, reconheço-Vos eu, Senhor! Na poesia da Criação, na criança que sorri, no ancião que tropeça, no mendigo que implora, na mão que assiste, na mãe que revela, no pai que instrui, no apóstolo que evangeliza!
DEUS! Reconheço-Vos eu, Senhor! No amor da esposa, no afeto do filho, na estima da irmã, na justiça do justo, na misericórdia do indulgente, na fé do pio, na esperança dos povos, na caridade dos bons, na inteireza dos íntegros!
DEUS! Reconheço-Vos eu, Senhor! No estro do vate, na eloquência do orador, na inspiração do artista, na santidade do moralista, na sabedoria do filósofo, nos fogos do gênio!
DEUS! Reconheço-Vos eu, Senhor! Na flor dos vergéis, na relva dos vales, no matiz dos campos, na brisa dos prados, no perfume das Campinas, no murmúrio das fontes, no rumorejo das Franças, na música dos bosques, na placidez dos lagos, na altivez dos montes, na amplidão dos oceanos, na majestade do firmamento!
DEUS! Reconheço-Vos eu, Senhor! Nos lindos antélios, no íris multicor, nas auroras polares, no argênteo da lua, no brilho do sol, na fulgência das estrelas, no fulgor das Constelações!
DEUS! Reconheço-Vos eu, Senhor! Na formação das nebulosas, na origem dos mundos, na gênese dos sóis, no berço das humanidades, na maravilha, no esplendor, no sublime do infinito!
DEUS! Reconheço-Vos eu, Senhor! com Jesus, quando ora: "PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS..." ou com os anjos quando cantam "GLORIA A DEUS NAS ALTURAS..." Aleluia.
EURÍPEDES BARSANULPHO
Sacramento, 10 de janeiro de 1914
Olá pessoal da Escolinha Espírita, obrigado por nos acolher sempre, pois aqui sempre venho para ler as preces que disponibilizam...eu quero hoje, compartilhar com o site, contribuindo com uma prece que encontrei na instituição da qual faço parte Sociedade Espírita Anjo Ismael, com sede na cidade de Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo...a prece que encontramos é de autoria do nosso amigo e irmão Eurípedes Barsanulpho, que por sinal uma das mais lindas que já encontrei, são todas lindas, mas esta não sabia, até que o presidente desta instituição me forneceu para que providenciasse cópias...segue abaixo e espero que todos apreciem-na e mais uma vez obrigado pela existência desse espaço de luz...
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Bem Sofrer e Mal Sofrer
Há somente três Fatalidades para nós Espíritos:
O Nascimento;
O Desencarne;
A Iluminação.
O resto, fica por conta de nosso livre-arbítrio!
O Espiritismo como despertador de consciências, nos auxilia, não através de medos e cobranças, mas através do raciocínio que desenvolve a responsabilidade.
Eis abaixo uma mensagem onde podemos sentir exatamente essa realidade. Boa leitura.
Elaine Saes
BEM SOFRER E MAL SOFRER - Lacordaire - Havre, 1863
Quando Cristo disse: "Bem-aventurados os aflitos, porque deles é o Reino dos Céus", não se referia aos sofredores em geral, porque todos os que estão neste mundo sofrem, quer estejam num trono ou na miséria, mas ah! Poucos sofrem bem, poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzir ao Reino de Deus. O desânimo é uma falta; Deus vos nega consolações, se não tiverdes coragem. 
A prece é um sustentáculo da alma, mas não é suficiente por si só; é necessário que se apóie numa fé ardente na bondade de Deus. Tendes ouvido freqüentemente que Ele não põe um fardo pesado em ombros frágeis. O fardo é proporcional às forças, como a recompensa será proporcional à resignação e à coragem. A recompensa será tanto mais esplendente quanto mais penosa tiver sido a aflição. Mas essa recompensa deve ser merecida, e é por isso que a vida está cheia de tribulações.
O militar que não é enviado à frente de batalha não fica satisfeito, porque o repouso no acampamento não lhe proporciona nenhuma promoção. Sede como o militar, e não aspireis a um repouso que enfraqueceria o vosso corpo e entorpeceria a vossa alma. Ficai satisfeitos, quando Deus vos envia à luta. Essa luta não é o fogo das batalhas, mas as amarguras da vida, onde muitas vezes necessitamos de mais coragem que num combate sangrento, pois aquele que enfrenta firmemente o inimigo poderá cair sob o impacto de um sofrimento moral. O homem não recebe nenhuma recompensa por essa espécie de coragem, mas Deus lhe reserva os seus louros e um lugar glorioso. Quando vos atingir um motivo de dor ou de contrariedade, tratai de elevar-vos acima das circunstâncias. E quando chegardes a dominar os impulsos da impaciência, da cólera ou do desespero, dizei, com justa satisfação: "Eu fui o mais forte!"
Bem-aventurados os aflitos, pode, portanto, ser assim traduzido; bem-aventurados os que têm a oportunidade de provar a sua fé, a sua firmeza, a sua perseverança e a sua submissão à vontade de Deus, porque eles terão centuplicadas as alegrias que lhes faltam na Terra, e após o trabalho virá o repouso.
Extraído: Livro do Espíritos - Bem-Aventurados os Aflitos - Instruções dos Espíritos - Bem sofrer e mal sofrer - Lacordaire Havre, 1863
A prece é um sustentáculo da alma, mas não é suficiente por si só; é necessário que se apóie numa fé ardente na bondade de Deus. Tendes ouvido freqüentemente que Ele não põe um fardo pesado em ombros frágeis. O fardo é proporcional às forças, como a recompensa será proporcional à resignação e à coragem. A recompensa será tanto mais esplendente quanto mais penosa tiver sido a aflição. Mas essa recompensa deve ser merecida, e é por isso que a vida está cheia de tribulações.
O militar que não é enviado à frente de batalha não fica satisfeito, porque o repouso no acampamento não lhe proporciona nenhuma promoção. Sede como o militar, e não aspireis a um repouso que enfraqueceria o vosso corpo e entorpeceria a vossa alma. Ficai satisfeitos, quando Deus vos envia à luta. Essa luta não é o fogo das batalhas, mas as amarguras da vida, onde muitas vezes necessitamos de mais coragem que num combate sangrento, pois aquele que enfrenta firmemente o inimigo poderá cair sob o impacto de um sofrimento moral. O homem não recebe nenhuma recompensa por essa espécie de coragem, mas Deus lhe reserva os seus louros e um lugar glorioso. Quando vos atingir um motivo de dor ou de contrariedade, tratai de elevar-vos acima das circunstâncias. E quando chegardes a dominar os impulsos da impaciência, da cólera ou do desespero, dizei, com justa satisfação: "Eu fui o mais forte!"
Bem-aventurados os aflitos, pode, portanto, ser assim traduzido; bem-aventurados os que têm a oportunidade de provar a sua fé, a sua firmeza, a sua perseverança e a sua submissão à vontade de Deus, porque eles terão centuplicadas as alegrias que lhes faltam na Terra, e após o trabalho virá o repouso.
Extraído: Livro do Espíritos - Bem-Aventurados os Aflitos - Instruções dos Espíritos - Bem sofrer e mal sofrer - Lacordaire Havre, 1863
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Dia das Crianças!!!
Dia de festa...
Dia de
alegria...
Dia de
colorido...
Dia de risada...
Dia de doces...
Dia de brincar!
Vamos deixar
nossa criança interior se manifestar...
Vamos ser
criança... Vamos ser simples...
Vamos nos
perdoar...
Vamos Sorrir...
Vamos nos
acarinhar!
Elaine Saes
Criança Feliz,
Feliz a cantar...
Alegre a embalar,
Seu sonho infantil.
Oh! meu bom Jesus,
Que a todos conduz,
Olhai as crianças 
Do nosso Brasil!
Crianças com alegria,
Qual um bando de andorinhas,
Viram Jesus que dizia,
"Vinde a mim as criancinhas".
Hoje no céu um aceno,
Os anjos dizem amém,
Porque Jesus Nazareno,
foi criancinha Também!
Composição de Francisco Alves/ Rene Bittencourt
sábado, 6 de outubro de 2012
A Prece
O ESPIRITISMO E A PRECE
A compreensão espírita do que seja a
prece repousa necessariamente sobre a concepção espírita de Deus.
Se do à prece um estado em que os
Espíritos buscam comunicar-se com Deus, o modo como o espírita ora.
Depende de como ele crê em Deus, e
uma noção equivocada de Deus logicamente distorce os objetivos da prece.
A prece, constituindo-se em ligação
com o Criador ou com Espíritos Superiores, seus mensageiros, sempre se constitui
em alimento para almas famintas, alívio para os enfermos, serenidade para os
aflitos, desde que imbuída de sentimentos verdadeiros. Aliás, a pureza é o
elemento mais importante de uma prece, sendo secundárias as palavras e fórmulas
escolhidas.
Sabendo que Deus é todo-poderoso,
imutável, eterno, soberanamente justo e bom, criador de leis que governam
sabiamente a vida em todos os níveis, jamais poderão nossas preces pretender
resultados que neguem seus atributos, sob pena de simplesmente não serem
atendidas.
Eis porque as coisas que pedimos em
função do egoísmo, do orgulho e da manutenção de nossas vaidades, não nos são
concedidas. Mas podemos contar com tudo que necessitamos para nosso progresso
espiritual: boas inspirações, lucidez, aprendizado, serenidade, oportunidades.
A prece além do fortalecimento íntimo
que proporciona, é uma expressão de nosso livre-arbítrio, solicitando a Deus
que aja em nossas vidas para favorecer nossos processos internos de reflexão e
amadurecimento, quando por eles nos decidimos. E pressupõe uma elevação de
nossos padrões vibratórios, que nos torna acessíveis às intuições dos bons
Espíritos. 
Contudo, isto não pode acontecer
quando nossas preces são a simples recitação de textos prontos, repetições que
não exprimem sentimentos, ou reproduções de frases decoradas, anos a fio, por
mera formalidade ou desencargo de consciência.
A prece é eficaz, quando a cada palavra
corresponde um sentimento ou desejo que emerge do mais fundo de nossas almas.
Só assim ela pode criar a ligação fluídica necessária para atingir seus
resultados em nossas vidas ou nas vidas daqueles por quem pedimos. Feita deste
modo, ela cabe em todo lugar, a qualquer momento, perante qualquer situação,
seja íntima ou compartilhada com outras pessoas.
Rita Foelker
Agradecimento à Raimundo Almeida - grupo aberto - Espiritismo Portugal . 
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Prece de Gratidão - Emmanuel
Senhor, muito obrigado pelo que me deste, pelo que me dás! Pelo ar, pelo pão, pela paz!
Muito obrigado, pela beleza que meus olhos vêen no altar da natureza. Olhos que contemplam o céu cor de anil, e se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil!
Pela minha faculdade de ver, pelos cegos eu quero interceder, por aqueles que vivem na escuridão e tropeçam na multidão, por eles eu oro e a Vós imploro comiseração, pois eu que depois dessa lida, numa outra vida, eles enxergarão!
Senhor, muito obrigado pelos ouvidos meus. Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro,
a melodia do vento nos ramos do salgueiro, a dor e as lágrimas que escorrem no rosto do mundo inteiro. Ouvidos que ouvem a música do povo, que desce do morro na praça a cantar. A melodia dos imortais que a gente ouve uma vez e não se esquece nunca mais.
Diante de minha capacidade de ouvir, pelos surdos eu te quero pedir, pois eu sei, que depois desta dor, no teu reino de amor, eles voltarão a ouvir!
Muito obrigado Senhor, pela minha voz! Mas também pela voz que canta, que ensina, que consola. Pela voz que com emoção, profere uma sentida oraçãp! Pela minah capacidade de falar, pelos mudos eu Vos quero rogar, pois eu sei que depois desta dor, no vosso reino de amor, eles também cantarão!
Muito obrigado Senhor, pelas minhas mãos, mas também pelas mãos que aram, que semeiam, que agasalham. Mãos de caridade, que solidariedade. Mãos que apertam mãos. Mãos de poesias, de cirugias, de sinfonias, de psicografias, mãos que numa noite fria, cuida ou lava louça numa pia.
Mãos que a beira de uma sepultura, abraça alguém com ternura, num momento de amrgura. Mãos que no seio, agasalham o filho de um corpo alheio, sem receio.
E meus pés que levam a caminhar, sem reclamar. Porque eu vejo na Terra amputados, defsormados, aleijados e eu posso bailar. Por ele eu oro, e a ti imploro, porque eu sei que depois dessa expiação, numa outra situação, eles também bailarão.
Por fim Senhor, muito obrigado pelo meu lar! Pois é tão maravilhoso ter um lar.
Não importa se este lar é uma mansão, um ninho, uma casa no caminho, um bangalô, seja lá o que for. O importante é que dentro dele exista a presença da harmonia e do amor.
O amor de mãe, de pai, de irmão, de uma companheira. De alguém que nos dê a mão, nem que seja a presença de uma cão, porque é muito doloroso viver na solidão.
Mas se eu ninguém tiver, nem um teto para me agasalhar, uma cama para eu deitar, um ombro para eu chorar, ou alguém para desabafar, não reclamarei, não lastimarei, nem blasfemarei.
Porque eu tenho a Vós.
Então muito obrigado porque eu nasci.
E pelo Vosso amor, Vosso sacrifício e Vossa paixão por nós, muito obrigado Senhor!
Emmanuel
Agradecimento à querida Fátima Pagano
Muito obrigado, pela beleza que meus olhos vêen no altar da natureza. Olhos que contemplam o céu cor de anil, e se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil!
Pela minha faculdade de ver, pelos cegos eu quero interceder, por aqueles que vivem na escuridão e tropeçam na multidão, por eles eu oro e a Vós imploro comiseração, pois eu que depois dessa lida, numa outra vida, eles enxergarão!
Senhor, muito obrigado pelos ouvidos meus. Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro,
a melodia do vento nos ramos do salgueiro, a dor e as lágrimas que escorrem no rosto do mundo inteiro. Ouvidos que ouvem a música do povo, que desce do morro na praça a cantar. A melodia dos imortais que a gente ouve uma vez e não se esquece nunca mais.
Diante de minha capacidade de ouvir, pelos surdos eu te quero pedir, pois eu sei, que depois desta dor, no teu reino de amor, eles voltarão a ouvir!
Muito obrigado Senhor, pela minha voz! Mas também pela voz que canta, que ensina, que consola. Pela voz que com emoção, profere uma sentida oraçãp! Pela minah capacidade de falar, pelos mudos eu Vos quero rogar, pois eu sei que depois desta dor, no vosso reino de amor, eles também cantarão!
Muito obrigado Senhor, pelas minhas mãos, mas também pelas mãos que aram, que semeiam, que agasalham. Mãos de caridade, que solidariedade. Mãos que apertam mãos. Mãos de poesias, de cirugias, de sinfonias, de psicografias, mãos que numa noite fria, cuida ou lava louça numa pia.
Mãos que a beira de uma sepultura, abraça alguém com ternura, num momento de amrgura. Mãos que no seio, agasalham o filho de um corpo alheio, sem receio.
E meus pés que levam a caminhar, sem reclamar. Porque eu vejo na Terra amputados, defsormados, aleijados e eu posso bailar. Por ele eu oro, e a ti imploro, porque eu sei que depois dessa expiação, numa outra situação, eles também bailarão.
Por fim Senhor, muito obrigado pelo meu lar! Pois é tão maravilhoso ter um lar.
Não importa se este lar é uma mansão, um ninho, uma casa no caminho, um bangalô, seja lá o que for. O importante é que dentro dele exista a presença da harmonia e do amor.
O amor de mãe, de pai, de irmão, de uma companheira. De alguém que nos dê a mão, nem que seja a presença de uma cão, porque é muito doloroso viver na solidão.
Mas se eu ninguém tiver, nem um teto para me agasalhar, uma cama para eu deitar, um ombro para eu chorar, ou alguém para desabafar, não reclamarei, não lastimarei, nem blasfemarei.
Porque eu tenho a Vós.
Então muito obrigado porque eu nasci.
E pelo Vosso amor, Vosso sacrifício e Vossa paixão por nós, muito obrigado Senhor!
Emmanuel
Agradecimento à querida Fátima Pagano
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Como é rica a fase da Adolescência e Juventude
É tempo de consciência e ação, já sabemos quem somos; de onde viemos e para
que viemos. Não há mais o que temer. Nossa existência é marcada por fases, todas entrelaçadas e de
grande importância, e o nosso destino é caminhar, desenvolver, iluminar. 
Tudo aquilo que não conhecemos,
tememos, é natural, faz parte de nossa Natureza. Por isso muitas vezes passamos
décadas fugindo de nosso dever, nos escondendo nas ilusões da vida, até que a
vida se encarrega de nos dar o amadurecimento, aquela frase tão conhecida e  tão temido por tantos - a vida ensina - Em
contrapartida, tudo aquilo que conhecemos nos traz segurança. Esse é o nosso convite,
se conheça, estude, busque o entendimento que cada fase da vida requer de você
e com certeza seu caminhar será amenizado, se sentirá mais feliz. E poderá
ajudar ao próximo com suas experiências. Esse é o convite de Jesus. 
Leia esse  texto interessante de Joanna de Angelis
e reflita como é rica essa fase da adolescência e juventude. Aproveite-a com
sabedoria. 
Elaine Saes
O ADOLESCENTE: POSSIBILIDADES E LIMITES
Na quadra primaveril da adolescência tudo parece fácil,
exatamente pela falta de vivência da realidade humana. O adolescente examina o
mundo através das lentes límpidas do entusiasmo.
A vida é um conjunto de possibilidades que se apresentam
para ser experimentadas, facultando o crescimento intelecto-moral dos seres.
Para o jovem sonhador, que tudo vê róseo, há muitos caminhos a percorrer, que
exigem esforços, bom direcionamento de opções e sacrifício.
Assim, as possibilidades do adolescente estão no
investimento que ele aplica para a conquista do que traça como objetivo. Nesse
período, tem-se pressa, ansioso pelos voos que pretende desferir, pensa que as
suas aspirações podem ser transformadas em realidade de um para outro momento,
e, quando isso não ocorre, deixa-se abater por graves frustrações e desânimo.
No entanto através desse vaivém de alegria e desencanto passa a entender que os
fenômenos existenciais independem das suas imposições, decorrido de muitos
fatores que se conjugam para oferecer resultado correspondente.
Nessa sucessão de contrários, amadurece-lhe a capacidade de
compreensão e aprimora-se a faculdade de planejar, auxiliando-o a colocar os
pés no chão sem a perda do otimismo, que é fator decisivo para o prosseguimento
das aspirações e da sua execução contínua.
Face à constituição da vida, não basta anelar e querer, mas
produzir e perseverar. Esse meio de levar adiante os planos acalentados
demonstra que há limites em todos os indivíduos, que não podem ser
ultrapassados, e que se apresentam na ordem social, moral, econômica, cultural,
científica, enfim, em todas as áreas dos painéis existenciais.
Os acontecimentos são conforme ocorrem e não consoante
gostariam que se sucedessem. A sabedoria, que decorre das contínuas lutas,
demonstra que se deve realizar o que é possível, aguardando o momento oportuno
para novos cometimentos. Especificamente, cada dever tem o seu lugar e não é
lícito assumir diversos labores que não podem ser executados de uma só vez.
A própria organização física, constitui limite para todos os
indivíduos. O limite se encontra na capacidade das resistências físicas, moral
e mental, que constituem os elementos básicos do ser humano, e no enfrentamento
com os imperativos da sociedade, da época em que se vive etc.
Certamente, há homens e mulheres que se transformaram em
exceção, havendo pagado pesados ônus de sacrifício, graças ao qual abriram à
História páginas e incomparável beleza. Simultaneamente, também, houve aqueles
que mergulharam no fundo abismo do desencanto, deixando-se dominar por
terríveis angústias que lhes estiolaram a alegria de viver e os maceram,
levando-os a estados profundamente perturbadores, porque não possuíam essas
energias indispensáveis para as conquistas que planejaram.
Ao moço compete o dever de aprender as lições que lhe
chegam, impregnando-se das suas mensagens e abrindo novos espaços para o
futuro.
Quando arrebatado pelo entusiasmo, considerar que há tempo
para semear como o há para colher; quando deprimido, liberar-se das sombras
pelo esforço de acender as regiões onde brilha a luz da esperança,
compreendendo que a marcha começa no primeiro passo, assim como o discurso mais
inflamado tem início na primeira palavra. Todas as coisas exigem planificação e
tentativa. Aquele que se recusa experimentar, já perdeu parte do
empreendimento. Não há por que recear o insucesso. Esse medo da experimentação
já é, em si mesmo, uma forma de fracasso. Arriscar-se, no bom sentido do termo,
é intensificar os esforços para produzir, mesmo que, aparentemente, tudo esteja
contra. Não realizando, não tentando, é claro que as possibilidades são
infinitamente menores. Sempre vence aquele que se encontra alerta, que labora
que persiste.
A atitude de esperar que tudo aconteça em favor próprio é
comodidade injustificável; e deixar-se abater pelos pensamentos pessimistas,
assim como pelas heranças auto-depreciativas, significa perder as melhores
oportunidade de crescimento interior e exterior, que se encontram na
adolescência. Esse é o momento de programar; é o campo de experimentação.
Quando o jovem começa a delinear o futuro não significa que
haja logrado a vitória ou perdido a batalha, apenas está traçando rotas que o
levarão a um ou a outro resultado, ambos de muito valor na sua aprendizagem, em
torno da vida na qual se encontra.
A perseverança e o idealismo sem excesso responderão pelo
empreendimento iniciado. O adolescente não deve temer nunca o porvir, porquanto
isso seria limiar as aspirações, nem subestimar as lições do cotidiano, que lhe
devem constituir mensagens de advertência, próprias para ensinar-lhe como
conseguir os resultados Superiores.
Assim, nesse período de formação de identificação consigo
mesmo, a docilidade no trato, à confiança nas realizações a gentileza na
afetividade, o trabalho constante, ao lado do estudo que se aprimora os valores
e desenvolve a capacidade de entendimento, devem ser o programa normal de vivenciar
os prazeres, os jogos apaixonantes do desejo, as buscas intérminas do gozo
cedem lugar aos compromissos iluminativos que desenham a felicidade na alma e
materializam-na no comportamento.
Ser jovem não é, somente, possuir forças orgânicas,
capacidade de sonhar e de produzir, mas, sobretudo, poder discernir o que
precisa ser feito, como executá-lo e para que realizá-lo.
A escala de valores pessoais necessita ser muito bem
considerada, a fim de que o tempo não seja empregado de forma caótica em
projetos de secundária importância, em detrimento de outros labores primaciais,
que constituem a primeira meta existencial, da qual decorrerão todas as outras
realizações.
São infinitas, portanto, as possibilidades da vida,
limitadas pelas circunstâncias, pelo estágio de evolução de cada homem e de cada
mulher, que devem, desde adolescentes, programar o roteiro da evolução e seguir
com segurança, etapa a etapa, até o momento de sua auto-realização.
Joanna de Angelis
Adolescência e Vida – Joana de Angelis – Divaldo Pereira - cap.
6 – O adolescente: possibilidades e limites
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
A CRIANÇA OBSIDIADA
|  | 
| Suely C. Schubert | 
“Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência.
Donde a precoce perversidade, senão da inferioridade do Espírito, uma vez que a educação em nada contribuiu para isso?”(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec questão 199-a.)
Não se vê em crianças dotadas dos piores instintos, numa Idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação?
Crianças obsidiadas suscitam em nós os mais profundos sentimentos de solidariedade e comiseração.
Tal como acontece ante as demais enfermidades que atormentam as crianças, também
sentimos ímpetos de protegê-las e aliviá-las, desejando mesmo que nada as fizesse sofrer.
Pequeninos seres que se nos apresentam torturados, inquietos, padecentes de enfermidades
impossíveis de serem diagnosticadas, cujo choro aflito ou nervoso nos condói e impele à
prece imediata em seu benefício, são muita vez obsidiados de berço. Outros se apresentam
sumamente irrequietos, irritados desde que abrem os olhos para o mundo carnal. Ao
crescer, apresentar-se-ão como crianças-problema, que a Psicologia em vão procura
entender e explicar.
São crianças que já nascem aprisionadas — aves implumes em gaiolas sombrias —,
trazendo nos olhos as visões dos panoramas apavorantes que tanto as inquietam. São
reminiscências de vidas anteriores ou recordações de tormentos que sofreram ou fizeram
sofrer no plano extrafísico, antes de serem encaminhadas para um novo corpo. Conquanto a
nova existência terrestre se apresente difícil e dolorosa, ela é, sem qualquer dúvida, bem
mais suportável que os sofrimentos que padeciam antes de reencarnar.
O novo corpo atenua bastante as torturas que sofriam, torturas estas que tinham as suas
nascentes em sua própria consciência que o remorso calcinava. Ou no ódio e revolta em que
se consumiam.
E as bênçãos de oportunidades com que a reencarnação lhes favorece poderão ser a tão
almejada redenção para essas almas conturbadas.
A Misericórdia Divina oferecerá a tais seres instantes de refazimento, que lhes chegarão por
vias indiretas e, sobretudo, reiterados chamamentos para que se redimam do passado,
através da resignação, da paciência e da humildade.
(...)
Crianças que padecem obsessões devem ser tratadas em nossas instituições espíritas através
do passe e da água fluidificada, e é imprescindível que lhes dispensemos muita atenção e
amor, a fim de que se sintam confiantes e seguras em nosso meio. Tentemos cativá-las com
muito carinho, porque somente o amor conseguirá refrigerar essas almas cansadas de
sofrimentos, ansiando por serem amadas.
Fundamental, nesses casos, a orientação espírita aos pais, para que entendam melhor a
dificuldade que experimentam, tendo assim mais condições de ajudar o filho e a si próprios,
visto que são, provavelmente, os cúmplices ou desafetos do pretérito, agora reunidos em
provações redentoras. Devem ser instruídos no sentido de que façam o Culto do Evangelho
no Lar, favorecendo o ambiente em que vivem com os eflúvios do Alto, que nunca falta
àquele que recorre à Misericórdia do Pai.
A criança deve ser levada às aulas de Evangelização Espírita, onde os ensinamentos
ministrados dar-lhe-ão os esclarecimentos e o conforto de que tanto carece.
(...)
Extraído do livro Obsessão/Desobsessão - Suely C. Schubert cap. 12
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Mocidade e Velhice
Uma existência é a soma da infância, da juventude e velhice, o tempo começa a contar com a encarnação e finda na desencarnação.
Esse espaço de tempo, chamamos vida terrena, onde o espírito reúne experiências numa busca pelo bem, pelo belo e pelo desabrochar do amor. Divina e abençoada, deve ser envolvida com respeito, com bondade, com carinho, tolerância e olhada como sendo uma fonte de ensinamentos.
A velhice não existe para aqueles que têm a consciência de que a vida é um eterno aprendizado e que deve ser aproveitada.
O espírito na sua roupagem de idoso, deve se sentir valoroso, e esse é o nosso dever, ajudá-lo a sentir que sua missão foi cumprida, guiando esse irmão a encerrar sua jornada com alegria e desejo de voltar à casa de onde retornou, tendo uma desencarnação sem traumas e sem apegos.
Eis abaixo uma profunda, mensagem recebida por uma grande companheira de estudo a Patrícia, onde nos leva à reflexão de nossos valores e atitudes diante desses "antigos jovens".
Elaine Saes
MOCIDADE E VELHICE
Infância, juventude, madureza e velhice são simples fases da experiência maternal.A vida é essência divina e a juventude é seiva eterna do espírito imperecível.Mocidade da alma é condição de todas as criaturas que receberam com a existência o aprendizado sublime, em favor da iluminação de si mesmas e que acolheram no trabalho incessante do bem o melhor programa de engrandecimento e ascensão da personalidade.A velhice, pois, como índice de senilidade improdutiva ou enfermiça, constitui, portanto, apenas um estado provisório da mente que desistiu de aprender e de progredir nos quadros de luta redentora e santificante que o mundo nos oferece.Nesse sentido, há jovens no corpo físico que revelam avançadas características de senectude, pela ociosidade e rebeldia a que se confinam, e velhos na indumentária carnal que ressurgem sempre à maneira de moços invulneráveis, clareando as tarefas de todos pelo entusiasmo e bondade, valor e alegria com que sabem fortalecer os semelhantes na jornada para a frente.Se a individualidade e o caráter não dependem da roupa com que o homem se apresenta na vida social, a varonil idade juvenil e o bom ânimo não se acham escravizados à roupagem transitória.O jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro.Lembrando-nos, porém, de que a Vida é imortal, de que o Espiritismo é escola ascendente de progresso e sublimação, de que o Evangelho é luz eterna, em torno da qual nos cabe dever de estruturar as nossas asas de Sabedoria e de Amor e, num abraço compreensivo de verdadeira fraternidade, no círculo das esperanças, dificuldades e aspirações que nos identificam uns com os outros, continuemos o trabalho.
O jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amnhã; e o ancião de agorta, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro."
André LuizAgradecimento à querida companheira de estudo Patrícia M. T. Santos
Correio Fraterno - André Luiz - Francisco Cândido Xavier
domingo, 16 de setembro de 2012
Para Dedicar Tempo aos Filhos é Preciso Deixar Outras Coisas de lado - Por Sergio Sinay
O escritor Sergio Sinay, 66 anos, é um especialista em vínculos humanos. Sociólogo e jornalista, formou-se na Escola de Psicologia da Associação Gestáltica de Buenos Aires. Requisitado consultor sobre assuntos familiares e relações pessoais, tem vários livros publicados. O mais novo,Sociedade dos Filhos Órfãos, que acaba de sair em português (Editora BestSeller), é uma dura crítica ao modo de vida da atualidade, em que pais delegam a educação e a atenção aos filhos para babás, escolas e até para as novas tecnologias – como celular, televisão e computadores. Esse comportamento transmite aos filhos a noção errada de que basta ter dinheiro para encontrar quem se encarregue daquilo que nos cabe fazer, afirma Sinay, em seu livro.
Casado e pai de um jovem, Sinay diz que o amor é uma construção contínua que se fortalece diariamente com responsabilidade e comprometimento. “Para dedicar tempo aos filhos, é preciso deixar outras coisas de lado”. A seguir trechos da entrevista concedida ao Mulher7x7.
Pergunta - Há uma geração de filhos sem pais presentes nascendo ou ela sempre existiu?
SERGIO SINAY – Sempre houve pais que não assumem responsabilidades e sempre haverá. Mas nunca houve como hoje um fenômeno social tão amplo e profundo a ponto de criar uma geração de filhos órfãos de pais vivos. Pela primeira vez podemos dizer, infelizmente, que os filhos com pais presentes que cumprem suas funções são uma minoria.
Até que ponto a relação dos pais com os filhos reproduz um estilo de vida da atualidade?
Vivemos numa cultura do utilitarismo, em que se busca o material a qualquer preço e por qualquer caminho. As pessoas se medem pelo que possuem e não pelo que são. Os pais correm atrás do material e descuidam de seus filhos que, por sua vez, aprendem a valorizar apenas o bem material. Essa é a fórmula para criar filhos materialistas.
Em vários trechos do livro, o senhor diz estar convencido de que muita gente ficará irritada com o que está escrito. Por quê?
Porque muita gente não gosta de escutar ou ler o que precisa, apenas o que gosta. Os pais de filhos órfãos, em sua maioria, não admitem sua própria conduta e acreditam que ser pai e mãe consiste em comprar coisas para os filhos, matriculá-los em escolas caras, dar celulares e computadores modernos.
O senhor relaciona o fracasso dos pais na educação dos filhos ao medo que eles têm da reprovação infantil. De onde vem esse medo e como fugir dessa armadilha?
O medo vem de uma cultura que transformou as relações humanas em transações comerciais. As pessoas se  enxergam como recursos ou clientes. Os pais tratam de comprar o amor dos filhos e temem que o cliente não esteja contente. O carinho dos filhos não se compra. Amor se constrói com presença, atitudes e assumindo a responsabilidade de liderar o caminho dessa vida em direção à autonomia. Para isso, há que se estabelecer limites, marcar as fronteiras, frustrar. Criar e educar é também frustrar, ensinar que nem tudo é possível. Só assim se ensina a escolher. E só quem escolhe pode ser livre. Os pais, no entanto, têm medo de não ser simpáticos, então se esquecem de ser pais, que é o que os filhos precisam.
Ao se referir ao modelo do passado, em que as mães eram o retrato do sacrifício, e os pais, da disciplina ainda que com distância emocional, o senhor diz que todos sabiam seu papel, algo não acontece hoje. Aquele modo de educar era de alguma forma melhor?
Aquele modo de educar tinha muitas limitações e era muito rígido em muitos aspectos. Mas se sabia claramente quem eram os pais e quem eram os filhos. Os pais não tinham medo de atuar como pais, ainda que às vezes cometessem excessos em sua autoridade. Mas é sempre mais fácil corrigir um excesso do que superar uma ausência. Alguém pode mudar um modelo pobre ou insuficiente. Muito mais grave é não ter modelo.
Ao abordar o problema de jovens envolvidos com drogas e violência, o senhor diz que a solução é os pais terem mais controle sobre o que eles fazem e onde vão. Como não resvalar para a superproteção?
A infância e a adolescência são etapas muito breves da vida e necessárias para o amadurecimento biológico, psíquico e cognitivo. Seremos adultos a maior parte da nossa vida. A adolescência termina entre os 18 e os 19 anos. Quando os pais são ausentes ou não cumpriram suas funções, vemos adolescentes imaturos de 30 ou 40 anos. Se os pais pegam no leme do barco, e realizam esse trabalho com amor, ao fim da adolescência, seus filhos serão pessoas com ferramentas para caminhar pela vida. Terão muito por aprender ainda, mas terão boas bases e um bom sistema imunológico contra os principais perigos sociais. Os limites do controle vão mudando com a idade dos filhos e vão se flexibilizando até desaparecer por completo. Para saber quando e como modificá-los, há que estar presente.
Ao propor que os pais busquem interagir com outros pais para a realização de programas em comum e conversas que afinem experiências e atitudes, o senhor está sugerindo que educar é, de alguma forma, uma obra coletiva?
Educar é uma missão intransferível de quem, biologicamente ou por adoção, criou um vínculo de maternidade e paternidade. A responsabilidade é sempre individual. Conversar com outros pais e empreender projetos comuns, ajuda a afirmar a tarefa e permite a troca de experiências úteis.
Nas grandes cidades, em que muitos pais sequer comparecem às reuniões na escola, não é uma utopia propor essa interação entre os pais?
Sem utopias, não se avança. E se cruzarmos os braços, perdemos a batalha. Muitos casais responsáveis e amorosos se sentem sozinhos, não concordam com o que vêem outros pais fazendo e seguem adiante com suas convicções. Por isso, há que falar e propôr interação, dizer a eles “vocês estão num bom caminho”, compartilhem isso. Quando esses pais começarem a falar descobrirão que muita gente pensa assim também, mas estava em silêncio.
É o caso de uma família evitar certos círculos de pessoas e lugares, e até cidades, se achar que a vida do filho está indo pelo caminho errado?
Não se pode ter medo de tomar decisões, dizer não, proibir certas relações perigosas. Os filhos vão protestar, tentarão transgredir. Isso não é um problema, é parte do processo. Os filhos sempre buscarão transgredir para crescer. O problema é quando os pais viram o rosto, olham para o outro lado, não estabelecem limites ou têm medo dos filhos. Ser pai com amor e presença não significa converter-se em uma pessoa simpática, em um animador de televisão. Às vezes, há que se tomar medidas duras.
O senhor diz que muitos pais usam a suposta importância da qualidade do tempo ao lado do filho para justificar a ausência. O que é qualidade de tempo com o filho, na sua opinião?
Não há qualidade sem quantidade. Em qualquer tarefa para alcançar qualidade é preciso tempo, compromisso, dedicação. O famoso “tempo de qualidade” de que falam muitos pais – e que inclusive tem o apoio de pediatras e psicólogos infantis – é uma desculpa para que os pais não se sintam culpados. Os pais são adultos e um adulto sabe que na vida não se pode tudo. Há que optar. Para dedicar tempo aos filhos, é preciso deixar outras coisas de lado. O “tempo de qualidade” são cinco minutos nos quais os pais culpados dão tudo aos filhos para evitar o conflito. Isso faz muito mal aos filhos. Se não há tempo, não há qualidade. E se não há tempo para os filhos, é preciso pensar antes de se tornar pais. Depois é tarde.
Mas muitos pais não escolhem seus horários, o tempo que perdem no trânsito e, por falta de opção, ficam menos com os filhos do que gostariam. O senhor não acha que os filhos aprendem a diferenciar os pais que nunca estão porque não querem dos pais que não estão porque não podem?
A responsabilidade de ser pais nos obriga a fazer escolhas. É verdade que os pais são demandados por muitas atividades. Mas eu pergunto “são todas obrigatórias?”. Muitas vezes, trabalha-se demais para pagar o que não é necessário. Ser pai e mãe é uma oportunidade para aprender a diferenciar os desejos das necessidades. É uma oportunidade para aprender a diferenciar o que a publicidade vende do que realmente precisamos. Tudo que requer nosso tempo é imprescindível? Podemos trabalhar menos enquanto criamos os filhos pequenos? É possível dividir melhor o tempo entre pais e mães? Por que tem que ser sempre a mãe a que duplica suas tarefas? Por que podemos dizer “não” ao tempo que nossos filhos exigem de nós em vez de dizer “não” aos outros? Se os pais têm sempre tempo para suas obrigações e nunca para seus filhos, os filhos aprendem que essas outras coisas (trabalho, reuniões, encontros sociais, esportes etc) são mais importantes do que eles porque nunca podem ser adiados. Não é obrigação dos filhos compreender os pais (ainda mais quando são pequenos). É obrigação dos pais atender às necessidades dos filhos.Por isso é preciso pensar antes de ser tornar pai e mãe.
O senhor critica também a estratégia de entreter as crianças com DVDs em viagens para elas ficarem quietas. Vemos esse comportamento da não-interação se estendendo à mesa de restaurantes, festas. Onde está o erro dessa atitude?
Ser pai e mãe é um trabalho. Não se pode delegar esse trabalho às novas tecnologias. Essas tecnologias muitas vezes nos conectam mas nos tornam incomunicáveis. Isso se vê especialmente nas famílias, onde todos têm celulares e computadores, mas não mantêm diálogos nem proximidade.
O senhor diz que escola não educa, ensina. O que não se deve esperar da escola?
Educar é transmitir valores por atitudes, vivendo os valores que pregamos. Educar é ensinar que as pessoas são o fim, e não o meio, algo que se passa por vínculos. Educar é transmitir a certeza de que cada vida tem um sentido e há que viver a busca desse sentido. Isso é educar, é o que fazem os pais com presença, ações e condutas. A escola é a grande socializadora que ensina a viver a diversidade e a respeitá-la, que treina habilidades para viver e atuar no mundo, que dá informação vital sobre esse mundo e que é uma ponte para ele. A escola e os pais são sócios, não podem se separar, nem se enfrentar. Tem que atuar de um modo cooperativo. Os filhos são alunos da escola, não clientes. A escola não é um parque de diversões, nem creche, nem shopping. A escola não pode fazer a vez do pai e da mãe. Os pais não podem pedir à escola que ocupe o lugar que eles deixam vago. Pais que não respeitam as escolas ensinam seus filhos a não respeitar as instituições.
Que mensagem o senhor daria para os pais que, sem perceber, estão deixando os filhos de lado acreditando estarem fazendo a coisa certa?
Eu os recordaria que ser pai e mãe foi uma escolha. Em pleno século 21, quem não quer ter filhos não tem, de modo que não há desculpas. Quem tem filhos tem responsabilidades sobre uma vida. Essa vida precisa de respostas. E diria que só há uma maneira de aprender a ser pai e mãe: convivendo com os filhos, estando presentes em suas vidas, errar, pedir desculpas, reparar o erro e seguir adiante, sempre com responsabilidade e presença.
Em seu livro, o senhor deixa claro que educar é um processo contínuo que exige envolvimento e dá trabalho, mas é fato que muita gente opta por soluções fáceis. Que soluções fáceis devem ser postas de lado?
Filhos não vêm com manual de instruções. Cada filho é uma pessoa única. Por isso não há soluções fáceis nem receitas. Nossos filhos nos ensinam a ser pais. Querer que um pediatra, um professor, um psicólogo, a televisão, a internet, uma babá, os avós ou a escola se encarregue dos filhos é buscar uma solução fácil. Pais que procuram esse tipo de solução provam que o problema são eles, e não os filhos. Os filhos nunca são o problema. O grande e maior problema (vício em drogas, alcoolismo, violência juvenil, acidentes de carro, comportamento de risco, doenças novas como obesidade infantil ou déficit de atenção, entre outros) não está nos filhos, nas crianças ou nos adolescentes. Estão nos pais.
É possível impor limites sem ser chato?
Aquele que impõe limites não recebe sorrisos nem aplausos, mas assume responsabilidades e logo colherá frutos.
O senhor afirma que o amor é uma construção. O senhor acredita em amor incondicional?
Como bem dizia Alice Miller, uma extraordinária psicóloga suíça que morreu no ano passado, aos 83 anos, e era uma grande defensora dos filhos, o único amor incondicional que existe é dos filhos para os pais. As crianças precisam muito mais dos pais: para crescer, ser guiadas, ter proteção, ser alimentadas, receber valores e, sobretudo, ser amadas. Os filhos não precisam provar seu amor aos pais, mas se os pais amam seus filhos devem dar a eles provas desse amor, acompanhando seu crescimento, transmitindo-lhes valores, colocando limites, frustrando quando necessário, oferecendo um modelo de vida que faça sentido. Sem isso, o amor será apenas palavras.
Fonte Coluna revista Época
http://colunas.revistaepoca.globo.com/mulher7por7/2012/08/02/para-dedicar-tempo-aos-filhos-e-preciso-deixar-outras-coisas-de-lado/
Agradecimento a querida companheira de estudo Gleicy Maris Paixão Esposito
http://colunas.revistaepoca.globo.com/mulher7por7/2012/08/02/para-dedicar-tempo-aos-filhos-e-preciso-deixar-outras-coisas-de-lado/
Agradecimento a querida companheira de estudo Gleicy Maris Paixão Esposito
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