quinta-feira, 28 de julho de 2011

Roupagem Fluídicas...

"Formas de apresentação são roupagens fluídicas utilizadas pelos guias com o objetivo de fazer a caridade. Eles plasmam formas de pretos-velhos, caboclos, crianças e tantas outras , a fim de facilitar  o trabalho de aconselhamento e cura no coração dos espíritos sofridos.  
Muitos destes espíritos que labutam na Umbanda são mestres na magia e com entendimento sobre física, química e biologia, além das leis que regem o Universo.
Não querendo transparecer seus conhecimentos adquiridos nas diversas encarnações, para não agredir moralmente aqueles que procuram ajuda, preferem vir anonimamente nas formas de preto-velho, caboclo, etc, humildemente transmitindo amor, apenas para ajudar a todos na caminhada espiritual."
O filósofo e o Preto Velho
Certo dia, um filósofo adentra a uma tenda de umbanda e senta-se no banquinho de um preto velho. Sua intenção era questionar, investigar; enfim, experimentar.
Ao se sentar, o preto velho já sabia o que ele queria, mas mesmo assim saudou-o gentilmente e perguntou em que poderia ajudar. O filósofo respondeu:

_ Meu preto velho, na era da biotecnologia vemos os cientistas avançarem cada vez mais nas pesquisas referentes à manipulação do material genético humano. Além disso, estamos na era do multiculturalismo, de forma tal que a diversidade, inclusive no sentido intelectual, se faz cada vez mais presente. Pergunto eu: _ o que pode um preto velho dizer sobre assuntos de tamanha complexidade?

Preto Velho, com toda sua calma, respondeu gentilmente ao filósofo:

Misin fio, vós suncê (Sic) tem palavra bonita na boca, por causa de que tu és homem letrado (Sic). Nego véio cá, num estudou nem escrevinhou essas coisa. Mas daqui do meu cantinho, aonde os ventos de Aruanda tocam em meus ouvidos, recebo as notícias que vem da Terra. Vejo também com meus próprios olhos e presencio as lágrimas e sorrisos que brotam como flores e espinhos no âmago de meus filhos.

Vou dizer a vós suncê uma coisa. Esse bicho chamado “biotecnologia”, eu sei muito bem como funciona. Misin fio, [bio] vem do grego “bios” = vida. “Téchne” e “Logos” também vem do grego, fio. Logo, biotecnologia é o conhecimento sobre as práticas (manipulação) referentes à vida.

Assim sendo, nego véio é a favor de tudo que respeita a vida e que é usado para o bem. O bem, não só de si mesmo, mas da humanidade. Uma faca pode ser uma ferramenta de cozinha e ajudar a preparar um alimento. No entanto, a mesma faca pode ser uma arma a machucar alguém. Não é a ferramenta, mas sim o que se faz com ela que torna perigosa a humanidade.

Pasmo, o intelectual não sabia o que dizer, tamanha sua surpresa sobre tão sábias palavras. E não só isto, o conhecimento até sobre a origem das expressões que vem do grego, aquela humilde entidade possuía.

Por alguns segundos sentiu um misto de inveja e indignação, uma vez que pensou ser mais conhecedor sobre as coisas da vida que o Preto Velho. Daí então indagou:

_ Você acha que suas opiniões podem superar a luz da ciência? Este, respondeu:

_ Fio, o que nego véio fala, nego véio comprova, pois este nego vivenciou. Caminhou na terra que vós suncê pisa hoje. Sorriu, chorou, se emocionou, amou. Conviveu com homens de bem e também com homens do mal. Fez suas escolhas e por isso é hoje um espírito guia. E só pude aqui chegar porque acertei na maioria das escolhas que fiz. Naquelas em que não acertei, tive que vivenciar novamente, até aprender. Assim como vós, na Terra.

Quanto aos estudos (risos), esse nego véio aqui não frequentou escola na última encarnação. Mas, das muitas encarnações que tive, eu estudei, me formei e, em algumas delas me doutorei. A medicina chinesa, a filosofia grega, a sabedoria hindu; tudo isso fez parte da minha evolução. Da matemática egípcia até os estudos astronômicos de Galileu pude aprender.

E depois de aprender tudo isso, sabe qual o maior ensinamento que obtive misin fio?!

A ter h –u- m- i- l- d- a- d- e.


Por isto, doutor, vós me vês na aparência de um velho escravo brasileiro,

semeador das raízes deste lindo país chamado Brasil, terra da diversidade, da multi culturalidade.

Que cada um formule a sua moral da história.

Porém, questione seus conhecimentos e veja se estão alinhados com os propósitos de simplicidade.

Pois sem ela, não se faz jus a benção do saber.


Fonte: Jornal Nacional de Umbanda

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mãos Enferrujadas ...


Quando Joaquim Sucupira abandonou o corpo, depois  dos sessenta anos, deixou nos conhecidos a impressão de que subiria incontinente ao Céu. Vivera arredado do mundo, no conforto precioso que herdara dos pais. Falava pouco, andava menos, agia nunca.
Era visto invariavelmente em trajes impecáveis. A gravata ostentava sempre pérola de alto preço, pequena orquídea assinavala a lapela, e o lenço, admiravelmente dobrado, caía, irrepreensível, do bolso mirim. O rosto denunciava-lhe o apurado culto às maneiras distintas. Buscava, no barbeiro cuidadoso, cada manhã, renovada expressão juvenil. Os cabelos bem postos, embora escassos, cobriam-lhe o crânio com o esmero possível.
Dizia-se cristão e, realmente, se vivia isolado, não fazia mal sequer a uma formiga. Assegurava, porém, o pavor que o possuía, ante os religiosos de todos os matizes. Detestava os padres católicos, criticava as organizações protestantes e categorizava os espiritistas no rol dos loucos. Aceitava Jesus a seu modo, não segundo o próprio Jesus.
As facilidades econômicas transitórias adiavam-lhe as lições benfeitoras do concurso fraterno, no campo da vida.
Estudava, estudava, estudava ...
E cada vez mais se convencia de que as melhores diretrizes eram as dele mesmo. Afastamento individual para evitar complicações e desgostos. Admitia, sem rebuços, que assim efetuaria preparação adequada pra a existência depois do sepulcro. Em vista disso, a desencarnação de homem tão cauteloso em preservar-se, passaria por viagem sem escalas com destino à Corte Celeste.
Dava aos familiares dinheiro suficiente para aventuras e fantasias, a fim de não ser incomodado por eles; caridade não lhe visitassem o lar; afastava-se do mundo para não pecar. Não seria Joaquim - perguntavam amigos íntimos - o tipo de religioso perfeito? Distante de todas as complicações da experiência humana, pela força da fortuna sólida que herdara dos parentes, seria impossível que não conquistasse o paraíso.
Contudo, a realidade que o defrontava agora não correspondia à expectativa geral.
Sucupira, desencarnado, ingressara numa esfera de ação, dentro da qual parecia não ser percebido pelos grandes servidores celestiais. Via-os em movimentação brilhante, nos campos e nas cidades. Segredavam ordens divinas aos ouvidos de todas as pessoas em serviço digno. Chegara a ver um anjo singularmente abraçado a velha cozinheira analfabeta.
Em se aproximando, todavia, dos Mensageiros do Céu, não era por eles atendido.
Conseguia andar, ver, ouvir, pensar. No entanto - desventurado Joaquim ! - As mãos e os braços mantinham-se inertes. Semelhavam-se a antenas de mármore, irremediavelmente ligadas ao corpo espiritual. Se intentava matar a sede ou a fome, obrigava-se a cair de bruços porque não dispunha de mãos amigas que o ajudassem.
Muito tempo suportara semelhante infortúnio, multiplicando apelos e lágrimas, quando foi conduzido por entidades caridosa a pequeno tribunal de socorro, que funcionava de tempos a tempos, nas regiões inferiores onde vivia compungido.
O Benfeitor que desempenhava ali funções de juiz, reunida a assembleia de Espíritos penitentes, declarou não contar com muito tempo, em face das obrigações que o prendiam nos círculos mais altos e que viera até ali somente para liquidar os casos mais dolorosos e urgentes.
Devotados companheiros do bem selecionaram a meia dúzia de sofredores que poderiam ser ouvidos, dentre os quais, por último, figurou Sucupira,, a exibir os braços petrificados.
Chorou, rogou, lamuriou-se. Quando pareceu disposto a fazer o relatório geral e circunstanciado da existência finda, o julgador obtemperou:
- Não, meu amigo, não trate de sua biografia. O tempo é curto. Vamos ao que interessa.
Examinou-o detidamente e observou, passados alguns instantes:
- Sua maravilhosa acuidade mental demonstra que estudou muitíssimo.
Fez pequeno intervalo e entrou a arguir:
- Joaquim, você era casado?
- Sim.
- Zelava a residência?
- Minha mulher cuidava da tudo.
- Foi pai?
- Sim.
- Cuidava dos filhos em pequeninos?
- Tínhamos suficiente número de criadas e amas.
- E quando jovens?
- Eram naturalmente entregues aos professores.
- Exerceu alguma profissão útil?
-  Não tinha necessidade de trabalhar para ganhar o pão.
- Nunca sofreu dor de cabeça pelos amigos?
- Sempre fugi, receoso, das amizades. Não queria prejudicar, nem ser prejudicado.
O julgador interrompeu-se, refletiu longamente e prosseguiu:
-  Você adotou alguma religião?
- Sim. eu era cristão - Esclareceu Sucupira.
- Ajudava os católicos?
- Não. Detestava os sacerdotes.
- Cooperou com as Igrejas reformadas?
- De modo algum. São excessivamente intolerantes.
- Acompanhava os espiritistas?
- Não. Temia-lhes a presença.
- Amparou doentes, em nome do Cristo?
- A Terra tem numerosos enfermeiros.
- Auxiliou criancinhas abandonadas?
- Há creches por toda parte.
- Escreveu alguma página consoladora?
- Para que? o mundo está cheio de livros e escritores.
- Utilizava o martelo ou o pincel?
- Absolutamente.
- Socorreu animais desprotegidos?
- Não.
- Agradava-lhe cultivar a terra?
- Nunca.
- Plantou árvores benfeitoras?
-Também não.
- Dedicou-se ao serviço de condução das águas, protegendo paisagens empobrecidas?
Sucupira fez um gesto de desdém e informou:
- Jamais pensei nisto.
o Instrutor indagou-lhe sobre todas as atividades dignas conhecidas no Planeta. Ao fim do interrogatório, opinou sem delongas:
- Seu caso explica-se: você tem as mãos enferrujadas.
Ante a careta do interlocutor amargurado, esclareceu:
- É o talento não usado, meu amigo. Seu remédio é regressar à lição. Repita o curso terrestre.
Joaquim, confundido, desejava mais amplas elucidações.
O juiz, porém, sem tempo d ouvi-lo, entregou-o aos cuidados de outro companheiro.
Rogério, carioca desencarnado, tipo 1945, recebeu-o de semblante amável e feliz e, após escutar-lhe compridas lamentações, convidou, pacientemente;
- Vamos, Sucupira. você entrará na fila em breves dias.
- Fila? - Interrogou o infeliz, boquiaberto.
- Sim - acrescentou o alegre ajudante - na fila da reencarnação.
E, puxando o paralítico pelos ombros, concluía, sorrindo:
- o que você preciso Joaquim é de movimento ...
Extraído do livro - Luz Acima - Espírito Irmão X - Chico Xavier

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Por Misericordia Divina...



Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes as estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.


Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.


As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticos dos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino concerto. Tomai da lira, fazei unissonas vossas vozes, e quem num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.


Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos, também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que estás no Céu: Senhor! Senhor!... e podereis entrar no reino dos Céus.


O ESPÍRITO DE VERDADE

terça-feira, 19 de julho de 2011

A função de educar dura até que os filhos tem a liberdade de escolha...


A função de educar dura até que os filhos tem a liberdade de escolha, entendimento de si mesmos, poder de direcionar os seus destinos.
PAIS

Criou-se em torno da função dos pais tantas expectativas e paradigmas, que eles deixaram de ser simplesmente homens e mulheres e passaram a ser criaturas idealizadas.

Há uma grande diferenca entre "ser pessoa" e "ser função". Aliás "ser" é verdadeiro e concreto, enquanto que "função" é passageira e temporal.

Obviamente que quem é mãe ou pai biológico sempre o será, no entanto, sua função termina com o desenvolvimento e a maturidade dos filhos. Todavia, há adultos que, consciente ou inconsciente, para não perderm jamais o seu papel social de dominador, educador e protetor, preferem ver os filhos, embora crescidos, infantilizados.

No reino animal, vemos claramente o casal estimulando os filhotes a ser independentes, ajudando-os a assumir a própria vida. Aves marinhas, que fazem ninhos em altíssimos rochedos, quando percebem que suas crias estao aptas a voar, empurram-nas com o bico, lancando-as das alturas, sem a preocupação de que vão voar ou não, pois confiam nos instintos criados pela Natureza.

Não nos esqueçamos de que também somos Natureza, porquanto temos forças instintivas que não podemos subestimar.

Há técnicas impulsivas e automáticas em todos os seres humanos, utilizadas inconscientemente pelas criancas para se libertarem do domínio dos adultos, técnicas essas que as levam a "humanização dos pais". Consistem em reelaborar e transformar crenças incutidas na infância relativas aos atributos supostamente divinos ou à idolatria dos pais.

De repente, os adultos começam a ser vistos não mais como deuses, e sim como criaturas comuns. Deixam de ser perfeitos e puros e passam a ser observados em suas fraquezas, erros, injusticas, sexualidade, desacertos e outras tantas características humanas.

Essa "humanização", muitas vezes, nao é bem recebida pelo casal. Eles se vêem inseguros, desprestigiados, receando perder a afeição, obediência e respeito das crianças.

Os pais imaturos e despreparados são os que mais rejeitam e hostilizam as iniciativas de autonomia dos filhos. Prendem as crianças ao seu redor, sentindo-se frágeis e incapacitados, por acreditarem que elas ao se libertarem da dependência, deixarao de amá-los e considerá-los.

Muitos desses pais só aprenderam a perpetuar a função paternas e/ou materna. Por isso, têm tanto medo de perder a única finalidade de sua existência.

Antes de a criatura "estar família", ela é um "ser imortal" em evolução. Entretanto, no ambiente doméstico, nao podemos esquecer jamais a nossa condição humana, para que não nos percamos entre ilusões e fantasias de seres idealizados como perfeitos, intocáveis e superiores.

"Ser" qualifica-se como: possuir presença e existêncial real; "estar", ao contrário, entende-se como: encontrar-se provisóriamente em determinada situação, lugar e momento.

Em vista disso, podemos compreender perfeitamente o significado das palavras de Jesus Cristo: "porque aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmo, irmã e mãe".

Portanto, os verbos "ser" e "estar" deverão fazer parte de nossas constantes indagações, para que possamos nos identificar ou desidentificar com pessoas, posições, lugares e situações, promovendo assim o exercício benéfico do desapego e da individualização.

Fonte: Um Modo de Entender - uma nova forma de viver - Espírito Hammed -Francisco do Espírito Santo Neto.
Agradecimento a Rose Pedersoli Fuhrmann



domingo, 17 de julho de 2011

Estímulo fraternal

Não te julgues sozinho na luta purificadora, porque o Senhor suprirá todas as nossas necessidades.
Ergue teus olhos para o Alto e, de quando em quando, contempla a retaguarda.
Se te encontras em posição de servir, ajuda e segue.
Recorda o irmão que se demora sem recursos, no leito da indigência.
Pensa no companheiro que ouve o soluço dos filhinhos, sem possibilidades de enxugar-lhes o pranto.
Detém-se para ver o enfermo que as circunstâncias enxotaram do lar.
Pára um momento, endereçando um olhar de simpatia à criancinha sem-teto.
Medita na angústia dos desequilibrados mentais, confundidos no eclipse da razão.
Reflete nos aleijados que se algemam na imobilidade dolorosa.
Pensa nos corações maternos, torturados pela escassez de pão e harmonia no santuário doméstico.
Interrompe, de vez em quando, o passo apressado, a fim de auxiliares o cego que tateia nas sombras.
É possível, então, que a tua própria dor desapareça aos teus olhos.
Se tens braços para ajudar e cabeça habilitada a refletir no bem dos semelhantes, és realmente superior a um rei que possuísse um mundo de moedas preciosas, sem coragem de amparar a ninguém.
Quando conseguires superar as tuas aflições para criares a alegria dos outros, a felicidade alheia te buscará, onde estiveres, a fim de improvisar a tua ventura.
Que a enfermidade e tristeza nunca te impeçam a jornada.
É preferível que a morte nos surpreenda em serviço, a esperarmos por ela numa poltrona de luxo.
Acende, meu irmão, nova chama de estímulo, no centro da tua alma, e segue além... Sê o anjo da fraternidade para os que te seguem dominados de aflição, ignorância e padecimento.
Quando plantares a alegria de viver nos corações que te cercam, em breve as flores e os frutos de tua sementeira te enriquecerão o caminho.
"O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus."- Paulo (Filipenses, 4:19.)

Emmanuel - F.C.Xavier

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O QUE MAIS SOFREMOS



O que mais sofremos no mundo

Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.

Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.

Não é a doença. É o pavor de recebê-la.

Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.

Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.

Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.

Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.

Não é a injúria. É o orgulho ferido.

Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.

Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.

Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos,

desenvolvemos e sustentamos contra nós.

Espírito: Albino Teixeira -  Médium: Francisco Cândido Xavier

domingo, 10 de julho de 2011

A necessidade do estudo



“O túmulo não é o ponto final da existência.

Nosso destino é grandioso.

Existem mundos de luz, onde reina a verdade; mundos que serão nossas futuras moradas!

Assim como o progresso caracteriza perfeitamente a evolução gradativa do nosso planeta, que será um dia paraíso terrenal, assim também essa Lei inflexível, que rege os mundos que se balouçam no Éter, nos prepara moradas felizes, dispersas na Casa de Deus, que é o Cosmo infinito.

Tenhamos fé e estudemos!

Ignoramos? Progridamos! Porque do estudo e da pesquisa vem a verdade que esclarece a inteligência, e, desta, a evolução espiritual, que nos guinda às alturas, para compreendermos as coisas do Espírito, coisas que Deus reserva para todos os que procuram crescer no Seu conhecimento e na Sua graça.

Que as luzes da caridade, que vamos conquistando, nos ilumine toda a Ciência, toda a Religião, toda a Filosofia, para podermos, com justos títulos, observar as magnificências do Universo e cientificarmo-nos da imortalidade e da Eternidade da Vida.” (“A Vida no Outro Mundo”, pág. 126.)

CairbarSchutel

domingo, 3 de julho de 2011

Tragédia Maior que a Minha

Uma história edificante!

Quando eu tinha meus dez anos, manifestou-se em mim uma revolta íntima que me levaria por certo a um perigoso complexo de inferioridade. É que não me conformava com a pobreza em que vivíamos, a ponto de magoar meus pais. 


Certa ocasião, nas vésperas do natal, papai comprou-me um par de sapatos, de qualidade inferior. Quando cheguei em casa, chorei amarguradamente, pois desejava um de melhor qualidade, como alguns dos meus companheiros e vizinhos, para apresentar-me na festinha da escola. 


Quando me acalmei, mamãe, que tinha procurado convencer-me de que não faria má figura, saiu comigo, levando embrulhado, sem que eu percebesse, o meu par de calçados velhos. 


  Ia cumprir a promessa que fizera a uma amiga de levá-los ao seu filho, mais ou menos da minha idade, pois o pai dele estava desempregado. 


Antes que ela me dissesse qualquer coisa, compreendi que a tragédia do menino era bem maior do que a minha. 


De volta, carinhosamente, mamãe comentou aquela boa lição que se gravou de maneira indelével em minha alma e até hoje me serve de estímulo, nos momentos de dificuldade: "A nossa desgraça, se avaliarmos bem, é sempre menor que a do nosso próximo." 


Bastos Neves


sábado, 2 de julho de 2011

AS TÁBUAS DO SINAI





Ensinos escriturísticos.
A justiça de Deus.
Quando, no Sinai, explodiu a Verbo Divino e apareceram as Tábuas da Lei com os Mandamentos do Decálogo, o Senhor impôs ao homem, como um dos seus sagrados preceitos, a proteção aos animais, aos quais devemos proprocionar "o descanso no sétimo dia", conforme se nos depara em Êxodo, XX, 10: 'Não farás nenhuma obra no sábado (7 dia), nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, NEM TUA BESTA, nem teu estrangeiro que está dentro de tuas portas". Quando o Senhor anunciou o "dilúvio"a Noé, e ordenou lhe a cosntrução da Arca, mandou-lhe também que recolhesse todos os animais, como se verifica em Gênese, VII, 1 a 3.
E para que teria o Senhor criado os animais, se neles não existisse uma alma imortal, imperfeita mas perfectível, dotada, portanto, dos atributos essenciais para a conquista da felicidade na senda da Evolução!
Que deus é esse que cria seres que sentem e que amam, em quem se verifica os mesmos cinco sentidos que caracterizam o bípede humano, falos passar por uma série longa de sofrimentos e por fim aniquila-os para sempre, extingue-os na noite tenebrosa da morte!
Onde está a justiça, a equidade, a caridade, a sabedoria do Criador, dando a vida a seres inferiores que não obstante irradiam inteligência, demonstram perfectibilidade, externam sentimentos afetivos; fisicamente mantêm-se como nos mantemos; suscetíveis ao amor e ao ódio, sentem, sofrem, choram, e não se lhes permite gozar o mérito do seu trabalho, as recompensas dos seus gemidos, os resultados do seu amor, luz dos seus conhecimentos, a imortalidade da sua vida!
Como poderemos nós, criaturas imperfeitas, amar de todo o coração, de toda a nossa alma um Deus que se compraz no mal, que vive da injustiça, que não ama suas criaturas?
Não, esse deus tirano, esse pai que cria filhos para os devorar, não é o Deus Sábio, o Deus Bom em quem Jesus e o Espiritismo nos mandam crer!
Fonte: Gênese da Alma - Cairbar Schutel
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