domingo, 1 de abril de 2012

Visão Espírita da Páscoa


Eis-nos, uma vez mais, às vésperas de mais uma Páscoa. Nosso pensamento e nossa emoção, ambos cristãos, manifestam nossa sensibilidade psíquica. 
Deixando de lado o apelo comercial da data, e o caráter de festividade familiar, a exemplo do Natal, nossa atenção e consciência espíritas requerem 
uma explicação plausível do significado da data e de sua representação perante o contexto filosófico-científico-moral da Doutrina Espírita.


Deve-se comemorar a Páscoa? Que tipo de celebração, evento ou homenagem é permitida nas instituições espíritas? Como o Espiritismo visualiza o acontecimento da paixão, crucificação, morte e ressurreição de Jesus?


Em linhas gerais, as instituições espíritas não celebram a Páscoa, nem programam situações específicas para “marcar” a data. Todavia, o sentimento de religiosidade 
que é particular de cada ser-Espírito, é, pela Doutrina Espírita, respeitado, de modo que qualquer manifestação pessoal ou, mesmo, coletiva, acerca da Páscoa não é proibida, nem desaconselhada.


O certo é que a figura de Jesus assume posição privilegiada no contexto espírita, dizendo-se, inclusive, que a moral de Jesus serve de base para a moral do Espiritismo. Assim, como as pessoas, via de regra, são lembradas, em nossa cultura, pelo que fizeram e reverenciadas nas datas principais de sua existência corpórea (nascimento e morte), é absolutamente comum e verdadeiro lembrarmo-nos das pessoas que nos são caras ou importantes nestas datas. Não há, francamente, nenhum mal nisso.Mas, como o Espiritismo não tem dogmas, sacramentos, rituais ou liturgias, a forma de encarar a Páscoa (ou a Natividade) de Jesus, assume uma conotação 
bastante peculiar. Antes de mencionarmos a significação espírita da Páscoa, faz-se necessário buscar, no tempo, na História da Humanidade, as referências ao acontecimento.


A Páscoa, primeiramente, não é, de maneira inicial, relacionada ao martírio e sacrifício de Jesus. Veja-se, por exemplo, no Evangelho de Lucas (cap. 22, versículos 15 e 16), a menção, do próprio Cristo, ao evento: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão. Porque vos declaro que não tornarei a comer, até que ela se cumpra no Reino de Deus.” 
Evidente, aí, a referência de que a Páscoa já era uma “comemoração”, na época de Jesus, uma festa cultural e, portanto, o que fez a Igreja foi “aproveitar-se” do sentido da festa, para adaptá-la, dando-lhe um novo significado, associando-o à “imolação” de Jesus, no pós-julgamento, na execução da sentença de Pilatos.


Historicamente, a Páscoa é a junção de duas festividades muito antigas, comuns entre os povos primitivos, e alimentada pelos judeus, à época de Jesus. Fala-se do “pesah”, uma dança cultural, representando a vida dos povos nômades, numa fase em que a vinculação à terra (com a noção de propriedade) ainda não era flagrante. Também estava associada à “festa dos ázimos”, uma homenagem que os agricultores sedentários faziam às divindades, em razão do início da época da colheita do trigo,agradecendo aos Céus, pela fartura da produção agrícola, da qual saciavam a fome de suas famílias, e propiciavam as trocas nos mercados da época. Ambas eram comemoradas no mês de abril (nisan) e, a partir do evento bíblico denominado “êxodo” (fuga do povo hebreu do Egito), em torno de 1441 a.C., passaram a ser reverenciadas juntas. É esta a Páscoa que o Cristo desejou comemorar junto dos seus mais caros, por ocasião da última ceia.


Logo após a celebração, foram todos para o Getsêmani, onde os discípulos invigilantes adormeceram, tendo sido o palco do beijo da traição e da prisão do Nazareno.


Mas há outros elementos “evangélicos” que marcam a Páscoa. Isto porque as vinculações religiosas apontam para a quinta e a sexta-feira santas, o sábado de aleluia e o domingo de páscoa. Os primeiros relacionam-se ao “martírio”, ao sofrimento de Jesus – tão bem retratado neste último filme hollyodiano (A Paixão de Cristo, segundo Mel Gibson) –, e os últimos, à ressurreição e a ascensão de Jesus.


No que concerne à ressurreição, podemos dizer que a interpretação tradicional aponta para a possibilidade da mantença da estrutura corporal do Cristo, no post-mortem, situação totalmente rechaçada pela ciência, em virtude do apodrecimento e deterioração do envoltório físico. As Igrejas cristãs insistem na hipótese do Cristo ter “subido aos Céus” em corpo e alma, e fará o mesmo em relação a todos os “eleitos” no chamado “juízo final”. Isto é, pessoas que morreram, pelos séculos afora, cujos corpos já foram decompostos e reaproveitados pela terra, ressurgirão, perfeitos, reconstituindo as estruturas orgânicas, do dia do julgamento, onde o Cristo, separá justos e ímpios.


A lógica e o bom-senso espíritas abominam tal teoria, pela impossibilidade física e pela injustiça moral. Afinal, com a lei dos renascimentos, estabelece-se um critério mais justo para aferir a “competência” ou a “qualificação” de todos os Espíritos. Com “tantas oportunidades quanto sejam necessárias”, no “nascer de novo”, é possível a todos progredirem.


Mas, como explicar, então as “aparições” de Jesus, nos quarenta dias póstumos, mencionadas pelos religiosos na alusão à Páscoa?


A fenomenologia espírita (mediúnica) aponta para as manifestações psíquicas descritas como mediunidades. Em algumas ocasiões, como a conversa com Maria 
de Magdala, que havia ido até o sepulcro para depositar algumas flores e orar, perguntando a Jesus – como se fosse o jardineiro – após ver a lápide removida, “para onde levaram o corpo do Raboni”, podemos estar diante da “materialização”, isto é, a utilização de fluido ectoplásmico – de seres encarnados – para possibilitar que o Espírito seja visto (por todos). Igual circunstância se dá, também, no colóquio de Tomé com os demais discípulos, que já haviam “visto” Jesus, de que ele só acreditaria, se “colocasse as mãos nas chagas do Cristo”. E isto, em verdade, pelos relatos bíblicos, acontece. Noutras situações, estamos diante de uma outra manifestação psíquica conhecida, a mediunidade de vidência, quando, pelo uso de faculdades mediúnicas, alguém pode ver os Espíritos.


A Páscoa, em verdade, pela interpretação das religiões e seitas tradicionais, acha-se envolta num preocupante e negativo contexto de culpa. Afinal, acredita-se que Jesus teria padecido em razão dos “nossos” pecados, numa alusão descabida de que todo o sofrimento de Jesus teria sido realizado para “nos salvar”, dos nossos próprios erros, ou dos erros cometidos por nossos ancestrais, em especial, os “bíblicos” Adão e Eva, no Paraíso. A presença do “cordeiro imolado”, que cumpre as profecias do Antigo Testamento, quanto à perseguição e violência contra o “filho de Deus”, está flagrantemente aposta em todas as igrejas, nos crucifixos e nos quadros que relatam – em cores vivas – as fases da via sacra.


Esta tradição judaico-cristã da “culpa” é a grande diferença entre a Páscoa tradicional e a Páscoa espírita, se é que esta última existe. Em verdade, nós espíritas devemos reconhecer a data da Páscoa como a grande – e última lição – de Jesus, que vence as iniqüidades, que retorna triunfante, que prossegue sua cátedra pedagógica, para asseverar que “permaneceria eternamente conosco”, na direção bussolar de nossos passos, doravante.


Nestes dias de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Rabi, possamos nós encarar a Páscoa como o momento de transformação, a vera evocação de liberdade, pois, uma vez despojado do envoltório corporal, pôde Jesus retornar ao Plano Espiritual para, de lá, continuar “coordenando” o processo depurativo de nosso orbe. Longe da remissão da celebração de uma festa pastoral ou agrícola, ou da libertação de um povo oprimido, ou da ressurreição de Jesus, possa ela ser encarada por nós, espíritas, como a vitória real da vida sobre a morte, pela certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o 
amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida.


Nesta Páscoa, assim, quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para, um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, qual seja a de “sermos deuses”, “fazendo brilhar a nossa luz”.


Comemore, então, meu amigo, uma “outra” Páscoa. A sua Páscoa, a da sua transformação, rumo a uma vida plena.


(*) Marcelo Henrique Pereira, Mestre em Ciência Jurídica, Presidente da 
Associação de Divulgadores do Espiritismo de Santa Catarina e Delegado da 
Confederação Espírita Pan-Americana para a Grande Florianópolis (SC)
http://www.abrade.com.br/pascoa.html

domingo, 25 de março de 2012

REFORMA ÍNTIMA



Alma querida nos ideais renovadores,
É natural que sofras inquietação por nutrires objetivos transformadores.
Ante a penúria de teus valores, declaraste sem mérito para receber a ajuda Divina.
Perante a extensão de tuas falhas, açoitas a consciência com lancinante sentimento de hipocrisia ao repetires os mesmos desvios dos quais já gostarias de não se permitir. Essa é a estrada da perfeição, não te martirizes.
Tudo isso é compreensível, parte integrante de quantos se candidatam aos serviços
reeducativos de si próprios portanto, não sejas demasiadamente severo contigo.
Sem lástima e censura, perdoa-te e prossegue sempre.
Confia e trabalha cada vez mais.
Por mais causticantes as reações íntimas nos refolhos conscienciais, guarda-te na
oração e na confiança e enriquece tua fé nas pequenas vitórias.
A angústia da melhora é impulso para promoção. O remédio salutar para amenizá-
-la é a aceitação incondicional de ti mesmo.
Aceitando-te humildemente como és e fazendo o melhor que possas, vitalizar-te-ás
com mais fortes apelos interiores para a continuidade do projeto de melhoria e corrigenda. Por outro lado, se te punes estarão assinando um decreto de desamor
contra ti.
Afeiçoa-te com devotamento e sensatez aos exercícios que te são delegados pelas
tarefas renovadoras do bem, aprimorando-te em regime de vigilância e paciência.
Sem alimentar fantasias de saltos evolutivos, dá um passo atrás do outro.
Sem ansiar pela grandeza das estrelas, ama-te na condição de singelo pirilampo
que esforça por fazer luz na noite escura.
Faça as pazes com suas imperfeições.
Descubra suas qualidades, acredite nelas e coloque-as a serviço de suas metas de
crescimento, essa é a fórmula da verdadeira transformação.
O tempo concederá valor e experiência a seus esforços, ajustando teus propósitos
aos limites de tuas possibilidades, libertando-te da angústia que provém dos excessos.
Caminha um dia após o outro na certeza de que Deus te espera sempre com irrestrito respeito pelas tuas mazelas, guardando o único direito de um Pai zeloso e bom que é a esperança de que amanhã sejas melhor que hoje, para tua própria felicidade.

 Espírito Ermance Dufaux
FONTE: Livro Reforma íntima sem Martírio - Espírito Ermance Dufaux psicografo por Wanderlei Soares de Oliveira

sábado, 24 de março de 2012

Chico Xavier. Sua primeira mensagem...

Ansiosamente aguardada a manifestação verbal do saudoso irmão Francisco Cândido Xavier, desencarnado no dia 31 de junho de 2002, esta ocorreu em Pedro Leopoldo MG - Brasil, na noite de 22 de junho,  de 2003, em reunião pública na sede do Centro Espírita "Bezerra de Menezes", mediante psicografia do médium Carlos Antônio Baccelli.

Queridos irmãos e irmãs:

Jesus nos abençoe.
Estou aqui e, através destas palavras singelas, venho ao encontro de todos vocês, com muito carinho e reconhecimento em meu coração de servidor sempre agradecido.
Dirigindo-me à querida família espírita de nossa Pedro Leopoldo, dirijo-me, com a permissão de Jesus, a todos os integrantes da querida e imensa família espírita que, do nosso Brasil, se estende por outros países.
Agradeço-lhes, meus irmãos, por tudo: pelo carinho que vocês sempre me dispensaram, ao lado dos nossos Benfeitores Espirituais, para que eu conseguisse levar avante o compromisso abraçado. Louvado seja Deus, que os colocou em meu caminho, para que, diante dos obstáculos, eu não esmorecesse na luta que, evidentemente, há de prosseguir para todos nós, para maior honra e glória Daquele a quem nos compete servir invariavelmente.
Perdoem-me, se, neste momento, a emoção toma o meu coração por inteiro e eu, igualmente, não sabia o que lhes dizer com exatidão. Aqui compareço, nesta manhã na mesma condição daqueles companheiros que me antecederam na palavra e, sinceramente, não me reconheço sob o regime de qualquer privilégio em relação a eles ou a vocês, que continuam  e devem continuar se esforçando para prosseguir com o ideal que abraçamos, em nossa Doutrina de Amor e Paz.
Unamos-nos e procuremos melhor servir aos propósitos do Evangelho, operando a nossa própria renovação, dando combate às imperfeições que ainda nos assinalam e que, tantas vezes, nos induzem a cometer maiores equívocos no cumprimento do dever.
A obra dos Amigos Espirituais, por meu intermédio, em verdade, não pertence a eles mesmos e, muito menos a mim, que prossigo deste Outro lado da Vida, me considerando na condição de um cisco! A tarefa que encetamos na Doutrina pertence ao Senhor e, para executá-la com a devida fidelidade, carecemos de  colocar de lado o personalismo e não tomar o caminho da polêmica inútil. Não nos dispersemos, despendendo energias espirituais que deverão ser consumidas unicamente nas tarefas que prosseguem sob a nossa responsabilidade.
Perdoem-me, se, escrevendo a vocês neste instante, eu não consigo deixar de ser o Chico que sempre fui...o que, afinal de contas, continuo sendo, para ser o espírito feericamente iluminado que os amigos sempre me supuseram, por bondade deles e não por méritos que, em verdade, eu nunca tive e prossigo sem ter! Em mim, mesmo após a desencarnação, continuam subsistindo muitos traços de treva e me reconheço muito distante da condição em que os amigos me colocam. A nada mais aspiro, se o Senhor assim me consentir, senão dar sequência ao humilde trabalho que o Espiritismo, na revivescência do Evangelho, nos possibilita em favor de todos os nossos irmãos em Humanidade.
Escrever-lhes nessa hora, acreditem, sem nenhuma preocupação e espero, sinceramente espero, que estas minhas palavras não nos ocasionem maiores contendas e não nos induzam ao esquecimento de nossa obrigações fundamentais. Eu jamais seria capaz de silenciar ou de me considerar um espírito diferente de tantos outros - embora a minha total desvalia - que estão e sempre estarão à disposição daqueles que necessitem de uma palavra de encorajamento e de companheirismo, a fim de que não se fragilizem na vivência do Ideal.
Deixo-lhes, queridos irmãos e irmãs, o meu abraço fraternal e a minha alegria por ainda me sentir integrado, com todos vocês, na Causa que nos é comum e que, sem dúvida, nos merece e nos merecerá sempre o melhor esforço e o maior devotamento. Impossível que, neste primeiro contato, eu lograsse extravasar todas as emoções que me possuem o espírito em forma de gratidão e de reconhecimento à família espírita do Brasil, da qual eu me tornei eternamente devedor.
Com a minha saudade, a minha imensa saudade de todos os dias, sou o irmão e servidor sempre grato, o menor dentre os menores servidores da nossa Causa, sempre o seu
Chico
(Chico Xavier)

Extraído do livro Chico Xavier, a Reencarnação de Allan Kardec
Carlos A, Baccelli - Livraria Espírita Edições "Pedro e Paulo" 
Ano 2005

Francisco Cândido Xavier

"Ah!...mas quem sou eu senão uma formiga, das menores, que anda pela terra cumprindo sua obrigação?..."
Chico Xavier

- "Francisco Xavier, no campo da espiritualização humana, é um dos maiores missionários que o Cristo já enviou ã Terra. A sua obra mediúnica é extraordinária e a sua vivência evangélica o nivela aos grandes nomes do espiritismo em todos os tempos da humanidade.

Só e humilde, conquistou mais almas para o Cristianismo do que todos os cruzados, com os seus aguerridos exércitos e as suas poderosas armadas."
Fernando de Lacerda*
Dados pessoais:
Nome: Francisco Cândido Xavier
Nascimento: 2 de abril de 1910, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais
Homem: médium espírita
Desencarne: 30 de junho de 2002, em Uberaba, Minas Gerais.

1. INFÂNCIA

Seu sofrimento começou desde os primeiros anos de sua existência. Quando tinha 5 anos de idade sua mãe veio a falecer. De família numerosa e poucas posses, seu pai achou por bem distribuir os filhos entre os parentes. Na diáspora da família, Chico vai para a casa da madrinha, dona Maria Rita de Cássia, uma mulher extremamente maldosa que, entre outras, dava-lhe uma surra todo o dia, enfiava o garfo em sua barriga e, certa vez, obrigou-o a lamber a ferida de um outro menino adotivo.

2. FENÔMENO MEDIÚNICO

O fenômeno mediúnico é o marco fundamental de sua existência. Hoje, tem mais de 400 obras psicografadas, que transformadas em tempo, perfazem aproximadamente 11 anos de transe mediúnico. Sua atividade mediúnica começou desde garoto, isto é, desde os 5 anos de idade, quando já conversava com sua mãe desencarnada. Dela recebia uma série de conselhos que o ajudaram a suportar todos os revezes e dissabores de sua infância sofrida junto à sua madrinha. Educado no catolicismo, não foi muito fácil a aceitação dos parentes e amigos sobre o desenvolvimento de sua mediunidade.


3. GUIA PROTETOR

O Espírito Emmanuel é o seu guia protetor. Esse espírito, como a maioria dos Espíritas sabe, foi Públio Lêntulus, senador romano da Antigüidade. Diz-se também que ele teve uma reencarnação no Brasil como Padre Manoel da Nóbrega. É por intermédio de Emmanuel que o Chico Xavier escreveu a maioria de seus livros. Além disso, guia-o, inclusive, no aprimoramento do idioma português, para melhor expressar a Doutrina dos Espíritos. Confessa isso no programa Pinga Fogo, levado ao ar pela antiga TV Tupi, em 1971.

4. PASSAGENS INTERESSANTES

A vida de Chico Xavier é entremeada de muitos fatos, entre os quais, relatamos:
1º) para auxiliar um cego que tinha sofrido uma queda, precisou da colaboração de 2 prostitutas, que depois mudaram de vida em virtude de suas preces;
2º) relata o episódio do avião, que em pleno vôo começou a fazer peripécias no espaço e, ele como os demais tripulantes, começaram a gritar no que Emmanuel retruca: "Se tiver de morrer, morra com educação";
3º) sua vizinha roubava-lhe as verduras. Pede auxílio à sua mãe, já desencarnada. Esta aconselha-o, quando todos saírem, a entregar a chave da casa para a vizinha tomar conta. Conseqüência: acabou o furto.

5. OBRAS

Dada a vastidão de títulos, citaremos apenas alguns:
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, pelo Espírito Humberto de Campos;
A Caminho da Luz, pelo Espírito Emmanuel;
Nosso Lar, pelo Espírito André Luiz;
Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel.



Allan kardec nos deixou as cinco obras básica da Doutrina ditada pelos Espíritos do Senhor, Chico Xavier nos legou o detalhamento mais completo da estrutura do edifício doutrinário em centenas de obras psicografadas sob a coordenação de Emmanuel e a colaboração de milhares de luminares da Espiritualidade maior.
As obras mediúnicas de chico Xavier emerge da Obra de Allan Kardec, que encontra na primeira o seu natural desdobramento. Por exemplo:
O Livro dos Espíritos continua em O Consolador e Religião dos Espíritos;
O Livro dos Médiuns em nos Domínios da Mediunidade, Seara dos Médiuns e outros;
O Evangelho Segundo o Espiritismo em toda a obra  evangélica de Emmanuel;
O Céu e o Inferno em Ação e Reação, Justiça Divina, etc;
A Gênese em Evolução em Dois Mundos e, de resto, em toda a série de André Luiz, inclusive no excelente A Caminho da Luz de Emmanuel *





Francisco Cândido Xavier nasceu no dia 2 de abril de 1910, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, começando o seu longo sofrimento desde os primeiros anos de sua existência. Quando tinha 5 anos de idade sua mãe veio a falecer. De família numerosa e poucas posses, seu pai achou por bem distribuir os filhos entre os parentes. Na diáspora da família, Chico vai para a casa da madrinha, dona Maria Rita de Cássia, uma mulher extremamente maldosa que, entre outras, dava-lhe uma surra todo o dia, enfiava o garfo em sua barriga e, certa vez, obrigou-o a lamber a ferida de um outro menino adotivo.

O fenômeno mediúnico é o marco fundamental de sua existência. Hoje, tem mais de 400 obras psicografadas, que transformadas em tempo, perfazem aproximadamente 11 anos de transe mediúnico. Sua atividade mediúnica começou desde garoto, isto é, desde os 5 anos de idade, quando já conversava com sua mãe desencarnada. Dela recebia uma série de conselhos que o ajudaram a suportar todos os revezes e dissabores de sua infância sofrida junto à sua madrinha. Educado no catolicismo, não foi muito fácil a aceitação dos parentes e amigos sobre o desenvolvimento de sua mediunidade.

O Espírito Emmanuel é o seu guia protetor. Esse espírito, como a maioria dos Espíritas sabe, foi Públio Lêntulus, senador romano da Antigüidade. Diz-se também que ele teve uma reencarnação no Brasil como Padre Manoel da Nóbrega. É por intermédio de Emmanuel que o Chico Xavier escreveu a maioria de seus livros. Além disso, guia-o, inclusive, no aprimoramento do idioma português, para melhor expressar a Doutrina dos Espíritos. Confessa isso no programa Pinga Fogo, levado ao ar pela antiga TV Tupi, em 1971.

A vida de Chico Xavier é entremeada de muitos fatos, entre os quais, relatamos: 1º) para auxiliar um cego que tinha sofrido uma queda, precisou da colaboração de 2 prostitutas, que depois mudaram de vida em virtude de suas preces; 2º) relata o episódio do avião, que em pleno vôo começou a fazer peripécias no espaço e, ele como os demais tripulantes, começaram a gritar no que Emmanuel retruca: "Se tiver de morrer, morra com educação"; 3º) sua vizinha roubava-lhe as verduras. Pede auxílio à sua mãe, já desencarnada. Esta aconselha-o, quando todos saírem, a entregar a chave da casa para a vizinha tomar conta. Conseqüência: acabou o furto.

Emmanuel, o grande protetor do Brasil, cujas obras evangélicas constituem o 5º Evangelho, dá sempre orientações ao médium Chico Xavier. Fala-lhe sobre a disciplina, a porta estreita e o caminho reto. Diz que as limitações físicas não devem ser consideradas como obstáculos, mas um grande incentivo à pratica da mediunidade, pois quem poderia afirmar que a riqueza, a saúde, a comodidade e outras facilidades não lhe tirariam a devida concentração e meditação para o trabalho mediúnico?




Grande Herói
(Homenagema Chico Xavier, desencarnado em 30 de junho de 2002)

Desceste, meu irmão, da Altura Imensa
À Terra, que te acolhe, em teu destino,
E, em teus passos de humilde peregrino,
Serviste com Jesus, sem recompensa...

Vergado sob o peso de tua crença,
Desde o teu berço pobre de menino,
consolaste a quem sofre em desatino
em meio à humanidade indiferente...

Triunfando em batalha sem igual,
Pugnaste, sem trégua, contra o Mal.
fiel ao Bem, que eleva e que constrói...

E, deixando no mundo o corpo exausto,
Após servir, ao derradeiro hausto,
És saudado, no Além, por Grande Herói!...
Euricledes Formiga

6 de junho de 2002 reunião pública do Lar Espírita "Pedro e Paulo"Uberaba - MG psicogrado por Carlos A. Baccelli


Chico Xavier nos envia sua primeira mensagem (veja)



Fonte de Consulta
IBSEN, S. R. (Organizador). Chico Xavier por ele mesmo. São Paulo, Martin Claret, 1994.
São Paulo, 22.07.98.
http://www.ceismael.com.br
* Chico Xavier, a Reencarnação de Allan Kardec

sexta-feira, 23 de março de 2012

Os Exilados de Capela

Filme explicativo


"Os Exilados de Capela" (Livro) - Edgard Armond - É uma obra extraordinária que trata das questões dos espíritos; chegando a inquietante assertiva: A evolução espiritual de uma humanidade teve sua continuidade em nosso primitivo planeta TERRA "Planeta de provas e expiações" caminhando para "REGENERAÇÃO". Outra importante obra sobre o mesmo tema é "A Caminho da Luz" - Emmanuel / Chico Xavier.
Saiba mais sobre esse assunto em http://www.TransicaoPlanetaria.com.br
Leiam o capítulo XVIII de A GENESE - Alan Kardec "São Chegados os Tempos", pricipalmente o ítem 27 - A GERAÇÂO NOVA.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Vozes do Espírito


“Deus é meu Pai.
A Natureza é minha Mãe.
O Universo é meu Caminho.
A Eternidade é meu Reino.

A Imortalidade é minha Vida.
A Mente é meu Lar.
O Coração é meu Templo.
A Verdade é meu Culto.

O Amor é minha Lei.
A Forma em sí é minha manifestação.
A Consciência é meu Guia.
A Paz é meu Abrigo.

A Experiência é minha Escola.
O Obstáculo é minha Lição.
A dificuldade é meu Estímulo.
A Alegria é meu Cântico.

A Dor é meu Aviso.
A Luz é minha Realização. 
O Trabalho é minha Bênção.
O Amigo é meu Companheiro.

O Adversário é meu Instrutor.
O Próximo é meu Irmão.
A Luta é minha Oportunidade.
O Passado é minha Advertência.

O Presente é minha Promessa.
O Equilibrio é minha Atitude.
A Ordem é minha Senha.
A Beleza é meu Ideal.
A Perfeição é meu Destino”.

          O Espírito 

F.C.X – Extraído do livro “Aulas da Vida

sábado, 17 de março de 2012

ASSEAMA Associação Espírita Amigos dos Animais



O Primeiro Centro Espírita Totalmente Voltado para a Espiritualidade dos Animais.  

A ASSEAMA  (Associação Espírita Amigos dos Animais) foi fundada em 12 de julho de 2006, com o objetivo de conscientizar o ser humano quanto aos animais e toda a Natureza, através da Doutrina Espírita.
o primeiro trabalho de assistência espiritual aos animais, através do passe.




ORAÇÃO DA ASSEAMA 
Envolvidos em Teu amor e em Tua bondade infinitos, Senhor, buscamos nas luzes do Teu Evangelho, os caminhos na direção dos compromissos que assumimos na Espiritualidade Maior.
Embora tímidos filhos perdidos em nossas imperfeições, recebemos de Ti o aval, no intuito de servir, no auxílio da evolução, de nossos irmãos animais.
Hoje, unidos no mesmo ideal, buscamos, nesta entidade que se forma, o pilar de sustentação de Tuas verdades, reavivando a luz, que se utiliza de nossas mãos, como instrumentos no trabalho da Seara.
Dá-nos Senhor, a força necessária para vencer;
Dá-nos a persistência para superarmos os obstáculos;
Dá-nos a humildade, para que nos entendamos como peças da engrenagem infinita de trabalhadores que se unem, no desenvolvimento da humanidade;
Dá-nos o amor que deve reger todos os nossos atos;
Dá-nos a compreensão e o perdão, que devem nos libertar de todos os nossos apegos;
Dá-nos a fé que nos sustenta nos momentos difíceis;
Dá-nos a luz que clareia as trevas de nossos pensamentos.
Que a cada passo nosso, se siga um passo Teu, e todos nós, num só coração, num só pensamento, formemos um único corpo, uma única alma, com o propósito de amar e servir. 

O Centro Espírita ASSEAMA, convida você para esta saga do amor, aprendendo juntoS, com a Doutrina Espírita, o significado do amor ao próximo. 
Conheça o site 
http://www.asseama.org.br/ 

sábado, 3 de março de 2012

TENHA PACIÊNCIA, MEU FILHO!



Quando Dona Maria João de Deus desencarnou, em 29 de setembro de 1915, Chico Xavier, um de seus nove filhos, foi entregue aos cuidados de Dona Rita de Cássia, velha amiga e madrinha da criança.
Dona Rita, porém, era obsidiada e, por qualquer bagatela, se destemperava, irritadiça.
Assim é que o Chico passou a suportar, por dia, várias surras de varas de marmeleiro, recebendo, ainda, a penetração de pontas de garfos no ventre, porque a neurastênica e perversa senhora inventara esse estranho processo de torturar.
O garoto chorava muito, permanecendo horas e horas, com os garfos dependurados na carne sanguinolenta e corria para o quintal, a fim de desabafar e, porque a madrinha repetia, nervosa:
— Este menino tem o diabo no corpo.
Um dia, lembrou-se a criança de que a Mãezinha orava sempre, todos os dias, ensinando-o a elevar o pensamento a Jesus e sentiu falta da prece que não encontrava em seu novo lar.
Ajoelhou-se sob velhas bananeiras e pronunciou as palavras do Pai Nosso que aprendera dos lábios maternais.
Quando terminou, oh! maravilha!
Sua progenitora, Dona Maria João de Deus, estava perfeitamente viva ao seu lado.
Chico, que ainda não lidara com as negações e dúvidas dos homens, nem por um instante pensou que a Mãezinha tivesse partido para as sombras da morte.
Abraçou-a, feliz, e gritou:
— Mamãe, não me deixe aqui... Carregue-me com a senhora...
— Não posso, — disse a entidade, triste.
— Estou apanhando muito, mamãe!
Dona Maria acariciou-o e explicou:
— Tenha paciência, meu filho. Você precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a lutar.
— Mas, — tornou a criança — minha madrinha diz que eu estou com o diabo no corpo.
— Que tem isso? Não se incomode. Tudo passa e se você não mais reclamar, se você tiver paciência, Jesus ajudará para que estejamos sempre juntos.
Em seguida, desapareceu.
O pequeno, aflito, chamou-a em vão.
Desde esse dia, no entanto, passou a receber o contato de varas e garfos sem revolta e sem lágrimas.
— Chico é tão cínico — dizia Dona Rita, exasperada, — que não chora, nem mesmo a pescoção.
Porque a criança explicava ter a alegria de ver sua mãe, sempre que recebia as surras, sem chorar, o pessoal doméstico passou a dizer que ele era um “menino aluado”.
E, diariamente, à tarde, com os vergões na pele e com o sangue a correr-lhe em pequeninos filetes do ventre o pequeno seguia, de olhos enxutos e brilhantes, para o quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, sob as velhas árvores, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração.
Assim começou a luta espiritual do médium extraordinário que conhecemos.

Fonte:  livro Lindos casos de Chico Xavier - Ramiro Gama
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