terça-feira, 13 de agosto de 2019

Pequeno Espírita - ALLAN KARDEC

Que sempre, desde muito... muito tempo atrás algumas pessoas veem espírito?, isso não é de agora não!

Veja a historia do Espiritismo para você entender melhor.




História do Espiritismo


Por toda a história da Humanidade, sempre existiram pessoas capazes de perceber a presença dos espíritos, as suas mensagens e suas influências no mundo material. Mas as pessoas não conheciam muito sobre esse assunto e ficavam com medo de qualquer coisa relacionada a espíritos.


Se alguma criança falasse que estava vendo um espírito, por exemplo, ninguém sabia direito o que fazer. Às vezes acreditavam, mas ficavam apavorados. Levavam a criança para alguém que soubesse rezar para tentar afastar o espírito. Outras vezes, não acreditavam e brigavam com a criança dizendo para ela não inventar histórias.


Um dia, lá em Paris, na França, um professor muito inteligente e estudioso foi convidado por um amigo a frequentar reuniões nas quais havia manifestações de espíritos. Durante as reuniões, alguns objetos se mexiam e eles podiam conversar com os espíritos e fazer-lhes perguntas.



Esse professor era Allan Kardec. Ele não ficou com medo dos espíritos, pelo contrário. Ficou muito interessado e quis saber cada vez mais sobre tudo o que se passava naquelas reuniões e o que os espíritos tinham a dizer.



Allan Kardec chamou as pessoas que percebiam os espíritos de médiuns, que quer dizer intermediários. Os médiuns que viam espíritos foram chamados de videntes. Os que ouviam eram os audientes. Outros escreviam mensagens e foram chamados de médiuns de psicografia. Havia ainda os que falavam, como se fosse o espírito que estivesse falando, e foram chamados de médiuns de psicofonia. E assim por diante.


Os espíritos disseram a Allan Kardec que eles eram os homens e mulheres que viveram aqui na Terra e que, depois que seus corpos morreram, foram para o mundo espiritual.


Allan Kardec conversou com eles muitas vezes e perguntou sobre vários assuntos. Ficou sabendo que existe a reencarnação, que é a possibilidade de os espíritos nascerem de novo em outro corpo, e que Jesus foi o espírito mais evoluído que já nasceu na Terra. Ele também soube que Deus existe, é bom, justo e fez as leis morais que a gente deve seguir. Ele entendeu também que todos os espíritos são criados por Deus para evoluírem e serem felizes, e quem é mau é porque ainda não evoluiu.


Allan Kardec aprendeu muitas e muitas coisas. Era tanta coisa, que ele organizou, classificou e publicou os ensinamentos em livros. Assim surgiu a Doutrina Espírita ou Espiritismo, que é uma religião, pois nos ensina coisas boas que nos aproximam de Deus. É também uma ciência, pois estuda os fenômenos ligados aos espíritos e à mediunidade. E é ainda uma filosofia, pois trata dos mistérios da vida e da morte.


O Espiritismo não nasceu, portanto, da vontade de Kardec de fundar uma religião, mas sim da sua vontade de conhecer a verdade.


Allan Kardec não foi o inventor o Espiritismo, pois o conhecimento veio dos espíritos e não dele. Ele é chamado de codificador do Espiritismo e é muito reconhecido pelo trabalho que realizou, pois não foi nada fácil. Em verdade, ele enfrentou muitas dificuldades para realizar seu trabalho.


Primeiro, ele teve que contar com a colaboração dos médiuns e identificar quais eram os que transmitiam as mensagens dos espíritos corretamente. Alguns médiuns misturavam as ideias dos espíritos com as deles mesmos, como é comum acontecer com médiuns que ainda não têm muito treinamento.


Além disso, mesmo o médium sendo bom, ainda havia a possibilidade de a mensagem ser de um espírito enganador, que falava coisas erradas só para se divertir e atrapalhar os estudos de Kardec. Muitas vezes, esses espíritos assinavam o nome de outros espíritos que eram bons e sábios para se passarem por eles. Mas Kardec aprendeu a reconhecer os que não eram bons, pela linguagem e o jeito de falar deles.


Kardec era muito esperto. Ele fazia uma pergunta e anotava a resposta. Depois, em outro dia, fazia a mesma pergunta, só que com outras palavras. Isso para ver se o espírito dava a mesma resposta. Ele também fazia aquela mesma pergunta, de novo, para outros espíritos, por meio de outros médiuns. Então ele comparava as respostas para ver se eram parecidas e se faziam sentido com outros ensinamentos.


Aos poucos, Kardec foi conhecendo vários médiuns. Muitas pessoas se interessaram em colaborar com seus estudos. Surgiram cerca de mil grupos ou centros espíritas, espalhados em diversos países. Allan Kardec enviava suas perguntas para eles e depois comparava as respostas com as vindas de outros lugares. Só assim ele podia garantir que as respostas fossem confiáveis e os ensinamentos verdadeiros.


Tanto Allan Kardec como os médiuns, e até os espíritos que enviaram as mensagens, já haviam sido preparados no mundo espiritual para essa grande e importante missão que foi dada a eles pelo nosso querido mestre Jesus.


Graças a essa maravilhosa equipe, temos hoje a Doutrina Espírita, que nos ilumina a mente e o coração e nos ajuda a evoluir e ser cada vez mais felizes.

Por Marcela Prada


Extraído da revista O consolador 593 ano 12


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