História Reflexiva
A Parábola das Sementes e os Corações
Era uma sexta-feira, logo depois da aula. O sinal do recreio tocou e os alunos correram para o pátio. Quatro amigos — Pedro, Ana, Júlia e Rafael — se sentaram juntos debaixo da árvore onde sempre ficavam
Eles estudavam na mesma escola e participavam da evangelização espírita toda semana. Lá, aprendiam sobre Jesus, ouviam histórias bonitas e conversavam sobre o amor ao próximo, o perdão, a paciência, a humildade e a fé.
Enquanto comiam seus lanches, Pedro puxou um assunto:
— Vocês lembram da história que a tia contou na última evangelização? Aquela do semeador?
Júlia fez uma careta:
— Aquela das sementes? Achei meio confusa… Era só sobre plantar?
Pedro sorriu:
— Não era só sobre plantar. Jesus contava essas histórias, chamadas parábolas, para ensinar lições importantes. A semente representa os ensinamentos de Jesus. E o solo... é o nosso coração.
Rafael lembrou animado:
— Ah, é! Jesus disse: um semeador saiu para semear no campo. Ele jogou as sementes para todos os lados.
Algumas sementes caíram na estrada, onde os passarinhos estavam passeando. Os passarinhos comeram as sementes e não sobrou nada.
Outras sementes caíram em lugares com pedras. As sementes brotaram, mas logo morreram, porque não tinham terra suficiente para crescer.
Outras sementes caíram nos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as sementes.
Mas algumas sementes caíram em terra boa. A terra era macia e cheia de nutrientes. E sabe o que aconteceu? As sementes brotaram, cresceram e deram muitas flores bonitas!
Pedro completou:
— E a tia explicou que nós somos como esses tipos de solo. Cada pessoa recebe os ensinamentos de um jeito diferente.
Os amigos ficaram pensativos. Era estranho imaginar que os seus corações podiam ser parecidos com os solos da parábola...
Ana ficou meio quieta e falou baixinho:
— Às vezes, durante a evangelização, eu fico pensando em brincar ou conversar... Quando saio, nem lembro o que foi falado. Talvez eu seja como aquele solo da beira do caminho. As sementes chegam, mas nem entram...
Pedro falou com carinho:
— A tia disse que os passarinhos que comem as sementes do caminho representam as distrações. Se a gente não presta atenção, a sementinha do ensinamento vai embora rapidinho, sem tempo de crescer.
Ana suspirou:
— Preciso prestar mais atenção...
Rafael disse:
— Eu adoro as histórias de Jesus. Saio animado, querendo fazer o bem. Mas, quando alguém me irrita ou alguma coisa dá errado... eu desisto. Acho que sou o solo com pedrinhas. A semente até cresce um pouquinho, mas logo morre.
Pedro explicou:
— Isso acontece quando a gente não deixa os ensinamentos criarem raízes no coração. As sementes que caem nas pedras até brotam, mas como não têm terra suficiente, o sol quente queima e elas morrem. O sol forte representa as dificuldades da vida. Se a gente não tiver paciência e fé, acaba desistindo
de fazer o bem.
Rafael pensou:
— Então falta força de vontade em mim... Mas eu posso melhorar, né?
— Claro que pode! — respondeu Pedro, sorrindo.
Júlia também começou a pensar em como se sentia. Às vezes ela guardava mágoas, sentia ciúmes e queria ser melhor do que os outros.
— Eu escuto tudo na evangelização... Mas meu coração ainda tem espinhos. Mágoas, orgulho, ciúmes... — disse ela, um pouco envergonhada.
Pedro respondeu com carinho:
— A gente pode arrancar esses espinhos aos poucos. Quando a gente perdoa, quando entende o outro, quando escolhe fazer o bem, vai limpando o nosso coração. Jesus ajuda, mas a gente também precisa querer mudar.
Júlia sorriu de leve:
— Eu quero aprender a tirar esses espinhos...
Pedro ficou pensativo e disse:
— Eu também erro. Mas tento cuidar do meu coração. Quando escuto algo bonito e verdadeiro, guardo no pensamento e no coração. E, quando erro, peço desculpas e tento de novo.
Os amigos sorriram. Eles entenderam que não é preciso ser perfeito. O mais importante é querer melhorar. Regar a semente. Tirar as pedras. Cortar os espinhos. Cuidar da terra do coração.
Então fizeram um combinado entre eles:
Ana prometeu prestar mais atenção durante a evangelização.
Rafael decidiu praticar a paciência quando as coisas não saírem como ele quer.
Júlia começou a escrever num caderninho o que sentia, para entender melhor suas emoções.
Pedro se comprometeu a ser mais gentil com os colegas da escola.
O sinal do fim do recreio tocou. Mas, dentro deles, algo novo começava a crescer.
Pedro se levantou e disse:
— Jesus continua semeando todos os dias. Nas histórias que ouvimos, nas nossas escolhas, nos gestos de amor.
Ele olhou para os amigos e perguntou:
— E o nosso solo, como está hoje?
Os quatro se entreolharam e, com um sorriso, disseram juntos:
— Vamos cuidar da nossa terra!
E, debaixo da árvore de sempre, decidiram que, a cada dia, iam se esforçar para serem melhores.
Escolinha Espírita
Fonte Criado no chatgpt inspirado na parábola de Jesus: O Semeador.
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