sábado, 6 de outubro de 2012

A Prece


O ESPIRITISMO E A PRECE
A compreensão espírita do que seja a prece repousa necessariamente sobre a concepção espírita de Deus.
Se do à prece um estado em que os Espíritos buscam comunicar-se com Deus, o modo como o espírita ora.
Depende de como ele crê em Deus, e uma noção equivocada de Deus logicamente distorce os objetivos da prece.
A prece, constituindo-se em ligação com o Criador ou com Espíritos Superiores, seus mensageiros, sempre se constitui em alimento para almas famintas, alívio para os enfermos, serenidade para os aflitos, desde que imbuída de sentimentos verdadeiros. Aliás, a pureza é o elemento mais importante de uma prece, sendo secundárias as palavras e fórmulas escolhidas.
Sabendo que Deus é todo-poderoso, imutável, eterno, soberanamente justo e bom, criador de leis que governam sabiamente a vida em todos os níveis, jamais poderão nossas preces pretender resultados que neguem seus atributos, sob pena de simplesmente não serem atendidas.
Eis porque as coisas que pedimos em função do egoísmo, do orgulho e da manutenção de nossas vaidades, não nos são concedidas. Mas podemos contar com tudo que necessitamos para nosso progresso espiritual: boas inspirações, lucidez, aprendizado, serenidade, oportunidades.
A prece além do fortalecimento íntimo que proporciona, é uma expressão de nosso livre-arbítrio, solicitando a Deus que aja em nossas vidas para favorecer nossos processos internos de reflexão e amadurecimento, quando por eles nos decidimos. E pressupõe uma elevação de nossos padrões vibratórios, que nos torna acessíveis às intuições dos bons Espíritos.
Contudo, isto não pode acontecer quando nossas preces são a simples recitação de textos prontos, repetições que não exprimem sentimentos, ou reproduções de frases decoradas, anos a fio, por mera formalidade ou desencargo de consciência.
A prece é eficaz, quando a cada palavra corresponde um sentimento ou desejo que emerge do mais fundo de nossas almas. Só assim ela pode criar a ligação fluídica necessária para atingir seus resultados em nossas vidas ou nas vidas daqueles por quem pedimos. Feita deste modo, ela cabe em todo lugar, a qualquer momento, perante qualquer situação, seja íntima ou compartilhada com outras pessoas.
Rita Foelker

Agradecimento à Raimundo Almeida - grupo aberto - Espiritismo Portugal . 




quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Prece de Gratidão - Emmanuel

Senhor, muito obrigado pelo que me deste, pelo que me dás! Pelo ar, pelo pão, pela paz!

Muito obrigado, pela beleza que meus olhos vêen no altar da natureza. Olhos que contemplam o céu cor de anil, e se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil!
Pela minha faculdade de ver, pelos cegos eu quero interceder, por aqueles que vivem na escuridão e tropeçam na multidão, por eles eu oro e a Vós imploro comiseração, pois eu que depois dessa lida, numa outra vida, eles enxergarão!

Senhor, muito obrigado pelos ouvidos meus. Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro, 
a melodia do vento nos ramos do salgueiro, a dor e as lágrimas que escorrem no rosto do mundo inteiro. Ouvidos que ouvem a música do povo, que desce do morro na praça a cantar. A melodia dos imortais que a gente ouve uma vez e não se esquece nunca mais.
Diante de minha capacidade de ouvir, pelos surdos eu te quero pedir, pois eu sei, que depois desta dor, no teu reino de amor, eles voltarão a ouvir!


Muito obrigado Senhor, pela minha voz! Mas também pela voz que canta, que ensina, que consola. Pela voz que com emoção, profere uma sentida oraçãp! Pela minah capacidade de falar, pelos mudos eu Vos quero rogar, pois eu sei que depois desta dor, no vosso reino de amor, eles também cantarão!


Muito obrigado Senhor, pelas minhas mãos, mas também pelas mãos que aram, que semeiam, que agasalham. Mãos de caridade, que solidariedade. Mãos que apertam mãos. Mãos de poesias, de cirugias, de sinfonias, de psicografias, mãos que numa noite fria, cuida ou lava louça numa pia.
Mãos que a beira de uma sepultura, abraça alguém com ternura, num momento de amrgura. Mãos que no seio, agasalham o filho de um corpo alheio, sem receio.


E meus pés que levam a caminhar, sem reclamar. Porque eu vejo na Terra amputados, defsormados, aleijados e eu posso bailar. Por ele eu oro, e a ti imploro, porque eu sei que depois dessa expiação, numa outra situação, eles também bailarão.


Por fim Senhor, muito obrigado pelo meu lar! Pois é tão maravilhoso ter um lar.

Não importa se este lar é uma mansão, um ninho, uma casa no caminho, um bangalô, seja lá o que for. O importante é que dentro dele exista a presença da harmonia e do amor.
O amor de mãe, de pai, de irmão, de uma companheira. De alguém que nos dê a mão, nem que seja a presença de uma cão, porque é muito doloroso viver na solidão.

Mas se eu ninguém tiver, nem um teto para me agasalhar, uma cama para eu deitar, um ombro para eu chorar, ou alguém para desabafar, não reclamarei, não lastimarei, nem blasfemarei.


Porque eu tenho a Vós.

Então muito obrigado porque eu nasci.

E pelo Vosso amor, Vosso sacrifício e Vossa paixão por nós, muito obrigado Senhor!

Emmanuel


Agradecimento à querida Fátima Pagano

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Como é rica a fase da Adolescência e Juventude


É tempo de consciência e ação, já sabemos quem somos; de onde viemos e para que viemos. Não há mais o que temer. Nossa existência é marcada por fases, todas entrelaçadas e de grande importância, e o nosso destino é caminhar, desenvolver, iluminar.
Tudo aquilo que não conhecemos, tememos, é natural, faz parte de nossa Natureza. Por isso muitas vezes passamos décadas fugindo de nosso dever, nos escondendo nas ilusões da vida, até que a vida se encarrega de nos dar o amadurecimento, aquela frase tão conhecida e  tão temido por tantos - a vida ensina - Em contrapartida, tudo aquilo que conhecemos nos traz segurança. Esse é o nosso convite, se conheça, estude, busque o entendimento que cada fase da vida requer de você e com certeza seu caminhar será amenizado, se sentirá mais feliz. E poderá ajudar ao próximo com suas experiências. Esse é o convite de Jesus.
Leia esse  texto interessante de Joanna de Angelis e reflita como é rica essa fase da adolescência e juventude. Aproveite-a com sabedoria. 
Elaine Saes

O ADOLESCENTE: POSSIBILIDADES E LIMITES

Na quadra primaveril da adolescência tudo parece fácil, exatamente pela falta de vivência da realidade humana. O adolescente examina o mundo através das lentes límpidas do entusiasmo.
A vida é um conjunto de possibilidades que se apresentam para ser experimentadas, facultando o crescimento intelecto-moral dos seres. Para o jovem sonhador, que tudo vê róseo, há muitos caminhos a percorrer, que exigem esforços, bom direcionamento de opções e sacrifício.
Assim, as possibilidades do adolescente estão no investimento que ele aplica para a conquista do que traça como objetivo. Nesse período, tem-se pressa, ansioso pelos voos que pretende desferir, pensa que as suas aspirações podem ser transformadas em realidade de um para outro momento, e, quando isso não ocorre, deixa-se abater por graves frustrações e desânimo. No entanto através desse vaivém de alegria e desencanto passa a entender que os fenômenos existenciais independem das suas imposições, decorrido de muitos fatores que se conjugam para oferecer resultado correspondente.
Nessa sucessão de contrários, amadurece-lhe a capacidade de compreensão e aprimora-se a faculdade de planejar, auxiliando-o a colocar os pés no chão sem a perda do otimismo, que é fator decisivo para o prosseguimento das aspirações e da sua execução contínua.
Face à constituição da vida, não basta anelar e querer, mas produzir e perseverar. Esse meio de levar adiante os planos acalentados demonstra que há limites em todos os indivíduos, que não podem ser ultrapassados, e que se apresentam na ordem social, moral, econômica, cultural, científica, enfim, em todas as áreas dos painéis existenciais.
Os acontecimentos são conforme ocorrem e não consoante gostariam que se sucedessem. A sabedoria, que decorre das contínuas lutas, demonstra que se deve realizar o que é possível, aguardando o momento oportuno para novos cometimentos. Especificamente, cada dever tem o seu lugar e não é lícito assumir diversos labores que não podem ser executados de uma só vez.
A própria organização física, constitui limite para todos os indivíduos. O limite se encontra na capacidade das resistências físicas, moral e mental, que constituem os elementos básicos do ser humano, e no enfrentamento com os imperativos da sociedade, da época em que se vive etc.
Certamente, há homens e mulheres que se transformaram em exceção, havendo pagado pesados ônus de sacrifício, graças ao qual abriram à História páginas e incomparável beleza. Simultaneamente, também, houve aqueles que mergulharam no fundo abismo do desencanto, deixando-se dominar por terríveis angústias que lhes estiolaram a alegria de viver e os maceram, levando-os a estados profundamente perturbadores, porque não possuíam essas energias indispensáveis para as conquistas que planejaram.
Ao moço compete o dever de aprender as lições que lhe chegam, impregnando-se das suas mensagens e abrindo novos espaços para o futuro.
Quando arrebatado pelo entusiasmo, considerar que há tempo para semear como o há para colher; quando deprimido, liberar-se das sombras pelo esforço de acender as regiões onde brilha a luz da esperança, compreendendo que a marcha começa no primeiro passo, assim como o discurso mais inflamado tem início na primeira palavra. Todas as coisas exigem planificação e tentativa. Aquele que se recusa experimentar, já perdeu parte do empreendimento. Não há por que recear o insucesso. Esse medo da experimentação já é, em si mesmo, uma forma de fracasso. Arriscar-se, no bom sentido do termo, é intensificar os esforços para produzir, mesmo que, aparentemente, tudo esteja contra. Não realizando, não tentando, é claro que as possibilidades são infinitamente menores. Sempre vence aquele que se encontra alerta, que labora que persiste.
A atitude de esperar que tudo aconteça em favor próprio é comodidade injustificável; e deixar-se abater pelos pensamentos pessimistas, assim como pelas heranças auto-depreciativas, significa perder as melhores oportunidade de crescimento interior e exterior, que se encontram na adolescência. Esse é o momento de programar; é o campo de experimentação.
Quando o jovem começa a delinear o futuro não significa que haja logrado a vitória ou perdido a batalha, apenas está traçando rotas que o levarão a um ou a outro resultado, ambos de muito valor na sua aprendizagem, em torno da vida na qual se encontra.
A perseverança e o idealismo sem excesso responderão pelo empreendimento iniciado. O adolescente não deve temer nunca o porvir, porquanto isso seria limiar as aspirações, nem subestimar as lições do cotidiano, que lhe devem constituir mensagens de advertência, próprias para ensinar-lhe como conseguir os resultados Superiores.
Assim, nesse período de formação de identificação consigo mesmo, a docilidade no trato, à confiança nas realizações a gentileza na afetividade, o trabalho constante, ao lado do estudo que se aprimora os valores e desenvolve a capacidade de entendimento, devem ser o programa normal de vivenciar os prazeres, os jogos apaixonantes do desejo, as buscas intérminas do gozo cedem lugar aos compromissos iluminativos que desenham a felicidade na alma e materializam-na no comportamento.
Ser jovem não é, somente, possuir forças orgânicas, capacidade de sonhar e de produzir, mas, sobretudo, poder discernir o que precisa ser feito, como executá-lo e para que realizá-lo.
A escala de valores pessoais necessita ser muito bem considerada, a fim de que o tempo não seja empregado de forma caótica em projetos de secundária importância, em detrimento de outros labores primaciais, que constituem a primeira meta existencial, da qual decorrerão todas as outras realizações.
São infinitas, portanto, as possibilidades da vida, limitadas pelas circunstâncias, pelo estágio de evolução de cada homem e de cada mulher, que devem, desde adolescentes, programar o roteiro da evolução e seguir com segurança, etapa a etapa, até o momento de sua auto-realização.
Joanna de Angelis
Adolescência e Vida – Joana de Angelis – Divaldo Pereira - cap. 6 – O adolescente: possibilidades e limites

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A CRIANÇA OBSIDIADA


Suely C. Schubert
“Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência.
Donde a precoce perversidade, senão da inferioridade do Espírito, uma vez que a educação em nada contribuiu para isso?”(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec questão 199-a.)
Não se vê em crianças dotadas dos piores instintos, numa Idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação?
Crianças obsidiadas suscitam em nós os mais profundos sentimentos de solidariedade e comiseração.
Tal como acontece ante as demais enfermidades que atormentam as crianças, também
sentimos ímpetos de protegê-las e aliviá-las, desejando mesmo que nada as fizesse sofrer.
Pequeninos seres que se nos apresentam torturados, inquietos, padecentes de enfermidades
impossíveis de serem diagnosticadas, cujo choro aflito ou nervoso nos condói e impele à
prece imediata em seu benefício, são muita vez obsidiados de berço. Outros se apresentam
sumamente irrequietos, irritados desde que abrem os olhos para o mundo carnal. Ao
crescer, apresentar-se-ão como crianças-problema, que a Psicologia em vão procura
entender e explicar.
São crianças que já nascem aprisionadas — aves implumes em gaiolas sombrias —,
trazendo nos olhos as visões dos panoramas apavorantes que tanto as inquietam. São
reminiscências de vidas anteriores ou recordações de tormentos que sofreram ou fizeram
sofrer no plano extrafísico, antes de serem encaminhadas para um novo corpo. Conquanto a
nova existência terrestre se apresente difícil e dolorosa, ela é, sem qualquer dúvida, bem
mais suportável que os sofrimentos que padeciam antes de reencarnar.
O novo corpo atenua bastante as torturas que sofriam, torturas estas que tinham as suas
nascentes em sua própria consciência que o remorso calcinava. Ou no ódio e revolta em que
se consumiam.
E as bênçãos de oportunidades com que a reencarnação lhes favorece poderão ser a tão
almejada redenção para essas almas conturbadas.
A Misericórdia Divina oferecerá a tais seres instantes de refazimento, que lhes chegarão por
vias indiretas e, sobretudo, reiterados chamamentos para que se redimam do passado,
através da resignação, da paciência e da humildade.
(...)
Crianças que padecem obsessões devem ser tratadas em nossas instituições espíritas através
do passe e da água fluidificada, e é imprescindível que lhes dispensemos muita atenção e
amor, a fim de que se sintam confiantes e seguras em nosso meio. Tentemos cativá-las com
muito carinho, porque somente o amor conseguirá refrigerar essas almas cansadas de
sofrimentos, ansiando por serem amadas.
Fundamental, nesses casos, a orientação espírita aos pais, para que entendam melhor a
dificuldade que experimentam, tendo assim mais condições de ajudar o filho e a si próprios,
visto que são, provavelmente, os cúmplices ou desafetos do pretérito, agora reunidos em
provações redentoras. Devem ser instruídos no sentido de que façam o Culto do Evangelho
no Lar, favorecendo o ambiente em que vivem com os eflúvios do Alto, que nunca falta
àquele que recorre à Misericórdia do Pai.
A criança deve ser levada às aulas de Evangelização Espírita, onde os ensinamentos
ministrados dar-lhe-ão os esclarecimentos e o conforto de que tanto carece.
(...)
Extraído do livro Obsessão/Desobsessão - Suely C. Schubert cap. 12

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mocidade e Velhice

Uma existência é a soma da infância, da juventude e velhice,  o tempo começa a contar com a encarnação e finda na desencarnação. 
Esse espaço de tempo, chamamos vida terrena, onde o espírito reúne experiências numa busca pelo bem, pelo belo e pelo desabrochar do amor. Divina e abençoada, deve ser envolvida com respeito, com bondade, com carinho, tolerância e olhada como sendo uma fonte de ensinamentos.
 A velhice não existe para aqueles que têm a consciência de que a vida é um eterno aprendizado e que deve ser aproveitada. 
O espírito na sua roupagem de idoso, deve se sentir valoroso, e esse é o nosso dever, ajudá-lo a sentir que  sua missão foi cumprida, guiando esse irmão a encerrar sua jornada com alegria e desejo de voltar à casa de onde retornou, tendo uma desencarnação sem traumas e sem apegos.
 Eis abaixo uma profunda, mensagem recebida por uma grande companheira de estudo a Patrícia, onde nos leva à reflexão de nossos valores e atitudes diante desses "antigos jovens".
 Elaine Saes

MOCIDADE E VELHICE
Infância, juventude, madureza e velhice são simples fases da experiência maternal.A vida é essência divina e a juventude é seiva eterna do espírito imperecível.Mocidade da alma é condição de todas as criaturas que receberam com a existência o aprendizado sublime, em favor da iluminação de si mesmas e que acolheram no trabalho incessante do bem o melhor programa de engrandecimento e ascensão da personalidade.A velhice, pois, como índice de senilidade improdutiva ou enfermiça, constitui, portanto, apenas um estado provisório da mente que desistiu de aprender e de progredir nos quadros de luta redentora e santificante que o mundo nos oferece.Nesse sentido, há jovens no corpo físico que revelam avançadas características de senectude, pela ociosidade e rebeldia a que se confinam, e velhos na indumentária carnal que ressurgem sempre à maneira de moços invulneráveis, clareando as tarefas de todos pelo entusiasmo e bondade, valor e alegria com que sabem fortalecer os semelhantes na jornada para a frente.Se a individualidade e o caráter não dependem da roupa com que o homem se apresenta na vida social, a varonil idade juvenil e o bom ânimo não se acham escravizados à roupagem transitória.O jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro.Lembrando-nos, porém, de que a Vida é imortal, de que o Espiritismo é escola ascendente de progresso e sublimação, de que o Evangelho é luz eterna, em torno da qual nos cabe dever de estruturar as nossas asas de Sabedoria e de Amor e, num abraço compreensivo de verdadeira fraternidade, no círculo das esperanças, dificuldades e aspirações que nos identificam uns com os outros, continuemos o trabalho.

O jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amnhã; e o ancião de agorta, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro."
André Luiz
Agradecimento à querida companheira de estudo Patrícia M. T. Santos
Correio Fraterno - André Luiz - Francisco Cândido Xavier

domingo, 16 de setembro de 2012

Para Dedicar Tempo aos Filhos é Preciso Deixar Outras Coisas de lado - Por Sergio Sinay


O escritor Sergio Sinay, 66 anos, é um especialista em vínculos humanos. Sociólogo e jornalista, formou-se na Escola de Psicologia da Associação Gestáltica de Buenos Aires. Requisitado consultor sobre assuntos familiares e relações pessoais, tem vários livros publicados. O mais novo,Sociedade dos Filhos Órfãos, que acaba de sair em português (Editora BestSeller), é uma dura crítica ao modo de vida da atualidade, em que pais delegam a educação e a atenção aos filhos para babás, escolas e até para as novas tecnologias – como celular, televisão e computadores. Esse comportamento transmite aos filhos a noção errada de que basta ter dinheiro para encontrar quem se encarregue daquilo que nos cabe fazer, afirma Sinay, em seu livro.
Casado e pai de um jovem, Sinay diz que o amor é uma construção contínua que se fortalece diariamente com responsabilidade e comprometimento. “Para dedicar tempo aos filhos, é preciso deixar outras coisas de lado”. A seguir trechos da entrevista concedida ao Mulher7x7.
Pergunta - Há uma geração de filhos sem pais presentes nascendo ou ela sempre existiu?
SERGIO SINAY – Sempre houve pais que não assumem responsabilidades e sempre haverá. Mas nunca houve como hoje um fenômeno social tão amplo e profundo a ponto de criar uma geração de filhos órfãos de pais vivos. Pela primeira vez podemos dizer, infelizmente, que os filhos com pais presentes que cumprem suas funções são uma minoria.
Até que ponto a relação dos pais com os filhos reproduz um estilo de vida da atualidade?
Vivemos numa cultura do utilitarismo, em que se busca o material a qualquer preço e por qualquer caminho. As pessoas se medem pelo que possuem e não pelo que são. Os pais correm atrás do material e descuidam de seus filhos que, por sua vez, aprendem a valorizar apenas o bem material. Essa é a fórmula para criar filhos materialistas.
Em vários trechos do livro, o senhor diz estar convencido de que muita gente ficará irritada com o que está escrito. Por quê?
Porque muita gente não gosta de escutar ou ler o que precisa, apenas o que gosta. Os pais de filhos órfãos, em sua maioria, não admitem sua própria conduta e acreditam que ser pai e mãe consiste em comprar coisas para os filhos, matriculá-los em escolas caras, dar celulares e computadores modernos.
O senhor relaciona o fracasso dos pais na educação dos filhos ao medo que eles têm da reprovação infantil. De onde vem esse medo e como fugir dessa armadilha?
O medo vem de uma cultura que transformou as relações humanas em transações comerciais. As pessoas se  enxergam como recursos ou clientes. Os pais tratam de comprar o amor dos filhos e temem que o cliente não esteja contente. O carinho dos filhos não se compra. Amor se constrói com presença, atitudes e assumindo a responsabilidade de liderar o caminho dessa vida em direção à autonomia. Para isso, há que se estabelecer limites, marcar as fronteiras, frustrar. Criar e educar é também frustrar, ensinar que nem tudo é possível. Só assim se ensina a escolher. E só quem escolhe pode ser livre. Os pais, no entanto, têm medo de não ser simpáticos, então se esquecem de ser pais, que é o que os filhos precisam.
Ao se referir ao modelo do passado, em que as mães eram o retrato do sacrifício, e os pais, da disciplina ainda que com distância emocional, o senhor diz que todos sabiam seu papel, algo não acontece hoje. Aquele modo de educar era de alguma forma melhor?
Aquele modo de educar tinha muitas limitações e era muito rígido em muitos aspectos. Mas se sabia claramente quem eram os pais e quem eram os filhos. Os pais não tinham medo de atuar como pais, ainda que às vezes cometessem excessos em sua autoridade. Mas é sempre mais fácil corrigir um excesso do que superar uma ausência. Alguém pode mudar um modelo pobre ou insuficiente. Muito mais grave é não ter modelo.
Ao abordar o problema de jovens envolvidos com drogas e violência, o senhor diz que a solução é os pais terem mais controle sobre o que eles fazem e onde vão. Como não resvalar para a superproteção?
A infância e a adolescência são etapas muito breves da vida e necessárias para o amadurecimento biológico, psíquico e cognitivo. Seremos adultos a maior parte da nossa vida. A adolescência termina entre os 18 e os 19 anos. Quando os pais são ausentes ou não cumpriram suas funções, vemos adolescentes imaturos de 30 ou 40 anos. Se os pais pegam no leme do barco, e realizam esse trabalho com amor, ao fim da adolescência, seus filhos serão pessoas com ferramentas para caminhar pela vida. Terão muito por aprender ainda, mas terão boas bases e um bom sistema imunológico contra os principais perigos sociais. Os limites do controle vão mudando com a idade dos filhos e vão se flexibilizando até desaparecer por completo. Para saber quando e como modificá-los, há que estar presente.
Ao propor que os pais busquem interagir com outros pais para a realização de programas em comum e conversas que afinem experiências e atitudes, o senhor está sugerindo que educar é, de alguma forma, uma obra coletiva?
Educar é uma missão intransferível de quem, biologicamente ou por adoção, criou um vínculo de maternidade e paternidade. A responsabilidade é sempre individual. Conversar com outros pais e empreender projetos comuns, ajuda a afirmar a tarefa e permite a troca de experiências úteis.
Nas grandes cidades, em que muitos pais sequer comparecem às reuniões na escola, não é uma utopia propor essa interação entre os pais?
Sem utopias, não se avança. E se cruzarmos os braços, perdemos a batalha. Muitos casais responsáveis e amorosos se sentem sozinhos, não concordam com o que vêem outros pais fazendo e seguem adiante com suas convicções. Por isso, há que falar e propôr interação, dizer a eles “vocês estão num bom caminho”, compartilhem isso. Quando esses pais começarem a falar descobrirão que muita gente pensa assim também, mas estava em silêncio.
É o caso de uma família evitar certos círculos de pessoas e lugares, e até cidades, se achar que a vida do filho está indo pelo caminho errado?
Não se pode ter medo de tomar decisões, dizer não, proibir certas relações perigosas. Os filhos vão protestar, tentarão transgredir. Isso não é um problema, é parte do processo. Os filhos sempre buscarão transgredir para crescer. O problema é quando os pais viram o rosto, olham para o outro lado, não estabelecem limites ou têm medo dos filhos. Ser pai com amor e presença não significa converter-se em uma pessoa simpática, em um animador de televisão. Às vezes, há que se tomar medidas duras.
O senhor diz que muitos pais usam a suposta importância da qualidade do tempo ao lado do filho para justificar a ausência. O que é qualidade de tempo com o filho, na sua opinião?
Não há qualidade sem quantidade. Em qualquer tarefa para alcançar qualidade é preciso tempo, compromisso, dedicação. O famoso “tempo de qualidade” de que falam muitos pais – e que inclusive tem o apoio de pediatras e psicólogos infantis – é uma desculpa para que os pais não se sintam culpados. Os pais são adultos e um adulto sabe que na vida não se pode tudo. Há que optar. Para dedicar tempo aos filhos, é preciso deixar outras coisas de lado. O “tempo de qualidade” são cinco minutos nos quais os pais culpados dão tudo aos filhos para evitar o conflito. Isso faz muito mal aos filhos. Se não há tempo, não há qualidade. E se não há tempo para os filhos, é preciso pensar antes de se tornar pais. Depois é tarde.
Mas muitos pais não escolhem seus horários, o tempo que perdem no trânsito e, por falta de opção, ficam menos com os filhos do que gostariam. O senhor não acha que os filhos aprendem a diferenciar os pais que nunca estão porque não querem dos pais que não estão porque não podem?
A responsabilidade de ser pais nos obriga a fazer escolhas. É verdade que os pais são demandados por muitas atividades. Mas eu pergunto “são todas obrigatórias?”. Muitas vezes, trabalha-se demais para pagar o que não é necessário. Ser pai e mãe é uma oportunidade para aprender a diferenciar os desejos das necessidades. É uma oportunidade para aprender a diferenciar o que a publicidade vende do que realmente precisamos. Tudo que requer nosso tempo é imprescindível? Podemos trabalhar menos enquanto criamos os filhos pequenos? É possível dividir melhor o tempo entre pais e mães? Por que tem que ser sempre a mãe a que duplica suas tarefas? Por que podemos dizer “não” ao tempo que nossos filhos exigem de nós em vez de dizer “não” aos outros? Se os pais têm sempre tempo para suas obrigações e nunca para seus filhos, os filhos aprendem que essas outras coisas (trabalho, reuniões, encontros sociais, esportes etc) são mais importantes do que eles porque nunca podem ser adiados. Não é obrigação dos filhos compreender os pais (ainda mais quando são pequenos). É obrigação dos pais atender às necessidades dos filhos.Por isso é preciso pensar antes de ser tornar pai e mãe.
O senhor critica também a estratégia de entreter as crianças com DVDs em viagens para elas ficarem quietas. Vemos esse comportamento da não-interação se estendendo à mesa de restaurantes, festas. Onde está o erro dessa atitude?
Ser pai e mãe é um trabalho. Não se pode delegar esse trabalho às novas tecnologias. Essas tecnologias muitas vezes nos conectam mas nos tornam incomunicáveis. Isso se vê especialmente nas famílias, onde todos têm celulares e computadores, mas não mantêm diálogos nem proximidade.
O senhor diz que escola não educa, ensina. O que não se deve esperar da escola?
Educar é transmitir valores por atitudes, vivendo os valores que pregamos. Educar é ensinar que as pessoas são o fim, e não o meio, algo que se passa por vínculos. Educar é transmitir a certeza de que cada vida tem um sentido e há que viver a busca desse sentido. Isso é educar, é o que fazem os pais com presença, ações e condutas. A escola é a grande socializadora que ensina a viver a diversidade e a respeitá-la, que treina habilidades para viver e atuar no mundo, que dá informação vital sobre esse mundo e que é uma ponte para ele. A escola e os pais são sócios, não podem se separar, nem se enfrentar. Tem que atuar de um modo cooperativo. Os filhos são alunos da escola, não clientes. A escola não é um parque de diversões, nem creche, nem shopping. A escola não pode fazer a vez do pai e da mãe. Os pais não podem pedir à escola que ocupe o lugar que eles deixam vago. Pais que não respeitam as escolas ensinam seus filhos a não respeitar as instituições.
Que mensagem o senhor daria para os pais que, sem perceber, estão deixando os filhos de lado acreditando estarem fazendo a coisa certa?
Eu os recordaria que ser pai e mãe foi uma escolha. Em pleno século 21, quem não quer ter filhos não tem, de modo que não há desculpas. Quem tem filhos tem responsabilidades sobre uma vida. Essa vida precisa de respostas. E diria que só há uma maneira de aprender a ser pai e mãe: convivendo com os filhos, estando presentes em suas vidas, errar, pedir desculpas, reparar o erro e seguir adiante, sempre com responsabilidade e presença.
Em seu livro, o senhor deixa claro que educar é um processo contínuo que exige envolvimento e dá trabalho, mas é fato que muita gente opta por soluções fáceis. Que soluções fáceis devem ser postas de lado?
Filhos não vêm com manual de instruções. Cada filho é uma pessoa única. Por isso não há soluções fáceis nem receitas. Nossos filhos nos ensinam a ser pais. Querer que um pediatra, um professor, um psicólogo, a televisão, a internet, uma babá, os avós ou a escola se encarregue dos filhos é buscar uma solução fácil. Pais que procuram esse tipo de solução provam que o problema são eles, e não os filhos. Os filhos nunca são o problema. O grande e maior problema (vício em drogas, alcoolismo, violência juvenil, acidentes de carro, comportamento de risco, doenças novas como obesidade infantil ou déficit de atenção, entre outros) não está nos filhos, nas crianças ou nos adolescentes. Estão nos pais.
É possível impor limites sem ser chato?
Aquele que impõe limites não recebe sorrisos nem aplausos, mas assume responsabilidades e logo colherá frutos.
O senhor afirma que o amor é uma construção. O senhor acredita em amor incondicional?
Como bem dizia Alice Miller, uma extraordinária psicóloga suíça que morreu no ano passado, aos 83 anos, e era uma grande defensora dos filhos, o único amor incondicional que existe é dos filhos para os pais. As crianças precisam muito mais dos pais: para crescer, ser guiadas, ter proteção, ser alimentadas, receber valores e, sobretudo, ser amadas. Os filhos não precisam provar seu amor aos pais, mas se os pais amam seus filhos devem dar a eles provas desse amor, acompanhando seu crescimento, transmitindo-lhes valores, colocando limites, frustrando quando necessário, oferecendo um modelo de vida que faça sentido. Sem isso, o amor será apenas palavras.

Fonte Coluna revista Época
http://colunas.revistaepoca.globo.com/mulher7por7/2012/08/02/para-dedicar-tempo-aos-filhos-e-preciso-deixar-outras-coisas-de-lado/

Agradecimento a querida companheira de estudo Gleicy Maris Paixão Esposito

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Nó do Afeto


Em uma reunião de pais, numa escola da periferia, a diretora incentivava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-lhes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.
Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhassem fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar e entender as crianças.
Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana.
Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família.
Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.
E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.
Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado.
O nó era o meio de comunicação entre eles.
A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante.
E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
* * *
O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazer presente, de se comunicar com o filho. Aquele pai encontrou a sua, simples mas eficiente.
E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.
Por vezes nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos do principal, que é a comunicação através do sentimento.
Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.
É válido que nos preocupemos com os nossos filhos, mas é importante que eles saibam, que eles sintam isso.
Para que haja a comunicação é preciso que os filhos ouçam a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afeto os sentimentos sempre falam mais alto do que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que roubou o colo, o medo do escuro.
A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor.
Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.
E você? Já deu algum nó afetivo no lençol do seu filho hoje?
* * *
Se você é um desses pais ou dessas mães que realmente precisam se ausentar do lar para prover o sustento da família, lembre-se que você pode encontrar a sua própria maneira de garantir ao seu filho a sua presença.
Você pode encontrar um jeito de dizer a ele o quanto ele é importante na sua vida e o quanto você o ama.
Mas lembre-se da linguagem do coração. Dessa linguagem que pode ser sentida, apesar da distância física.
E procure apertar os laços do afeto, pois estes são os verdadeiros elos que nos unem aos seres que amamos.
Pense nisso, mas, pense agora!
Redação do Momento Espírita com base em texto de autoria ignorada.
Disponível no livro Momento Espírita v. 2, ed. Fep.

Em 18.10.2010


Agradecimento a querida Andrea Cinachi Torres

Educando nossos filhos...


Aquele que experimenta a ventura da maternidade ou da paternidade, que tem a alegria incontida de um filho, vindo pelos caminhos biológicos ou pelos caminhos do coração, nunca mais será o mesmo.
Não nos referimos àqueles que simplesmente possibilitam o nascimento, oferecendo seu material genético ou o corpo para o desenvolvimento do feto. Esses não são os que chamamos de pai ou de mãe.
Falamos daqueles que se envolvem até as entranhas da alma, em nome da vida daquele a quem têm a responsabilidade de criar. E não é tarefa fácil.
São as preocupações iniciais da saúde, do corpo ainda frágil se desenvolvendo, começando sua jornada na Terra. O leite materno, a comida balanceada, as vacinas, as noites insones.
Logo mais se sucedem outras preocupações. São os primeiros tombos, as mordidas e brigas na escola, as aulas, tarefas. E, rapidamente vão crescendo. E junto surgem outras e novas necessidades e preocupações.
Depressa chega a adolescência com seus desafios. As dores das primeiras desilusões sentimentais, a decisão do futuro profissional, a inserção no mercado de trabalho, a independência financeira, enfim, tantas preocupações...
Porém, no meio de tantos desafios, há que se perguntar: O que é mais importante para educar um filho?
Alguns talvez respondam que o mais importante é oferecer a ele uma excelente instrução, os melhores colégios, permitir-lhe bons desafios intelectuais.
Outros possivelmente digam ser importante mostrar-lhe as coisas da vida. Dar-lhe noção do mundo, suas armadilhas, a vida de relação, as responsabilidades.
Talvez ainda haja os que digam ser o mais importante dar-lhe noções de religiosidade, fazê-lo entender Deus, não importando como esse Deus se denomine.
Mas infundir-lhe o entendimento do Pai, da nossa relação com Ele e com nosso próximo.
É verdade que nada disso está errado. Todas essas ferramentas estão corretas, e devemos dedicar esforços para oferecê-las aos nossos filhos.
Porém, ao educá-los, haverá uma ferramenta muito mais importante e que deve acompanhar todas as outras: o amor.
Educar um filho é tarefa que, para ser bem sucedida, não dispensa a companhia do amor.
Não desse amor que se fala, mas do amor que age. Do amor paciência, do amor abnegação, do amor companheirismo, amor amizade... Indispensável.
Educar um filho somente oferecendo o que o mundo tem de melhor é instruí-lo, é dar-lhe a formação do cidadão.
Porém, se desejarmos educar nosso filho formando-lhe o caráter, alimentando-lhe a alma que está escondida além da forma física, é indispensável e insubstituível o amor.
Desta forma, procuremos amar nosso filho e externemos nosso amor de forma que ele o possa perceber.
Digamos-lhe o quanto o amamos. Olhemos nos seus olhos para buscar sua alma e entendê-lo. Compreendamos que ele também é um Espírito imortal, cheio de dificuldades e dúvidas, e que conta conosco.
Assim, ele será alimentado, não só pela excelente formação intelectual que lhe oportunizemos mas, muito melhor que isso, terá alimentado o coração, tornando-se forte para enfrentar a existência e seus desafios.
Todo aquele que se sente amado em profundidade, supera os dramas, erros e tropeços com os quais, porventura, venha a se envolver nos caminhos da vida, buscando com mais facilidade o caminho do bem e da felicidade.
Redação do Momento Espírita.
Em 08.04.2011.
Agradecimento a querida Andrea Cinachi Torres

Educar os filhos


Relacionamento entre Pai e filhos
Tornou-se frequente a procura por receitas da melhor maneira de educar os filhos, como se isso fosse possível. No relacionamento entre pais e filhos, existem muitas variáveis que devem se consideradas, tais como a idade, o nível de compreensão, o ambiente doméstico, o grau de entendimento entre pais, só para citar algumas.
comunicar-se com os filhos é uma tarefa difícil e complexa, porém, na maioria das vezes, agradável, pois permite aos pais acompanhar seu crescimento físico, intelectual e emocional. No início, a comunicação se caracteriza pela total dependência dos filhos em relação aos pais e, com o passar do tempo, esta vai dando lugar sabe a uma maior autonomia. Quem tem mais de um filho sabe o quanto um pode ser diferente do outro. Um é mais tímido, carinhoso, calado: outro mais briguento, zanga-se com facilidade; outro pode ser engraçado, criativo, etc. filhos diferentes exigem cuidados diferentes e formas diferentes de se lidar com eles, mesmo que tenham o mesmo tipo de dificuldades. Enquanto um pode pedir ajuda em tudo o que faz, comentar todo o seu dia a dia, o outro pode se trancar no quarto e não querer conversar até que tudo passar. São estilos diferentes, nem melhore, nem piores, apenas diferentes. Os pais podem e devem procurar a melhor maneira de se relacionar com cada um de seus filhos, evitando as comparações, que são sempre prejudiciais. É importante conhecer as particularidades de cada um deles, pois quanto mais sabemos como nossos filhos são, mais facilmente poderemos reconhecer mudanças significativas em seu comportamento que possam indicar algum tipo de dificuldade. E, quanto mais o filho sentir afeto e a segurança de seus pais, mais facilmente aceitará a ajuda deles.
Concluindo: colocando-se na perspectiva de seus filhos é que os pais escolherão a forma pela qual vão se comunicar com eles. De maneira geral, independentemente da fórmula adotada, é importante ser sincero, usar linguagem adequada à idade dos filhos e, principalmente, abrir caminho para que o relacionamento com os filhos seja um relacionamento de pessoa para pessoa.

Por Por Eliza Helena Ercolin 
Agradecimento a querida Andrea Cinachi Torres

domingo, 24 de junho de 2012

A Vida na Terra


O nosso planeta é uma escola, que possamos colocar em prática o que já aprendemos e assim tornar o nosso mundo mais claro e habitável, sem as nossas más tendências e reclamações que só destroem e apagam a luz da alegria de viver.
"O vento sopra onde quer e ouves o seu ruído, mas não sabes de onde vem e nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito". (Jo 3:8)
...
"VIDA FÍSICA"
Considerando a existência na Terra um conjunto de matérias professadas em determinadas cota de tempo, ver-se-á o Espírito encarnado na perfeita condição de aluno, na Universidade da Vida Eterna, assimilando valores para a obtenção de imortalidade.
Para a verificação disso, basta relacionemos alguns tópicos da jornada humana, referindo-nos tão somente à área física do Planeta, em termos de escola, como sejam:

TERRA, Instituto de ensino e aperfeiçoamento sob a direção e supervisão do Espírito Angélico de Jesus-Cristo.
PLANO FÍSICO, Departamento de provas e expiações.
FINALIDADE, Extinção da ignorância, revisão de culpas, resgate de débitos e eliminação de tendências inferiores.
MATRÍCULA, Certidão de nascimento.
CARTEIRA, O corpo.
DISTINTIVOS, Os sinais morfológicos.
PRIMEIROS MESTRES, Os pais.
CLASSE, O grupo social.
SALA DE AULA,  O lar a que pertence.
MOTIVAÇÕES, As lutas indispensáveis que variam conforme os sentimentos de pessoa a pessoa.
ENSINAMENTOS, Os deveres de cada dia.
EXERCÍCIOS, Os erros e acertos de apreciação de conduta.
COLEGAS DE TURMA, Os parentes.
COMPANHEIROS AFINS, Os amigos.
FISCAIS, Os adversários.
CURRÍCULO DAS LIÇÕES, As provas necessárias, nos múltiplos setores da experiência humana.
EXAMES, As crises de saúde e no trabalho, nas relações e nos ideais.
BANCA DE EXAME, O coração e a consciência de cada um.
SISTEMA CORRETIVO, Provações transferidas para adiante por negligência do aprendiz e, por isso mesmo, naturalmente agravadas, lembrando inspeções de segunda época...
PROMOÇÕES, Mudanças felizes, responsabilidades maiores, encargos mais altos e direitos à continuação do próprio burilamento para a conquista da felicidade imperecível, em novos estágios evolutivos, seja na Terra ou em outros mundos.
PENALIDADES PARA OS ALUNOS RELAPSOS; Repetência de todas as lições malbaratadas, em reencarnações no futuro.
DESLIGAMENTO DA ESCOLA: Desencarnação.
Emmanuel

Psicografado por Francisco Cândido Xavier - (recebida de Amélia Soares)
Agradecimento à Marilda Cassandra. 





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