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sexta-feira, 26 de julho de 2019


CONVIVÊNCIA E INTERAÇÃO FAMILIAR




Otimismo e esperança – da mesma forma que o sentimento de impotência e desespero – podem ser aprendidos, Daniel Goleman


À mesa do restaurante, Pedro, 5 anos, faz birra exigindo o celular da mãe para jogar durante o almoço.

Sentada à mesa da cozinha, Laura, 9 anos, se irrita com os pais porque quer uma resposta rápida sobre poder ou não ir à festa de aniversário de um colega de escola na terça-feira à noite Ambos, apesar de idades diferentes, têm algo em comum: vão tornar-se  adultos intolerantes, incapazes de lidar com as frustações do mundo.

Em primeiro lugar, dar celular ou um tablete em momentos fundamentais à convivência familiar – como é o caso das refeições – não é opção afetiva, mas, sim, uma atitude cômoda e, por isso, um desserviço à educação da criança. Na realidade, o celular e o tablete nessas situações têm somente a função do “cala a boca”, nada além disso. Em segundo lugar, quem sabe o que é melhor para as crianças são os adultos – cabe, então, aos pais decidir se é conveniente à criança ir ou não ir a uma festa de aniversário à noite e em dia de semana.

As crianças gostam de interagir e aprendem pelos exemplos. Melhor do que dar a elas celulares e tablets nos momentos em que a família está reunida, é muito mais adequado lhes oferecer a oportunidade de conviver de modo espontâneo, aprendendo a lidar com as emoções através dos atritos e frustrações.

Há coisas simples que os pais podem  fazer para promover a interação familiar, lembrando sempre que são os adultos que orientam a criança.

Ao dar limites ao filho pequeno, por exemplo, o pai ou a mãe necessita agir com firmeza. Pois só dessa maneira a criança se sentirá segura com a decisão do adulto.

Em casa, é importante determinar tarefas para as crianças, respeitando sempre a idade e a maturidade delas. Além disso, essa prática acaba por estimular cooperação, responsabilidade e independência.

De outro lado, viver em família supõe os pais estabelecerem regras claras e cumprirem suas promessas.

Ainda, os pais podem fazer combinados e já com os filhos pequenos. Antes de sair de casa para um passeio, por exemplo, é conveniente os pais recordarem os acordos familiares: nada de birra, nada de pedir para comprar alguma coisa...

Educar tem a ver com atenção  e presença. Por isso, os pais precisam estar disponíveis fisicamente para os filhos e ser sensíveis às suas necessidades. Os pais têm que estar em corpo e alma com eles...

Notinha
Para os pais que trabalham, é importante evitar a atitude do consumo, Não é instrutivo compensar o tempo longe das crianças dando a elas presentes.
Ganhar presente só faz sentido em datas especiais.


Eugenia Pickina
Extraído da revista online O Consolador  Ano 13 – N 628 – 21 de julho de 2019


DESENCARNE DE CRIANÇAS




PERGUNTA DA SEÇÃO CARTAS DA REVITA ON LINE O CONSOLADOR
Ano 13 - N° 628 - 21 de Julho de 2019
Domingo, 14 de julho de 2019 às 08:19:23
Olá, amigos. Já li em algumas respostas ao leitor no site sobre desencarne de crianças. Mas pouco se tem de material acerca de desencarne de bebês, recém-nascidos. Certo que em se tratando de espíritos esclarecidos recobrariam de imediato sua consciência plena e sua forma espiritual adulta. Mas se for um espírito ainda sem muita lucidez, ele se manteria na forma de bebê no plano espiritual? Como se daria seu desenvolvimento? Há equipes e lugares destinados especificamente para isso?
Obrigado. Parabéns pelo trabalho.
Romulo

Resposta do Editor
:
Como regra geral, tal qual acontece com o Espírito de uma pessoa adulta, o Espírito da criança morta em tenra idade volta ao mundo dos Espíritos e assume sua condição precedente, retornando mais tarde a uma nova existência, que ocorrerá na época que for julgada mais conveniente ao seu progresso, não havendo, quanto a isso, um prazo definido. Há, no entanto, exceções a essa regra, conforme já explicamos em inúmeras oportunidades nesta revista, ou seja, nem sempre o Espírito da criança desencarnada retoma de imediato sua personalidade de adulto.

No livro Entre a Terra e o Céu, psicografado por Chico Xavier, André Luiz refere-se ao assunto. No cap. X desse livro, a entidade espiritual designada pelo nome de irmã Blandina explica que, quando o Espírito já alcançou elevada classe evolutiva, assumindo o comando mental de si mesmo, adquire o poder de facilmente desprender-se das imposições da forma, superando as dificuldades da desencarnação prematura. Diz ela que muitos renascem na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o objetivo de acordar corações queridos para a aquisição de valores morais, recobrando, logo após a desencarnação, a apresentação que lhes é costumeira. E ela acrescenta: “Para a grande maioria das crianças desencarnadas o caminho não é, contudo, o mesmo. Almas ainda encarceradas no automatismo inconsciente, acham-se relativamente longe do autogoverno e são conduzidas pela Natureza, à maneira das criancinhas no colo materno. Não sabendo desatar os laços que as aprisionam aos rígidos princípios que orientam o mundo das formas, exigem tempo para se renovarem no justo desenvolvimento. É por isso que não podemos prescindir dos períodos de recuperação para quem se afasta do corpo denso, na fase infantil, uma vez que, depois do conflito biológico da reencarnação ou da desencarnação, para quantos se acham nos primeiros degraus da conquista de poder mental, o tempo deve funcionar como elemento indispensável de restauração. E a variação desse tempo dependerá da aplicação pessoal do aprendiz à aquisição de luz interior, através do próprio aprimoramento moral”. (Obra citada, cap. X, pp. 64 e 65.)

Há escolas e estabelecimentos apropriados no plano espiritual para acolher e educar tais Espíritos, conforme relatam autores diversos, fato a que nos referimos na seção O Espiritismo responde das edições 112, 262, 297, 449 e 530. Essas edições estão disponíveis e podem ser facilmente acessadas a partir do link Edições Anteriores, que aparece bem visível em todas as edições desta revista.





“Evangelizar bebês é educar o Espírito desde a mais tenra idade”


A educadora goiana Cíntia Vieira Soares fala sobre a origem e o objetivo de sua proposta de evangelização de bebês
 
 



Por que a proposta Evangelizando Bebês? 
Considerando que evangelizar é alcançar os corações com o conhecimento espírita e com a moral do Cristo, evangelizar bebês é educar o Espírito desde a mais tenra idade, levando-o a sentir as vibrações amorosas de Jesus e a proteção de Deus. Além de vivenciar atividades doutrinárias e cristãs de estimulação, visando ao seu desenvolvimento harmônico, o bebê é também incentivado a perceber os laços de carinho e amor que o unem à mamãe, ao papai e seus familiares, em ambiente espiritualmente saturado de boas vibrações.
    
Como surgiu a ideia? 
A ideia de evangelizar bebês surgiu a partir da necessidade de se atender crianças menores de 2 anos, que até então não tinham a oportunidade de participar das atividades de evangelização em nossa casa espírita. Os pais queriam que os bebês ficassem nas salas com os irmãozinhos, mas não tínhamos nenhuma condição de receber crianças com faixa etária tão específica... Como eu já trabalhava com musicalização de bebês, a inspiração que me veio foi utilizar a mesma metodologia que eu dominava profissionalmente, a partir de um programa estruturado com conteúdos sobre Deus e os ensinamentos de Jesus.   
Como tem sido a experiência das oficinas? 
Maravilhosa. A proposta é compartilhar ideias e práticas sobre o tema “Evangelização de Bebês”. Como o trabalho é em algumas regiões desconhecido, realizamos a rotina de uma aula com algumas atividades fundamentais, com os próprios bebês da região e seus pais. A oficina é estruturada em dois momentos: o primeiro, com a demonstração de uma aula de evangelização para bebês, e o segundo, com a fundamentação pedagógica e doutrinária, a partir das dúvidas e perguntas dos evangelizadores participantes. 
Conte-nos algo marcante. 
O aspecto mais distinto desse trabalho é a possibilidade de participação dos pais junto aos bebês. A presença ativa da mamãe e do papai nas atividades de evangelização do bebê é fonte básica de segurança e bem-estar, facilitando desde a sua adaptação até a sua completa integração ao ambiente educativo espiritual. Não podemos esquecer que os pais são acima de tudo corresponsáveis pelo processo de evangelização de seu filho. Assim, a evangelização propicia conteúdo evangélico-doutrinário tanto para o bebê quanto para os pais, além de criar e fortalecer os vínculos da família com a Casa Espírita.    
Como é apresentado o trabalho? 
Fazemos uma palestra sobre o tema “A Arte de Servir e Educar” e, também, uma oficina para evangelizadores, com os bebês da região e seus pais. Os evangelizadores terão a noção de como a evangelização de bebês se processa na prática. Assim, além de incentivar ao estudo mais aprofundado do assunto, esperamos estimular a estruturação de atividades para essa faixa etária em mais casas espíritas e também contribuir com os trabalhos de evangelização já existentes.  

 
 Cíntia Vieira Soares, diretora da Escola Música e Bebê em Goiânia-GO, onde reside, possui graduação em Música pela Universidade Federal de Goiás e é mestre em Educação pela mesma instituição e conhecida nacionalmente por seu livro de conteúdo exclusivo na área: Evangelizando Bebês, publicado pela Lefee.

Atuante no Movimento Espírita Goiano desde muito jovem, sua dedicação sempre foi na área da evangelização da infância. Atualmente é Diretora Pedagógico-Doutrinária do Lar Espírita Francisca de Lima, evangelizadora da Infância no Posto de Auxílio Espírita e coordenadora do Setor de Infância da Federação Espírita do Estado de Goiás.
 
Nota do entrevistador: 
Cíntia apresentou a oficina Evangelizando Bebês na 3ª edição do Encontro Cairbar Schutel, realizado em Araraquara-SP no mês de setembro de 2013.
A oficina está disponível no site do Instituto Cairbar Schutel no seguinte endereço:



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