Segundo diversos psicólogos, a resposta é sim, e
o percentual dos casos apurados em todo o mundo revela que o fato é mais
comum do que se pensa, ou seja, não é uma ou outra criança que diz conversar
com amigos que ninguém vê. O seu número seria muito grande.
A questão que se impõe é, portanto, outra:
A vidência mediúnica, que Allan Kardec estudou em
minúcias nos itens 100 e 190 de O Livro dos Médiuns, é assunto
pacífico no campo da fenomenologia espírita.
Essa faculdade, que depende da organização física
do médium, permite a este ver os Espíritos em estado de vigília, ou seja,
estando o sensitivo perfeitamente acordado. Como os fenômenos mediúnicos não
ocorrem a revelia das autoridades espirituais superiores, é claro que há
Espíritos que se deixam ver e há outros que não são vistos, o que não
significa que estejamos sós, porquanto os desencarnados habitualmente nos
rodeiam.
A
propósito de um estudo feito pelo Dr. H. Bouley sobre a evolução da raiva nos
cães, que experimentam nas intermitências dos acessos uma espécie de delírio,
Kardec examinou o fenômeno das visões de seres desencarnados que ocorre com
as criancinhas e com certos animais, sobretudo o cão e o cavalo, concluindo
que, no tocante às crianças, a vidência mediúnica parece ser frequente e mesmo
geral. (Leia sobre o assunto a Revista Espírita de 1865, pp. 260 a 264.)
A existência da mediunidade de vidência, informam
os Espíritos, foi a primeira de todas as faculdades dadas ao homem para se
corresponder com o mundo invisível. Em todos os tempos e em todos os povos,
as crenças religiosas se estabeleceram sobre revelações de visionários ou
médiuns videntes. A Revista Espírita de 1866, págs. 120 a 123, trata do
assunto.
Um fato
de vidência numa criança de quatro anos, verificado em Caen, levou Kardec a
reconhecer que a mediunidade de vidência não apenas parecia mas era,
efetivamente, muito comum nas crianças, e isso, segundo o Codificador, não
deixava de ser providencial.
“Ao sair da vida espiritual, explicou Kardec, os
guias da criança acabam de a conduzir ao porto de desembarque para o mundo
terreno, como vêm buscá-la em seu retorno. A elas se mostram nos primeiros
tempos, para que não haja transição muito brusca; depois se apagam pouco a
pouco, à medida que a criança cresce e pode agir em virtude de seu livre
arbítrio.” (Cf. Revista Espírita de 1866, pp. 286 e 287.)
Ninguém,
pois, se assuste quando vir que seu filho anda a conversar com “amigos” que
ele diz ver e que, no entanto, não vemos.
Até os
sete anos de idade, o Espírito da criança encontra-se em fase de adaptação
para a nova existência e ainda não existe uma integração perfeita entre ele e
a matéria orgânica, fato que lhe permite emancipar-se e, eventualmente, ver
vultos desencarnados que lhe fazem companhia, o que nos permite deduzir que
os amigos imaginários das nossas crianças só o são na aparência. Eles não são
imaginários, mas tão-somente invisíveis.
Extraído da Revista O Consolador ano 2 numero 62
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terça-feira, 13 de agosto de 2019
AS CRIANÇAS E SEUS AMIGOS INVISÍVEIS
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