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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Canção do Natal


Casimiro Cunha

 

Mestre Amado, agradecemos,

em teu Natal de alegria,

a paz que nos anuncia

a vida superior...

 

Por nossa esperança em festa,

pelo pão, pelo agasalho,

pelo suor do trabalho,

louvado sejas, Senhor!...

 

Envoltos na luz da prece,

louvamos-te os dons supremos,

nas flores que te trazemos,

cantando de gratidão!...

 

Felizes e reverentes,

rogamos-te, Doce Amigo,

a bênção de estar contigo

no templo do coração.
 

 

Do livro Antologia Mediúnica do Natal, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Pequeno Espírita

 Que
Deus fica sempre muito agradecido quando fazemos uma prece com sentimento, aquela vindo do coraçao. Ele não fica agradecido quando aprece é feita da boa para fora. 
L. E. , 658

Pequeno Espírita



Que
Eu, você e todos que moram no mundo pertencemos a dois mundos? 
Sim, pensa comigo... e veja como estou certa.
Pelo corpo físico, de carne e osso estamos ligados ao mundo visível, aquele que podemos ver, e pelo corpo espiritual ao mundo invisível, aquele que não podemos ver.

 Do livro O problema do ser - Léon Denis cap 11 a vida no além 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Água Fluidificada



Espírito Emmanuel: - "A água é um dos elementos mais receptivos da Terra e no qual a medicação do Céu pode ser impressa através de recursos substanciais de assistência ao corpo e à alma.
A prece intercessória, como veículo de bondade, emite irradiações de fluidos que, por enquanto, são invisíveis aos olhos humanos e escapam à análise das vossas pesquisas comuns.
A água recebe-nos a influenciação ativa de força magnética e princípios terapêuticos que aliviam e sustentam, que ajudam e curam.
A rogativa que flui do imo d'alma e a linfa que procede do coração da Terra, unidas na função do bem, operam milagres. Quando o Mestre advertiu que o doador de um simples copo de água ofertado em nome de sua memória, fazia jus à sua bênção, Ele reporta-se ao valor real da providência, a benefício do corpo e do espírito, sempre que estejam enfermiços.
Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos espirituais na solução de tuas necessidades fisiopsíquicas ou nos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia. O orvalho do Plano Divino magnetizará o líquido com raios de amor, em forma de bênçãos, e estarás então consagrando o sublime ensinamento do copo de água pura, abençoado nos Céus".


sábado, 7 de novembro de 2015

Lindo poema de Chico Xavier

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO,

mesmo eu sabendo que as rosas não falam.


Que eu não perca o OTIMISMO,

mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre.

 

Que eu não perca a VONTADE DE VIVER,

mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...

 

Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS,

mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas...

 

Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS,

mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda.

 

Que eu não perca o EQUILÍBRIO,

mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia.

 

Que eu não perca a VONTADE DE AMAR,

mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo sentimento por mim...

 

Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR,

mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos...

 

Que eu não perca a GARRA,

mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos...

 

Que eu não perca a RAZÃO,

mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas.

 

Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA,

mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu...

 

Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO,

mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...

 

Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER,

mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...

 

Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA,

mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia.

 

Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração,

mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado.

 

Que eu não perca a vontade de SER GRANDE,

mesmo sabendo que o mundo é pequeno...

E acima de tudo...

 

Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente,

que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois....

 

A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS

E CONCRETIZADA NO AMOR!

 

Amorosamente,

Francisco Cândido Xavier

 

http://www.forumespirita.net/



segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Parábola da Casa Sobre a Rocha e a história dos Três Porquinhos


Muitos de nós já devem ter lido ou ouvido fábulas, histórias carregadas de ensinamentos morais e nas quais os animais têm comportamento humano, ou seja, pensam, falam e agem. Várias delas são famosas, como A Cigarra e a Formiga, do escritor grego Esopo (620 a.C – 564 a.C); e A Raposa e as Uvas, do francês La Fontaine (1621 – 1695).
Talvez uma das mais famosas fábulas seja Os Três Porquinhos. Pelo que pesquisei, as primeiras edições datam do século 18. Imagina-se, no entanto, que a história seja muito mais antiga. E veremos daqui a pouco que, de fato, essa informação se confirma. E como! 
Segundo a enciclopédia virtual Wikipedia, tal fábula foi divulgada pela primeira vez em 1853 pelo escritor australiano Joseph Jacobs. Ele era folclorista e morou na Inglaterra um bom tempo, onde resgatou e publicou contos tradicionais que eram passados oralmente de geração em geração. Mas a história só se tornou mundialmente conhecida quando foi transformada em desenho animado pelo americano Walt Disney, em 1933. 
Os três porquinhos que dão título à fábula são irmãos. Aqui no Brasil, ficaram conhecidos pelos nomes de Heitor, Cícero e Prático. 
Segundo a história, ao receberem uma herança, os três irmãos suínos decidiram cada um construir sua própria casa. É o sonho da casa própria, que, pelo visto, é tão antigo quanto a história. 
Cícero, o porquinho mais preguiçoso, construiu uma casa à base de palha e lama. Heitor, também não muito afeito ao trabalho, fez uma cabana de madeira; contudo, não usou prego e aço. Já Prático fez uma morada como manda o figurino. Hoje em dia, diríamos que ele utilizou tijolo, cimento, vidro, telha etc. 
Aí entra o quarto personagem, que ainda não é Jesus Cristo, mas um lobo faminto. 
Lobos são carnívoros, e nosso amigo de dentes pontiagudos decerto ficou com a boca cheia d’água quando viu tanta carne suína à disposição. O que ele fez? Foi ao encalço de Heitor, que saiu correndo e se trancou em casa, tremendo de medo. O lobo, então, soprou, soprou e a casa de palha e lama foi ao chão. Mais do que depressa, Heitor refugiou-se na casa de Cícero. Ficaram os dois lá, morrendo de pavor de serem devorados. O lobo novamente soprou, soprou e a casa de madeira meramente encaixada também tombou. Os dois irmãos, correndo do lobo em desabalada carreira, se abrigaram na casa de Prático, feita com toda segurança e infraestrutura. Ficaram os três lá dentro. Cícero e Heitor ainda com medo. Prático não. 
Novamente o lobo soprou até não poder mais. Só que a casa, resistente, manteve-se de pé. O lobo, que não era bobo, resolveu esperar a chegada da noite e entrou na casa descendo pela chaminé. Foi quando sentiu cheiro de queimado. Era Prático, o porquinho safo, que fervia água num caldeirão e, assim, queimava a cauda do malvado canídeo, que fugiu assustado e nunca mais voltou. Os três porquinhos, então, viveram felizes para sempre. 
Disse, há algumas linhas, que a história dos três porquinhos é antiga. Bem antiga, aliás. Muito mais do que possamos supor. Na verdade, é uma história constante da Bíblia. Mais precisamente, do Novo Testamento. E contada pelo próprio Jesus Cristo. 
Nos Textos Sagrados, não encontraremos o Mestre falando sobre porquinhos às voltas com um lobo esfomeado. Mas a história, sob outra roupagem, é da autoria do Meigo Rabi. Está presente nos Evangelhos de Lucas (capítulo 6, v. 47 a 49) e Mateus (capítulo 7, v. 24 a 27). Vou utilizar o texto de Lucas:  
Qualquer que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante.
É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre a rocha.
Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre a areia, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa. 
Eis aí a conhecida Parábola da Casa Sobre a Rocha. Trocaram o homem por três adoráveis suínos e as intempéries por um lobo. Mas a moral é a mesma. 
Não importa a troca. Importa constatar como os ensinamentos do Cristo estão inseridos no inconsciente coletivo da humanidade. Tanto que viajam através do tempo e ganham o mundo ocidental por meio de um desenho animado produzido na década de 30 do século 20.
Parte extraído http://www.oconsolador.com.br/ano9/438/ca6.html

Pequeno Espírita


Que
“A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida do corpo, mas em outro corpo especialmente formado para essa alma ou esse Espírito?
 Sim, e esse novo corpo não tem nada de igual com o corpo que essa alma ou esse Espírito teve na vida anterior.”

Trecho de: Kardec, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo.” 


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

LÉON DENIS (1846/1927)

Um dos mais extraordinários espíritas de todos os tempos.

Sucessor e propagador da obra de Allan Kardec, a qual am- pliou em termos filosóficos.

Seus elevados conceitos doutrinários, alicerçados na mais pura moral cristã e nos ensinamentos dos espíritos, lançaram novas luzes sobre a Doutrina Espírita, que enfrentava, na época, a contestação e o desprezo de grupos religiosos e científico- materialistas. Léon Denis a todos respondia com a sua mais pura naturalidade, baseando-se nos ensinamentos do Cristo e na mais alta inspiração dos seus mentores, que, como ele próprio confes- sava, nessas horas nunca o abandonaram.

Era também um orador excepcional que sempre atraía multi- dões. Sua vida era regrada pelos exemplos do Divino Mestre, tendo para todos e a qualquer momento sempre uma palavra de ânimo, quando não a própria ajuda material que para ele mesmo já era escassa.

Atrás de si deixou o exemplo da caridade, da renúncia e do trabalho.

Sua obra doutrinária é básica e enfoca os problemas da angústia e da dor, a destinação do homem e a maneira de com- preender e equacionar os obstáculos da vida terrena.

Destacamos as seguintes obras de sua autoria: Depois da morte, Cristianismo e Espiritismo, Joana D’Arc médium, O porquê da vida e No invisível. Desencarnou trabalhando, aos 81 anos.

Extraido do livro O Problema do Ser - Léon Denis

domingo, 18 de outubro de 2015

Oração

A prece é a força poderosa, não somente para desfazer as insinuações dos maus Espíritos, mas para todas as dificuldades da vida. Ela nos dá mais coragem e resistência nas lutas de cada dia. Convém que as criaturas aprendam a orar, e o façam todos os dias, criando assim um hábito elevado e cristão. Nem Jesus dispensou a oração, e de vez em quando subia ao monte para conversar com Deus. Ele deixou o exemplo e até uma forma de prece que usamos até os dias que correm.

Mas, não é com o simples balbuciar que afastamos os Espíritos malfeitores. É preciso que reformemos os sentimentos, que mudemos de idéias e de comportamento, para sairmos da sintonia dos ignorantes. As próprias pessoas encarnadas se ajuntam por afinidades de idéias, e logo que uma muda sua vida, a outra não encontra mais alegria com a sua companhia. Assim se processa com os desencarnados: a separação vem por força da lei.

Orar é um ato divino, porém, aquele que ora não pode nem deve esquecer o exercício no bem, o aperfeiçoamento espiritual decorrente do saber e do amor. As pessoas obsidiadas não devem se limitar a pedir a Deus que as livre do mal, mas que saiam da faixa desse mal. Pedir é bom, mas mudar a direção da vida para o bem é melhor, é a parte que o doente está fazendo em seu próprio benefício.

A prece nos traz muita claridade espiritual, mas ela pode ser breve. Ela é a resposta da misericórdia de Deus, para nos dar força, de modo a vencer as dificuldades que surgirem em nossos caminhos. Em todas as religiões os profitentes encontram na oração uma segurança, e ela, verdadeiramente, é um bastão que nos ajuda a caminhar, desde quando os pés se esforcem para andar.

Se te sentes acompanhado por Espíritos brincalhões, se percebes que sugestões de Espíritos malfeitores chegam a tua cabeça, procura orar, mas examina se esse tipo de sugestão não está se coadunando com o teu modo de pensar e, se essa for a verdade, muda de pensamentos para que se desviem as insinuações das almas ignorantes e fiques livre das opressões maléficas.

A prece é um poderoso auxilio para afastar más idéias, no entanto, é necessário que junto a ela esteja a nossa boa vontade de servir, de ajudar, de melhorar e de amar do modo ensinado por Jesus. Cumprindo com o dever, todas as criaturas que já entendem o valor da oração e dão continuidade a esse estado d’alma, conservam essa luz que se acende com a prece, vivendo uma vida correta e cheia de amor a Deus e ao próximo.

Se Deus assiste aos que obram, não devemos ficar com as mãos atadas pela inércia; estendamo-las em direção aos que sofrem, aos que choram, aos apedrejados e encarcerados, aos nús e aos famintos, porque, desta forma, a oração torna-se força contínua em nós e em torno de nós, de maneira a destruir, em quem está integrado no bem, todo ambiente que atrai os maus Espíritos. É conhecendo a verdade que nos libertaremos de todo mal. 
Filosofia Espírita X João Nunes Maia – Miramez pg 45

sábado, 10 de outubro de 2015

CREDORES NO LAR


No devotamento dos pais, todos os filhos são jóias de luz; entretanto, para que compreendas certos antagonismos que te afligem no lar, é preciso saibas que, entre os filhos-companheiros que te apóiam a alma, surgem os filhos-credores, alcançando-te a vida, por instrutores de feição diferente.

Subtraindo-te aos choques de caráter negativo, no reencontro, preceitua a eterna bondade da Justiça Divina que a reencarnação funcione, reconduzindo-os à tua presença, através do berço. É por isso que, a princípio, não ombreiam contigo, em casa, como de igual para igual, porquanto reaparecem humildes e pequeninos.

Chegam frágeis e emudecidos, para que lhes ensines a palavra de apaziguamento e brandura.

Não te rogam a liquidação de débitos, na intimidade do gabinete, e, sim, procuram-te o colo para nova fase de entendimento.

Respiram-te o hálito e escoram-se em tuas mãos, instalando-se em teus passos, para a transfiguração do próprio destino.

Embora desarmados, controlam-te os sentimentos.
Não obstante dependerem de ti, alteram-te as decisões com simples olhar.

De doces numes do carinho, passam, com o tempo, à condição de examinadores constantes de tua estrada.

Governam-te os impulsos, fiscalizam-te os gestos, observam-te as companhias e exigem-te as horas.

Reaprendem na escola do mundo com o teu amparo; todavia, à medida que se desenvolvem no conhecimento superior, transformam-se em inspetores intransigentes do teu grau de instrução.

Muitas vezes choras e sofres, tentando adivinhar-lhes os pensamentos para que te percebam os testemunhos de amor.

Calas os próprios sonhos, para que os sonhos deles se realizem. Apagas-te, a pouco e pouco, para que julguem em teu lugar. 

Recebes todas as dores que te impõem à alma, com sorrisos nos lábios, conquanto te amarfanhem o coração.

E nunca possuis o bastante para abrilhantar-lhes a existência, de vez que tudo lhes dás de ti mesmo, sem faturas de serviço e sem notas de pagamento.

***

Quando te vejas, diante de filhos crescidos e lúcidos, erguidos à condição de dolorosos problemas do espírito, recorda que são eles credores do passado a te pedirem o resgate de velhas contas.

Busca auxiliá-los e sustentá-los com abnegação e ternura, ainda que isso te custe todos os sacrifícios, porque, no junto instante em que a consciência te afirme tudo haveres efetuado para enriquecê-los de educação e trabalho, dignidade e alegria, terás conquistado, em silêncio, o luminoso certificado de tua própria libertação.

Emmanuel 

Livro Luz no Lar - Francisco Cândido Xavier - Diversos Espiritos





sexta-feira, 24 de julho de 2015

Família ideal


Enquanto ia para a Evangelização Infantil no Grupo Espírita, Jô lembrou que, em sua Escola, a próxima semana seria a Semana da Família. Ela não gostava dessa data porque seus pais não moravam juntos e, no ano anterior, seu pai trouxe a namorada para a Festa da Escola.

         Quando a aula de Evangelização iniciou, Jô descobriu que o assunto era Família. Ela se escondeu atrás de um livro, pois não queria falar sobre isso.

         Mas logo se interessou pelas fotos e gravuras de várias famílias: algumas com a figura do pai, da mãe, dos filhos e avós; em outras, o pai desencarnou e na foto estavam apenas a mãe e os filhos; havia uma em que os pais se separaram e moram em casas diferentes, e outra em que o filho mora com a mãe e há muito tempo não vê o pai porque ele mora em outro Estado.

         Logo as crianças começaram a contar sobre suas famílias: Fábio mora com os pais e os avós; a mãe de Edu desencarnou e ele mora com o pai; José mora com a mãe e o pai, e seu irmão mais velho mora em outra casa com a esposa e os filhos; Gil mora com a mãe, seu pai mora em outra casa, e seus avós vivem em outra cidade. Jô contou que seus pais se separaram, e que ela mora com a mãe e os irmãos.

         A evangelizadora explicou, então, que família não são apenas as pessoas que moram na mesma casa, mas as que estão unidas por laços de afeto. E que os pais que desencarnaram não deixam de fazer parte da família, apenas estão morando no Mundo Espiritual, e que de lá amam seus filhos e zelam por eles.

         - Então, qual a melhor família? - perguntou Adriana, a evangelizadora.

         Ninguém respondeu. Jô pensou em uma família com pai, mãe e filhos, todos morando na mesma casa.

         A evangelizadora olhou para um aluno e apontou dizendo: - A sua! Apontou para outro e disse a mesma coisa. E assim fez com todas as crianças.

         E concluiu:

         - Não existe uma família ideal. Cada um tem a família certa para si. Existem apenas diferentes tipos de família, cada uma com suas características, mas cada família é especial!

         Aos poucos, as crianças compreenderam que cada um escolhe reencarnar na família que é a mais indicada para o que precisam aprender nesta vida. E que família é um grupo de pessoas que se reúnem para se ajudarem e evoluírem juntas.

         No final da aula, Jô desenhou sua família: a mãe, o pai, os irmãos, e os avós que já desencarnaram; afinal, aquela não era uma família diferente, mas uma família especial, a sua família.


Claudia Schmidt
Seara Espírita nº 84 - novembro de 2005 e Parte do livro Universo Infantil



sexta-feira, 17 de julho de 2015

Otimismo

"Todavia, ninguém falava dele abertamente, por medo dos judeus."


As experiências da vida têm como objetivo o aperfeiçoamento do espírito. Expandir a consciência é o fim para o qual converge toda a vida em suas várias formas de manifestação.

Para viver de maneira altruísta, de forma a extrair a lição que a vida nos dá através das experimentações, é preciso ser corajoso. Ante os embates que se enfrentam na vida social e as dificuldades íntimas, é preciso coragem.

A força capaz de impulsionar o progresso está dentro de cada um dos filhos de Deus.

Recuar ante a grandeza da vida é covardia. Recusar-se a testemunhar o bem maior é atentar contra si mesmo.

O homem é levado pelo caudal das experiências rumo a um futuro cada vez mais brilhante. É chamado a contribuir e construir um mundo melhor. Isso começa naturalmente dentro de si mesmo, através de sua postura íntima.

Há necessidade de se enfrentar a si mesmo. A vida pede respostas. Os obstáculos são colocados no percurso de um atleta a fim de que ele os supere.

Assumir uma situação interior de dignidade é ter coragem de vencer os obstáculos e alcançar a vitória sobre as próprias limitações.

O medo retrai as energias da alma, impedindo o ser humano de progredir.

Pulverizar otimismo nas experiências diárias é um convite que é feito a todo momento.

Não importa a natureza do problema ou a espécie de dificuldade.

Ninguém é incapaz de realizações superiores.

Todos têm em si mesmos os recursos necessários para vencer. Somente tenhamos cuidado para que, a pretexto de sermos vencedores, não magoemos ou firamos aqueles que se consideram vencidos. Havendo a necessidade de subir ou crescer, saibamos respeitar os que se sintonizam com aquilo que chamamos de retarguarda. Todos têm imenso caminho a percorrer, e as possibilidades de vitória ou de derrota estão dentro de cada um.

Tenhamos a coragem de assumir a vitória na vida.

Extraído do livro Serenidade de Robson Pinheiro pelo espírito de Alex Zarthú



domingo, 5 de julho de 2015

É PELA “EDUCAÇÃO”, MAIS DO QUE PELA “INSTRUÇÃO”

Educação

Algumas propostas sócio pedagógicas atuais são elogiáveis para instruir e formar o homem, entretanto “é pela educação, mais do que pela instrução, que se transformará a humanidade”. [1] Para o notável Allan Kardec, “há um elemento que não se ponderou bastante, e sem o qual a ciência econômica não passa de teoria: a educação. Não a educação intelectual, mas a moral, e nem ainda a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar o caráter, aquela que cria os hábitos adquiridos”. [2]
O que identificamos de forma generalizada é o absoluto distanciamento dos pais contemporâneos ao nível de educação dos filhos nesse sentido. De regra, transferem suas responsabilidades para as escolas ou para o Estado, enquanto eles, os pais,  é que tinham que ensinar aos filhos se isso ou aquilo é acertado para eles. Sobretudo “os pais espiritistas devem compreender essa característica de suas obrigações sagradas, entendendo que o lar não se fez para a contemplação egoística da espécie, mas sim para santuário onde, por vezes, se exige a renúncia e o sacrifício de uma existência inteira.”[3]
Para Viviane Senna, coordenadora do Instituto Ayrton Senna (IAS), que vem organizando programas de reforço escolar , capacitação de professores, “numa escola  não dá para continuar com um sistema retrógrado  em que o professor é o detentor do conhecimento e o aluno um arquivo em que esse conteúdo deve ser “depositado”. Segundo Viviane, o aluno não pode apenas decorar conceitos, precisa desenvolver um pensamento crítico e um raciocínio lógico aguçado, desenvolver sua capacidade de inovar, ser criativo e flexível e de resolver problemas.[4]
A fase infantil, em sua primeira etapa, é a mais importante para a educação, e não podemos relaxar na orientação dos filhos, nas grandes revelações da vida. Sob nenhuma hipótese, essa primeira etapa reencarnatória deve ser enfrentada com insensibilidade. Até aproximadamente os sete anos de idade é o período infantil mais acessível às impressões que recebe dos pais, razão pela qual não podemos esquecer nosso dever de orientar os filhos quanto aos conteúdos morais. [5]
Numa análise espírita da questão cremos que  a escola (pública ou particular – espírita ou não) deve formar um homem novo e precisa ser uma escola inteiramente inovadora, rompendo com o modelo do século XIX do sistema vigente, pois a educação tradicional, conforme aferimos, já não atende às necessidades da atual geração. A escola deve incentivar a participação, a interação, o diálogo, o debate livre, o estudo em grupo e abolir todas as formas de repressão.
A rede de escolas charter KIPP (Knowlegde is Power Program), nos Estados Unidos, tem como meta levar seus alunos (quase 90% oriundos de famílias pobres) até a universidade. A proposta consubstancia-se em diversas atividades visando despertar entusiasmo, perseverança, autocontrole, gratidão, otimismo, inteligência social e curiosidade em seus alunos. Uma de suas unidades, localizada no Harlem, em Nova York, extrapolou e criou uma inusitada aula de “CARÁTER”. Nesse sentido a escola investiu no ensino de habilidades como comunicação, resiliência e determinação. A proposta é para fazer conexões com a ciência e explicar como o cérebro funciona, através de técnicas de meditação, concentração e yoga. [6]
Os pais são responsáveis pelo desenvolvimento dos valores dos filhos e não devem apostar somente na escola para exercer essa tarefa. Um pai legítimo é aquele que cultiva em casa a cidadania familiar. Ou seja, ninguém em casa pode fazer aquilo que não se pode fazer na sociedade. É preciso impor a obrigação de que o filho faça isso, assim, cria-se a noção de que ele tem que participar da vida comunitária. Não há dúvida, que ante as balizas do bom senso e moderação os pais precisam educar estabelecendo limites. Porém essa exigência é muito mais acompanhar os limites, daquilo que o filho é capaz de fazer. 
Uma legítima educação é aquela em que os poderes espirituais regem a vida social. Antigamente, a pureza das crianças era uma realidade mensurável. Sua perspectiva não ultrapassava os simples livros didáticos, um único humilde caderno e brinquedos baratos. Para repreendê-las e educá-las, às vezes, bastava um olhar firme dos pais. Porém, aquele imaginário infantil, de quietude e sonho ingênuo, desmoronou sob o impacto da era do sensualismo, da violência, do materialismo.
Estejamos atentos à verdade de que educar não se resume apenas a providências de abrigo e alimentação do corpo perecível. A educação, por definição, constitui-se na base da formação de uma sociedade saudável. A tarefa que nos cumpre realizar é a da educação das crianças pelo exemplo de total dignificação moral sob as bênçãos de Deus. Nesse sentido, os postulados Espíritas são antídotos contra todos os venenosos ardis humanos, posto que aqueles que os conhecem têm consciência de que não poderão se eximir das suas responsabilidades sociais, sabendo que o futuro é uma decorrência do presente. Destarte, é urgente identificarmos no coração infantil o esboço da futura geração saudável.
Referências bibliográficas:
[1]            Kardec ,Allan.  Obras Póstumas, Rio de Janeiro: Ed. FEB 1980, página 384.
[2]            ______ Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed FEB 2000, questão 685-A:
[3]            XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995, Perg. 113
[4]            Disponível  em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/06/150525_viviane_senna_ru   acesso 19/06/2015
[5]            XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995, perg. 113
[6]            Disponível em http://www.mundosustentavel.com.br/2014/06/escola-nos-eua-inclui-aula-de-carater-no-curriculo/ acesso em 14/08/2014
http://aluznamente.com.br/e-pela-educacao-mais-do-que-pela-instrucao/

terça-feira, 23 de junho de 2015

Poesias para as Crianças

As bonecas

Tenho muitas bonecas
Que ganhei de presente
Do papai e da mamãe
Bonecas que parecem gente.

Algumas podem falar ou andar
Outras chegam a sorrir
Prefiro as bonecas de panos
Que a vovó adora costurar.

Toda menina tem uma boneca
Para com ela brincar
São as guardiães dos nossos segredos
Nelas podemos confiar.

Rosângela Trajano

http://www.rosangelatrajano.com.br/index.php/poesias-para-criancas/6-as-bonecas

sábado, 13 de junho de 2015

Familia


Tremenda surpresa ocorre em nossa mente no momento da morte. A despeito de nossas próprias opiniões anteriores, continuamos vivos. O corpo retorna ao reino inorgânico, sujeito que está à mutação universal, enquanto reconhecemos que a morte é renascimento. A forma se dissolve, mas a alma é a mesma. O espírito levanta-se do cérebro desertado e assim se torna um novo ser. Durante essa transformação, as sensações físicas nos chamam de volta; enquanto isso acontece, a consciência desperta. Temos de rever as nossas contas. Muitas vezes , deparamos com inúmeros débitos que têm de ser pagos. Nem sempre damos conta dos nossos enganos, mas a lei cármica sabe de tudo e esses débitos são transportados para a existência seguinte: por causa deles, voltaremos em novo nascimento.
Geralmente, nascemos outra vez entre aqueles que são nossos inimigos de passadas vidas, a fim de enfrenta-los e superar antigas ofensas. Às vezes, eles ressurgem num lar sob diferentes formas e são chamados pai e mãe, filho ou filha, marido ou mulher, amigos ou vizinhos.
A possibilidade de reequilíbrio é restaurada. A prática do amor abre as portas da compreensão.
Se erros foram cometidos ontem, precisamos corrigi-los hoje.
A reencarnação traz esclarecimentos acerca das aversões e das súbitas hostilidades nos círculos familiares que, aparentemente, não têm sentido. Por essa razão, temos em nosso lar terreno uma escola de redenção, na qual o sofrimento atinge a sua finalidade.
Os obstáculos, numa família, podem ser a maneira pela qual o amor encaminha uma existência melhor, pois que paciência gera força.
Não apenas a disciplina numa família é essencial, mas o lar exige que você se torne altruísta e tenha consideração pelos outros. Isto não pode ser alcançado com promessas e ostentações. Essa conquista é realizada no silêncio da alma, no seu ensejo de assegurar a felicidade aos seus próprios parentes.
Esteja atento à caridade no seu próprio lar. Faça bom emprego das vantagens do momento que passa. Quase sempre, você se encontrará numa família com a finalidade de trabalhar pela sua própria purificação. Não a retarde. Você terá de prestar contas à vida. A oportunidade lhe está ao alcance. Procure amar e esquecer no lar, mais e mais; se está fazendo isso, você poderá dizer: Venci!
(Nova Iorque, N.I., E.U.A , 9, Julho, 1965.)
Ernest O’Brien 


Fatos da Infância


Pai, o elefante era pequeno. Então, ele cresceu e saiu voaaando.
Mas filha, como elefante voa? Ele não tem asas! – indaga a lógica paterna.
Ah, pai, é só uma estória. (Ana, cinco anos)

A infância surge como um período de preparação para o modo adulto de conhecer e pensar, segundo um ideário que aspira à autonomia com significação – uma resposta natural ao apelo humano para evoluir.
Embora sejam fatos cada vez mais cotidianos, sobretudo no Ocidente, as agendas cheias de compromissos da criança das classes média e alta, a precocidade dos comportamentos sexuais, os atos de violência praticados por crianças, levando à abreviação (ou mesmo fim) da infância, é possível, felizmente, identificar a criança, o seu devir, nos dias atuais: ela se mantém viva nas meninazinhas que brincam nos balanços dos parques urbanos; está atuante sob a irritação dos bebês superprotegidos pela parafernália eletrônica; resiste alegre no usufruto de um barco construído com caixa de papelão por dois meninos em uma casa de uma cidade qualquer; na invencionice de uma estorinha contada por uma menina de tranças à professora, ambas sentadas em um vasto gramado de um jardim de infância.
Mais do que nunca, especialmente no primeiro setênio, a criança precisa ter liberdade de movimento, de brincadeiras livres, desfrutar dia a dia de um ambiente amplo e lúdico, cujas ferramentas pedagógicas estimulam a (sua) criatividade. E tudo isso como um saudável início de um processo que desempenhará um papel determinante mais à frente na prontidão para escrever e ter uma linguagem de gestos e da escrita bem fortalecida, além de um pensar vivo...
Como o início da vida humana é marcado por impulso e reflexo que se movimentam sem coordenação, é vital oferecer nos primeiros anos um caminho pedagógico movido por um intuito de alimentar o físico, o emocional, o intelectual e o social da criança, respeitando os ritmos de seu desenvolvimento.
Todavia, para a saúde futura do indivíduo, o processo educacional não deve antecipar desafios cognitivos desnecessários ou propor uma aprendizagem estimulada por condutas antissociais, ciente o educador (e os responsáveis pela criança) de que a própria Natureza age para que possamos aprender e, desse modo, é seguro observar a natureza de cada criança para errar menos no (seu) processo de educar.

As crianças são nosso futuro. Mas o que estamos a oferecer às crianças?

Nesta época de vazio e desespero, de escassa coragem, é preciso assegurar à infância uma vivência ativa das percepções, elemento importante para as futuras escolhas e decisões e, por isso, dentro de casa e na escola, os dois universos de referência nos primeiros anos de vida, pais e professores, precisam perceber que a competitividade, o sucesso e a fama não servem como referenciais educativos para o prelúdio da existência.




 http://www.oconsolador.com.br/ano9/418/eugenia_pickina.html

domingo, 24 de maio de 2015

PRECE


A prece é a expressão mais alta da comunhão das Almas com Deus. Considerada sob este aspecto, ela perde toda a analogia com as fórmulas banais, os recitativos monótonos em uso, para se tornar um transporte do coração, um ato da vontade, pelo qual o Espírito se desliga das servidões da Matéria, das vulgaridades terrestres, para perscrutar as leis, os mistérios do poder infinito e a ele submeter-se em todas as coisas:

 “Pedi e recebereis!” 
Tomada neste sentido, à prece é o ato mais importante da vida; é a aspiração ardente do ser humano que sente sua pequenez e sua miséria e procura pelo menos um instante, pôr as vibrações do seu pensamento em harmonia com a sinfonia eterna. É a obra da meditação que, no recolhimento e no silêncio, eleva a Alma até essas alturas celestes onde aumenta as suas forças, onde a impregna das irradiações da luz e do amor divinos.

 Mas quão poucos sabem orar! 
As religiões nos fizeram desaprender a prece, transformando-a em exercício ocioso, ás vezes ridículo.

 Sob a influência do Novo Espiritualismo, a prece tornar-se-á mais nobre e mais digna; será feita em mais respeito ao Poder Supremo, em mais fé, confiança e sinceridade, em completo destaque das coisas materiais. 
Todas as nossas ansiedades e incertezas cessarão quando tivermos compreendido que a vida é a comunhão universal e que Deus e todos os seus filhos vivem, em conjunto, essa vida.

Então, a prece tornar-se-á a linguagem de todos, a irradiação da Alma. Seus benefícios se estenderão por todos os seres e particularmente por aqueles que sofrem, pelos ignorados da Terra e do Espaço.

Ela chegará àqueles em quem ninguém pensa, e que jazem na sombra, na tristeza e no esquecimento, diante de um passado acusador. 

Ela originará neles inspirações novas; fortificar-lhes-á o coração e o pensamento – porque a ação da prece não tem limites, e assim as forças e os poderes que ela pode pôr em elaboração para o bem dos outros.

A prece, em verdade, nada pode mudar às leis imutáveis; ela não poderia, de maneira alguma, mudar os nossos destinos; seu papel é proporcionar-nos socorros e luzes que nos tornem mais fácil o cumprimento da nossa tarefa terrestre. 

A prece fervente abre, de par em par, as portas da Alma e, por essas aberturas, os raios de força, as irradiações do foco eterno nos penetram e nos vivificam.

Trabalhar com sentimento elevado, visando a um fim útil e generoso, é ainda. Orar. 

O trabalho é a prece ativa desses milhões de homens que lutam e penam na Terra, em benefício da Humanidade.

A vida do homem de bem é uma prece contínua, uma comunhão perpétua com seus semelhantes e com Deus. Ele não tem mais necessidade de palavras, nem de formas exteriores para exprimir sua fé: ela se exprime por todos os seus atos e por todos os seus pensamentos. Ele respira e se agita sem esforço em uma atmosfera fluídica cheia de ternura pelos desgraçados, cheia de boa-vontade por toda a Humanidade. 

Essa comunhão constante se torna uma necessidade, uma segunda natureza. É graças a ela que todos os Espíritos de eleição se mantêm nas alturas sublimes da inspiração e do gênio.

Os que vivem no organismo e na materialidade, e cuja compreensão não está aberta às influências do Alto, esses não podem saber que impressões inefáveis faculta essa comunhão da Alma com o Espírito Divino.

Todos aqueles que, vendo a espécie humana deslizar sobre os declives da decadência moral, procuram os meios de sustar sua queda, devem esforçar-se por tornar uma realidade essa união estreita de nossas vontades com a vontade suprema! 

.Não há ascensão possível, encaminhamento para o Bem, se, de tempos a tempos, o homem não se volta para o seu Criador e Pai, a fim de lhe expor suas fraquezas, suas incertezas, sua miséria, para lhe pedir os socorros espirituais indispensáveis à sua elevação. 

E quanto mais essa confissão, essa comunhão íntima com Deus for  frequente, sincera, profunda, mais a Alma se purifica e emenda. Sob o olhar de Deus, ela examina, expande suas intenções, seus sentimentos, seus desejos; passa em revista todos os seus atos e, com essa intuição, que lhe vem do Alto, julga o que é bom ou mau, o que deve destruir ou cultivar. 

Ela compreende então que tudo quanto de mal vem do "eu" e deve ser abatido para dar lugar à abnegação, ao altruísmo; que, no sacrifício de si mesmo, o ser encontra o mais poderoso meio de elevação, porque, quanto mais ele se dá, mais se engrandece. 

Deste sacrifício faz a lei de sua vida, lei que imprime no mais profundo do seu ser, em traços de luz, a fim de que todas as ações sejam marcadas com o seu cunho. 
Leon Denis – o Grande Enigma pg 24/25/26

sábado, 23 de maio de 2015

Filhos Adotivos

O casal aguarda ansiosamente um filho. Todavia, embora os médicos garantam que não há nenhum problema físico, o desejo não se concretiza. Sucedem-se alguns meses...Finalmente, admitindo que o filho não virá, marido e mulher resolvem
 adotar uma criança. Consumada a adotar uma criança. Consumada a adoção, semanas mais tarde a esposa constata,feliz e surpresa, que está grávida. Em breve o lar é enriquecido com mais um filho.

Afirmam os médicos que este fenômeno é freqüente a incapacidade do casal em gerar filhos é motivada pela tensão desenvolvida em vista do desejo extremado de alcançar a paternidade, o que inibe o mecanismo biológico da reprodução. Ao adotar a criança, os cônjuges relaxam a tensão, sucedendo-se, normalmente, a concepção.

Sob o ponto de vista espírita, não há aqui a mera influência de fatores determinados casais assumem perante a Espiritualidade o compromisso de cuidar de um filho adotivo, além dos nascidos de sua união. Se estes surgem primeiro, haverá a tendência para o casal sentir-se realizado nos seus ideais de paternidade, deixando de cumprir o planejamento feito. Então, mentores espirituais retardam por algum tempo os processos reencarnatórios marcados para aquele lar, até que se dê a adoção.

Há Espíritos que reencarnam para serem filhos adotivos. Esta situação faz parte de suas provações, geralmente porque no passado comportaram-se de forma indigna em relação aos deveres familiares. Voltam ao convívio dos companheiros do pretérito sem laços de consangüinidade, o que para os Espíritos de mediana evolução representa sempre uma provação difícil, destinada a ensiná-los a valorizar a vida familiar.

Harmoniza-se, assim, a situação de um grupo reunido no lar para serviços de resgate e reajuste, competindo aos pais o máximo de cuidado em favor daquele familiar que ressurge na condição de filho adotivo. Este, mais do que os outros, é alguém necessitado de muita compreensão e carinho, a fim de que, superando o trauma que fatalmente experimentará ao ter conhecimento de sua condição, aproveite integralmente os benefícios da experiência, sem marcas negativas em sua personalidade.

A incapacidade de gerar filhos pode ter outras motivações. O casal, por exemplo, que em existências anteriores furtou-se às emoções de reter junto ao coração um rebento de sua carne, por não desejar problemas, orientando suas ações em termos de egoísmo a dois, preocupado apenas com prazeres e sensações, segurança e conforto, poderá experimentar a angústia da esterilidade.

Em tais circunstâncias, os valores da abnegação e do amor podem ensejar perspectivas mais felizes. Seria o caso do casal sem filhos que se dedicasse de coração aos órfãos, quer trazendo-os carinhosamente ao convívio do próprio lar, que participando de instituições destinadas a dar-lhes amparo e assistência. Por terem abraçado filhos de lares alheios, ambos acabariam compensados com a alegria de abraçar seus próprios filhos.

Não pretendemos sugerir que todo casal sem filhos os terá, desde que parta para a adoção, seja porque deve receber primeiro o adotivo, seja porque o adotivo lhe dará méritos necessários.

Cada caso tem suas particularidades e ninguém pode avaliar a extensão dos compromissos assumidos por aqueles que experimentam a frustração de seus anseios de paternidade.

O que se pode afirmar é que o filho adotivo constitui sempre um treino dos mais nobres no campo da fraternidade, Nada mais meritório aos olhos de Deus, e talvez raros serviços na Terra sejam tão compensadores em termos de Vida Eterna.
Quando os homens compreenderem isso, não teremos mais orfanatos, porque toda criança sem pais encontrará corações generosos dispostos a dar-lhe carinho e amparo no próprio lar, semeando Amor para um mudo melhor.

Richard Simonetti
Brasil Espírita, Fevereiro de 1972
Extraído http://www.espirito.org.br/portal/artigos/simonetti/filhos-adotivos.html



quarta-feira, 20 de maio de 2015

A força do Espiritismo - Rita Folker



Quando Allan Kardec formulou as bases da Doutrina Espírita, ele recebia comunicações mediúnicas de cerca de mil centros espíritas espalhados por diversos lugares do mundo. Além de dialogar, ele mesmo, com os Espíritos, ele estudou o assunto por sua própria conta, comparou todas essas comunicações, pesquisou fenômenos e, só depois, veio a publicar "O Livro dos Espíritos", a primeira das Obras Básicas do Espiritismo.
Um homem sozinho pode ser enganado. Pode enganar a si mesmo e a um pequeno número de pessoas.
Se a Doutrina Espírita tivesse sido concebida por um só homem, seria preciso acreditar neste homem para acreditar na Doutrina, e ela estaria limitada por seu nível de esclarecimento e cheia dos seus preconceitos. Seria uma Doutrina com falhas.
Se os Espíritos tivessem transmitido a Doutrina Espírita a um só homem, ele poderia ser enganado, por mais sinceros que fossem os seus propósitos, pois a razão de uma só pessoa pode errar em seus julgamentos.
Mas o Espiritismo começou a ser revelado através de fatos que movimentaram diversos pontos do mundo ao mesmo tempo, na segunda metade do século passado. Os ensinamentos dos Espíritos foram disseminados através de comunicações mediúnicas dadas em lugares muito distante entre si e, apesar disto, e apesar das diferenças de linguagem, os princípios coincidiam precisamente. Não seria possível que a mesma idéia fosse lançada em grupos tão diferentes e que não tinham contato entre si, se elas não tivessem a mesma origem, se não tivessem uma finalidade maior.
Segundo Allan Kardec, esta universalidade no ensinamento dos Espíritos é que torna o Espiritismo forte, indestrutível, garantindo, ao mesmo tempo, a autoridade do que ele nos ensina.
O Espiritismo é um trabalho conjunto de homens e Espíritos.
E pode-se, afinal, fazer desaparecer um homem, mas não se pode calar milhões de pessoas. Os fenômenos mediúnicos acontecem por toda parte, e mesmo que todos os livros espíritas fossem queimados, e os centros espíritas, fechados, o Espiritismo poderia começar novamente, pois a sua origem não está sobre a Terra. Onde houvesse um Espírito e um médium - e os há em todo lugar - poderia a Doutrina Espírita começar a ser revelada novamente.
Sempre haverá gente que veja com seus próprios olhos e que tire suas próprias conclusões, partindo da lógica irrefutável dos princípios do Espiritismo.

Livro: Um pouco por dia

Rita Foelker
 Espiritismo, Amor e Luz, Bússola da Alma
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