segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Recadinhos aos pais

Recadinhos aos pais - Esse espaço foi criado com o desejo de auxiliar e incentivar a construção de uma vida moral sadia a essa geração do terceiro milênio.O conhecimento leva a compreensão.Todos os ensinamentos dado na infância permanecerão adormecidos na adolescência.  A própria vida se encarrega em despertá-los.Por isso, "pais não deixem de se esforçar em ensinar e exemplificar, assim terão paz no amanhã e não temerão as leis divinas".

Com Carinho
Elaine Saes


 "QUAL É PARA O ESPÍRITO, A UTILIDADE DE PASSAR PELA INFÂNCIA? (L.E. Q.383)
Encarnado-se com o fim de se aperfeiçoar, o Espírito é mais acessível, durante esse tempo, às impressões que recebe e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir os que estão encarregados da sua educação."

PODE A PATERNIDADE SER CONSIDERADA UMA MISSÃO? (L.E. Q 582)
É, sem dúvida, uma missão, e é ao mesmo tempo um dever muito grande que obriga, mais que o homem pensa, sua responsabilidade diante do futuro. Deus colocou a criança sob a tutela de seus pais para que esses a dirijam no caminho do bem, e facilitou a tarefa, dando à criança um organismo frágil delicado que a torna acessível a todas as influências...

É imprescindível que os pais eduquem os seus filhos, fazendo com que adquiram, desde pequeninos, hábitos salutares e virtuosos. Diz o ditado: "Mostra a teu filho o bom caminho que o seguirá também velhinho". Nada mais certo. Durante a infância, o espírito é maleável e recebe muito mais facilmente os ensinos que se lhe ministram e também é muito mais sensível aos exemplos que recebe. Eliseu Rigonatti.
Essa maleabilidade do espírito e essa sensibilidade que o  tornam  mais apto a receber novos ensinamentos, prendem-se ao fato de que "até os sete anos , o espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência que lhe compete no m undo. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornando-se mais susceptível de  renovar o caráter, e estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar".
 ( Emmanuel - O Consolador, )

Gratis

PPS
A educação no lar é a base da felicidade de nossos filhos.Dê toda a sua atenção para a formação do caratér de seus filhos, sobretudo por meio dos exemplos de sua própria vida....Viva de tal forma, que seu filho possa orgulhar-se de você, vendo em seu exemplo, o modelo que ele deve seguir, para ser um homem de bem. 
Carlos Torres Pastorino - Minutos de Sabedoria

Estudo do livro PEDAGOGIA ESPÍRITA - José Herculano Pires


Estudo do livro PEDAGOGIA ESPÍRITA - José Herculano Pires

O MISTÉRIO DO SER

A educação depende do conhecimento menor ou maior que o educador possua de si mesmo. Conhecer-se a si mesmo é o primeiro passo do conhecimento do ser humano. Como as diferenças temperamentais, culturais, raciais, de tipologia psicológica, de nacionalidade, cor ou tamanho são apenas acidentais a educação é universal e seus objetivos são os mesmos em todas as épocas e em todas as latitudes da Terra. (pag 1)
 ***
Essa padronização, que deveria simplificar a educação, na verdade a complica, porque existem as diferenciações individuais e grupais por baixo do aspecto padronizador. Cada indivíduo é único, diferente dos demais, mesmo nos grupos afins. O mistério do ser, que aturde os educadores, chama-se personalidade. (pag 1)

***
Educar é decifrar o enigma do ser em geral e de cada ser em particular, de cada educando. René Hubert, pedagogo francês contemporâneo, define a educação como um ato de amor, pelo qual uma consciência formada procura elevar ao seu nível uma consciência em formação. Nesse sentido, o verdadeiro educador é o que pratica a Religião verdadeira do amor ao próximo. O ato de educar é essencialmente religioso. Não é apenas um ato de amor individual, do mestre para o discípulo, mas também um ato de integração e salvação.
A Educação não procura integrar o ser em desenvolvimento numa dada situação social ou cultural, mas na condição humana, salvando-o dos condicionamentos animais da espécie, elevando-o ao plano superior do espírito. (pag 1 e 2)

Extraído do livro Pedagogia espírita - J. Herculano Pires
http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html

domingo, 4 de fevereiro de 2018



Evangelização da criança: razões e finalidades

 


Astolfo Olegário de Oliveira Filho
De Londrina

I


É conhecida a posição de Kardec, o Codificador do Espiritismo, com relação ao ensino moral contido no Evangelho: "Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças. Porque nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte provocadas pelos dogmas. Se o discutissem, as seitas te­riam, aliás, encontrado nele a sua própria condenação, porque a maio­ria delas se apegou mais à parte mística do que à parte moral, que exige a reforma de cada um. Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pú­blica, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigo­rosa justiça. É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da fe­licidade a conquistar, uma ponta do véu erguida sobre a vida futura" (O Evangelho segundo o Espiritismo, Introdução, item I).
Aí está, pois, a resposta à pergunta que dá título a este artigo. Evangelizar uma pessoa é ensinar-lhe o caminho que leva à paz, à harmonia e à felicidade possível no mundo em que vivemos. Mas... se é isto que nos ensina o Espiritismo, quando tal tarefa deve começar? A resposta a esta dúvida é também por demais conhecida:  na infância, esse período da existência corpórea assim conceituado por Emmanuel: "A juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para uma longa viagem. A velhice será a chegada ao porto. A infância é a preparação".

Os Espíritos Superiores nos ensinam que, encarnando-se com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante a infância, “é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo". (O Livro dos Espíritos, item 383.) Mais adiante, aduzem eles que "as crianças são os seres que Deus manda a novas existências. Para que não lhes possam imputar excessiva seriedade, dá-lhes todos os aspectos da inocência. Julgando os seus filhos bons e dóceis, os pais lhes dedicam toda a afeição e os cercam dos mais minuciosos cuidados. A delicadeza da idade infantil os torna brandos, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devem fazê-los progredir. É na fase infantil que se lhes pode reformar o caráter e reprimir as suas más tendências. Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual terão de responder" (L.E., item 385). 

Reportando-se ao assunto, Emmanuel adverte: "O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos. Até os sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência. Ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isto, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho. Passada a época infantil, atingida a maioridade, só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a concepção das criaturas, porquanto a alma encarnada terá retomado o seu patrimônio nocivo do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a luz interior dos sagrados princípios educativos" ("O Consolador", pergunta 109). A razão é simples: é que, atingida a maioridade, o Espírito revela seu caráter real e individual, "retoma a sua natureza e se mostra qual era".

II

O lar será sempre, de acordo com o Espiritismo, a melhor escola para a preparação das almas encarnadas, como Santo Agostinho assevera no cap. 14, item 9, de "O Evangelho segundo o Espiritismo": "Oh! espiritistas, percebei o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele se encarna vem do espaço para progredir. Cumpri com os vossos deveres e empregai o vosso amor em aproximar essa alma de Deus. Essa a missão que vos foi conferida e da qual recebereis a recompensa, se a cumprirdes fielmente", antecipando o que Emmanuel ensinaria mais tarde: "As noções religiosas, com a exemplificação dos mais altos deveres da vida, constituem a base de toda educação, no sagrado instituto da família" ("O Consolador", pergunta 108). 

Enfatizando a importância da preparação dos nossos filhos desde a primeira idade, Kardec escreveu: "É notável verificar que as crianças educadas nos princípios espíritas adquirem uma capacidade de raciocinar precoce que as torna infinitamente mais fáceis de serem conduzidas. Nós as vimos em grande número, de todas as idades e dos dois sexos, nas mais diversas famílias onde fomos recebidos e pudemos fazer essa observação pessoalmente. Isso não as priva da natural alegria, nem da jovialidade. Todavia, não existe nelas essa turbulência, essa teimosia, esses caprichos que tornam tantas outras insuportáveis. Pelo contrário, revelam um fundo de docilidade, de ternura e respeito filiais que as leva a obedecer sem esforço e as torna responsáveis nos estudos" ("Viagem Espírita em 1862", pág. 30).

O assunto foi tratado magistralmente pelo professor Humberto Mariotti em artigo publicado na Revista Educação Espírita, a respeito da Teoria Aparencial da Criança, um tema que Kardec já havia examinado na obra fundamental do Espiritismo ao ensinar que a criança aparece no mundo envergando a roupagem da inocência

A Teoria Aparencial da Criança mostra-nos que precisamos enfrentar a questão da educação dessas criaturas inocentes com maior realismo, porque, se elas são inocentes apenas na aparência e escondem sua realidade íntima nas formas físicas em desenvolvimento, manda a boa lógica que as tratemos com mais desembaraço. Partindo do fato aparencial, temos de encarar o desenvolvimento infantil como um processo psicológico de afloramento, não só de disposições culturais, mas também de conteúdos. Por trás da tábula rasa, da mente desprovida de qualquer conhecimento – uma idéia que nos veio do empirismo inglês – sabemos que existem as profundezas da memória espiritual, da consciência subliminar de que tratou Frederic Myers. Humberto Mariotti deixou isso bem claro em seu artigo. “Por trás de cada criança – escreveu ele – está o Ser com todos os seus graus de evolução palingenésica, pois para a Educação Espírita a infância é apenas uma etapa fugaz e cambiante e não uma condição permanente, espiritualmente considerada.”

III

 

De acordo com Frederic Myers, mais válida hoje do que em sua época, temos a mente supraliminar e a mente subliminar. Essa divisão corresponde aos conceitos de consciente e inconsciente da Psicanálise. Essa mente que se revela como algo mais profundo que a mente de relação é a que podemos chamar mente de profundidade. Suas categorias são muito mais numerosas e mais ricas do que as da mente de relação.

 
Nossa mente de relação, que estabelece nossa relação com o mundo e com os outros, repousa sobre uma espécie de patamar, abaixo do qual se encontra a nossa mente de profundidade. Foi por isso que Myers chamou a mente de relação de consciência supraliminar e a mente de profundidade de consciência subliminar. A primeira está sobre o limiar da consciência, a segunda está abaixo desse limiar. Quando sentimos um impulso inconsciente ou temos um pressentimento, houve uma invasão, segundo Myers, da mente de relação pelas correntes psíquicas do pensamento e da emoção da mente de profundidade. Há uma relação constante entre as duas formas mentais, que aumenta na proporção em que se desenvolve o ser. 

A educação espírita, propõe-nos Herculano Pires, não pode limitar-se à mente de relação, que só representa um momento do ser. Sabemos, graças à reencarnação, que o desenvolvimento do ser não é contínuo, mas descontínuo. Em cada existência terrena o ser desenvolve certas potencialidades, mas a lei de inércia o retém numa posição determinada pelos limites da própria cultura em que se desenvolveu. Com a morte corporal ele volta ao mundo espiritual e tem uma nova existência nesse mundo, onde suas percepções se ampliam permitindo-lhe compreender que a sua perfectibilidade não tem limites. Voltando a nova encarnação, ele pode reencetar com mais eficiência o desenvolvimento de sua perfectibilidade, mas, se não receber na vida terrena os estímulos necessários, poderá sentir-se novamente preso à condição da vida anterior na Terra, estacionando numa repetição de estágio. É isso o que se chama círculo vicioso da reencarnação. A evangelização da criatura humana desde o berço tem por função evitar que ela venha a cair nesse círculo. 

Dois exemplos bastam para ilustrar a tese acima expendida.
Jane Martins Vilela, na edição d’ O Imortal de setembro, reporta-se à manifestação de um Espírito que na sessão mediúnica declarou o seguinte: “Eu vim buscar ajuda, mas eu acho que não mereço”. “Errei demais, fiz maldade demais. Estive num navio negreiro, onde mantinha a ordem no local. Usava um chicote com pontas de chumbo e o descarregava sobre os negros. Eu achava que aquilo era o certo. Nem os considerava gente. Castigava demais, abusei no poder. Desencarnei e percebi meu erro. Depois reencarnei num subúrbio do Rio de Janeiro, esqueci minha vontade de melhorar. Tornei-me um marginal dos piores. Matei, incitei pessoas ao uso de drogas. Fui preso e fiquei muito tempo no presídio, até que morri baleado lá. Estive muito tempo sofrendo, até que vi a luz que me direcionou para esta Casa. Eu sei que errei, fracassei nessas existências. Agora eu estou com medo de reencarnar, porque aqui no mundo espiritual vejo que tenho que melhorar, mas é só eu ganhar um corpo de carne, reencarnar, e vou errar tudo outra vez.”

Ao ser orientado pelo doutrinador, o Espírito perguntou-lhe: “Por que não tive acesso a essas informações tão belas que você me traz?” “Nunca ninguém, enquanto vivi, me falou assim. Eu só ouvia que tinha que me vingar e fazer com os outros o que fizeram comigo. E me ensinaram a usar arma desde cedo.”

IV

André Luiz, no livro Ação e Reação, cap. 16, pp. 213 e seguintes, relata o caso Adelino Correia, o médium devotado ao bem que, no entanto, de­notava a condição de trabalhador em experiências difíceis. Adelino apresentava longa faixa de eczema na pele à mostra. Certa porção da cabeça, os ouvidos e muitos pontos da face exibiam placas verme­lhas, sobre as quais se formavam diminutas vesículas de sangue, ao passo que as demais regiões da epiderme surgiam gretadas, evidenciando uma afecção cutânea largamente cronicificada. Além disso, acanhado e tristonho, Adelino indicava tormentos ocultos a lhe dominarem a mente, embora seus olhos, maravilhosamente lúcidos, evidenciassem a marca da humildade. 

Adelino fora, no passado, Martim, que matara o próprio pai e agora expiava em dura provação o crime cometido. O pai e ele eram companheiros inseparáveis nos jogos, nos estudos, no serviço e na caça, até que, quando contavam, respectivamente, 43 e 21 anos de idade, o genitor resolveu casar-se com uma jovem de grande me­trópole, Maria Emília, na época com 20 anos. Martim, amado pelo pai e atraído pela jovem madrasta, passou a experimentar torturantes conflitos sentimen­tais. Ele, que até então se julgava o melhor amigo do pai, passou a detestá-lo, não lhe tolerando a posse sobre a mulher que desejava. Foi por isso que, auxiliado por dois capatazes de sua confiança e com aprovação da madrasta, ad­ministrou uma poção entorpecente no pai, que estava acamado naquele dia, provocando em seguida um incêndio no qual sua vítima indefesa veio a falecer. Morto o pai, Martim apode­rou-se-lhe dos haveres e tentou a felicidade junto com Maria Emí­lia, mas o genitor desencarnado, a inflamar-se em cólera, envolveu-o em nu­vens de fluidos inflamados, contra os quais o infeliz não possuía de­fesa... 

Arrependido e devotado, na esfera espiritual, aos serviços mais duros, Martim conquistara com o tempo apreciáveis lauréis que lhe permitiram voltar à esfera humana para iniciar o pa­gamento da larga dívida em que se onerou. Atirado a imensas dificulda­des materiais, desde cedo cresceu órfão de pai, mas, custodiado por ben­feitores da colônia, foi con­duzido a uma casa espírita, ainda muito jo­vem, onde a leitura dos princípios espíritas constituiu para ele re­cordações naturais dos en­sinamentos assimilados na colônia espiritual de onde viera.

Tanto num caso, o do Espírito fracassado e temeroso de novos tentames reencarnatórios, quanto na história de Adelino, observa-se a importância dos estímulos a que se refere Herculano Pires para que a vida de relação seja enriquecida pelos princípios apreendidos no passado e enfatizados por ocasião da chamada programação reencarnatória. No primeiro caso, o do sofredor citado por Jane, não se registrou estímulo algum de ordem superior. Mas no caso de Adelino, sim, e isso foi fundamental para a recuperação do criminoso arrependido.

extraído http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html

Pequeno Espírita Sabe por que renascemos aqui na Terra?




Deus nos dá a existência para que possamos progredir no conhecimento e no sentimento, isto é, aprendendo e melhorando.

Conhecimento porque precisamos desenvolver a inteligência, adquirindo informações e aprendendo cada vez mais, sobre nós mesmos, sobre as outras pessoas e o mundo que nos cerca. Esse aprendizado se faz não apenas com os ensinamentos que recebemos na escola, mas também através de livros, de filmes, de programas de televisão, de viagens e muito mais. É o mais fácil de adquirir, porque nos atinge de fora para dentro.

Precisamos também desenvolver os sentimentos, nos tornando pessoas melhores através da prática do amor, do perdão, do respeito ao próximo, da paciência e de tantas outras qualidades.

O progresso na área dos sentimentos, é o mais difícil de se conseguir, porque envolve a mudança interior do ser humano. Isto é, de dentro para fora. Esse aprendizado se inicia dentro da família, desde quando somos bem pequeninos.

A mamãe e o papai, com muito amor, nos ensinam como agir, mostrando o que podemos ou não podemos fazer, educando-nos moralmente par a vida. Dão-nos lições para toda a existência, especialmente através dos seus exemplos.

Orientam-nos em matéria de educação religiosa, e, através do Evangelho de Jesus, aprendendo a amar a Deus, nosso Pai, e ao nosso próximo como a nós mesmos.

Muitas vezes, porém, somos rebeldes e não aceitamos as orientações que nos são dadas. Então, seguimos por um caminho de erros e desrespeito ao próximo e à natureza, causando danos aos que nos cercam, sejam humanos, animais ou plantas.

Então Deus, que é infinitamente bom e misericordioso, que sempre nos dá novas oportunidades para nos melhorarmos, usará de um método mais severo: o sofrimento.

Assim como os pais da Terra que, para curar os filhos doentes se utilizam de remédios mais amargos, até de uma injeção dolorida, o Pai Maior aplicará um remédio que nos causará dor e sofrimento, mas que nos propiciará a cura: pode ser uma doença, um susto, uma queda, um acidente, dando-nos  tempo suficiente para refletir em tudo que fazemos se arrepender dos erros, e nos tornarmos melhores.


Extraído do Jornal O Imortal – Março 2007

domingo, 28 de janeiro de 2018

HGIENE DA ALMA



Você sabe meu amiguinho, como se faz a higiene da alma?

Manter a higiene do corpo é muito importante para nossa saúde e para o bem-estar do organismo.
Tomar banho todos os dias, escovar os dentes, lavar as mãos depois de usar o banheiro, antes das refeições ou sempre que estivem sujas, é essencial para não sermos surpreendidos por doenças transmitidas por bactérias, vermes e outros agentes nocivos.

Todavia, a gente esquece de que a higiene da alma é tão importante quanto à higiene do corpo.
Então, como fazer a higiene da alma?

Para lavar a alma deixando-a bem limpinha, são necessários alguns cuidados. Por exemplo:
Você deve ter bons pensamentos, não guardar raiva nem rancor, não brigar com os amiguinhos, não ser agressivo com ninguém, respeitar a todos, não ser egoísta, nem orgulhoso e muito mais.

Para manter a boca limpa, não basta escovar os dentes, é preciso usar a palavra sempre para o bem, não falar mal de ninguém, não dizer palavrões, xingamentos ou mentiras.

Para que os “ouvidos da almas" sejam limpos, deve procurar sempre escutar o melhor, não conservando o “lixo” dos comentários maldosos e negativos que cheguem a seus ouvidos.

Seus olhos estarão limpos se procurar enxergar o lado bom de tudo o que ocorra a seu redor, evitando ver o lado negativo das pessoas e dos acontecimentos. Ler um livro, estudar, é muito importante para manter um ambiente saudável.

Para manter as mãos limpas, não basta à água, precisa usá-las para o bem, auxiliando os mais necessitados, como ajudar um idoso a atravessar a rua, guiar um cego, repartir tudo o que tem em excesso; plantar uma semente e cuidar para que ela se desenvolva; escrever uma carta, fazer carinho em alguém (seja gente ou animal), cuidar do cãozinho ou do gato da família, ajudar a mamãe nas tarefas caseiras. Tudo isso e muito mais você pode fazer, valorizando o dia e acrescentando felicidade em sua vida.

Você pode estar com o corpo limpo e cheiroso, e conservar a alma suja e escura, que não é do seu interesse.

Jesus, nosso Amigo maior, ensina que a verdadeira pureza é a da alma.

 Então, meu amiguinho, procure manter a limpeza d corpo e a limpeza da alma. Quando isso acontecer, todo o seu corpo será resplandecente de luz.

Especialmente agora que você já teve férias, descansou e vais voltar às aulas, faça planos para mudar seu comportamento, valorizando o propósito de realizar o melhor neste ano que apenas começa.

Jornal o Imortal fev. 2006

Um Minuto com Chico Xavier



Estávamos – diz Adelino Silveira – na residência do Chico. Seu estado de saúde não lhe permitia deslocar-se até o centro.
A multidão se comprimia lá na rua em frente.
Quando o portão se abriu, a fila de pessoas tinha alguns quarteirões. Foram passando uma a uma em frente ao Chico. Pessoas de todas as idades, de todas as condições sociais e dos mais distantes lugares do País. Algumas diziam:
- Eu só queira tocá-lo...
- Meu maior sonho era conhecê-lo...
-Só queira ouvir sua voz e apertar sua mão.
Uns queriam noticias de familiares desencarnados, espantar uma ideia de suicídio. Outros nada diziam nada pediam, só conseguiam chorar. Com uma simples palavra do Chico, seus semblantes se transfiguravam, saíam sorridentes.
Ao ver as pessoas ansiosas para tocá-lo, a interminável fila, a maneira como ele atendia a todos fiquei pensando; “Meus Deus, a aura do Chio é tão boa... seu magnetismo é tão grande, que parece que pulveriza nossas dores e ameniza nossas ansiedades”.
De repente, ele se volta pra mim e diz:
- Comove-me a bondade de nossa gente em vir visitar-me. Não tenho mais nada pra dar. Estou quase morto. Por que você acha que eles vêm?
Perguntou-me e ficou esperando a resposta.
Aí, pensei: Meu Deus, frente a um homem desses, a gente não pode mentir nem dizer qualquer coisa que possa vir ofender a sua humildade (embora ele sempre diga que nunca se considerou humilde).
Comecei então a pensar que quando Jesus esteve conosco, onde quer que aparecesse, a multidão o cercava. Eram pessoas de todas as idades, de todas as classes sociais e dos mais distantes lugares.

Muitos iam espera-lo nas estradas, nas aldeias ou na casa onde ele se hospedava. Onde quer que aparecesse, uma multidão o cercava. Tanto que Pedro lhe disse certa vez: “Be, vês que a multidão te comprime”. Zaqueu chegou a subir numa árvore somente para vê-lo.
Ver, tocar, ouvir era só o que queriam as pessoas.
Tudo isso passou pela minha cabeça com a rapidez de um relâmpago. E como ele continuava olhando para mim esperando a resposta, animei a dizer:
- Chico, acho que eles estão com saudades de Jesus.
Palavras tiradas do fundo do coração penso que elas não ofenderam sua modéstia.
A multidão continuou desfilando. Todos lhe beijavam a mão e ele beijava a mão de todos.
Lá pelas tantas de noite, quando a fila havia diminuído sensivelmente, percebi que seus lábios estavam sangrando. Ele havia beijado a mão de centenas de pessoas.
Fiquei com tanta pena daquele homem, nos seus oitenta e oiti anos, mais de setenta dedicados ao atendimento de pessoas, que me atrevi a perguntar:
- Por que você beija a mão deles?
A humildade de sua resposta continuará emocionando-me sempre:
-Porque não posso curvar para beijar-lhes os pés.
Do livro Momentos com Chico Xavier de Adelino da Silveira 1 ed. 1999

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Um apelo de Meimei em favor da criança


"Dizes que sou o futuro.
Não me desampares, no presente.
Dizes que sou a esperança da paz. Não me induzas à guerra.
Dizes que sou a promessa do bem. Não me confies ao mal.
Dizes que sou a luz dos teus olhos. Não me abandones às trevas.
Não espero somente o teu pão.
Dá-me luz e entendimento.
Não desejo tão-só a festa de teus carinho
Suplico-te amor com que me eduques.
Não te rogo apenas brinquedos.
peço-te bons exemplos e boas palavras.
Não sou simples ornamento de teu caminho.
Sou alguém que te bate à porta em nome de Deus.
Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.
compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo...
Corrige-me enquanto é tempo, ainda que eu sofra."
Meimei

Caminhos de Deus

Alberto não via a hora de sair de férias.
Tinha sido aprovado na escola e agora a para a segunda série. Sentia-se um homem!
Com o final das aulas,vieram as festas, presentes, doces e passeios. Porém, Alberto queria mesmo era viajar para a praia junto com os pais e os dois irmãos menores.
Assim, quando amanheceu o dia e se puseram na estrada, Alberto mal podia acreditar. Olhava pela janela do carro que corria veloz, admirando as paisagens, os animais, os rios.
Depois, a chegada no litoral e o cheiro de mar, que Alberto aspirou com entusiasmo.
Instalaram-se na casa e Alberto correu para a praia. Não podia perder tempo. Queria brincar.
Dona Laura, a mãe, preparou um lanche e foram todos para a praia.
Alberto brincou bastante na água e na areia. Quando voltaram para o guarda-sol, uma surpresa : o lanche havia desaparecido.
Olharam para todos os lados, porém não viram ninguém. Quem teria roubado? Aquela praia era afastada do movimento e praticamente deserta. Curioso é que na sacola havia dinheiro, máquina fotográfica, relógio e outras coisas. Nada tinha desaparecido. Só o lanche!
Estavam todos com fome. O jeito era voltar para casa e preparar outro lanche.
No dia seguinte, logo cedo, foram à praia.
Novamente o pacote de bolachas e as frutas que a mãe tinha trazido numa sacola, desapareceram.
Alberto ficou furioso. Acusou os irmãozinhos de terem comido tudo, porém as mãe o acalmou:
- Alberto, estive o tempo todo apo lado de seus irmãos, meu filho, e eles nem chegaram perto do nosso lanche!
- Então, quem foi? - gritou ele, inconformado.
- Não sei, meu filho. Talvez alguém que passou por aqui! De qualquer modo, certamente é alguém que precisa mais do que nós.
Alberto estava emburrado. "Ninguém vai roubar assim o nosso lanche!"pensava ele.
No dia seguinte, resolveu observar. Fingiu que estava brincando na água, mas ficou atento, não perdendo de vista o guarda-sol, onde estava a sacola com o lanche.
Depois de algum tempo, viu um garotinho se aproximar, saindo do meio do mato. O menino caminhava despreocupado, e, ao chegar perto da barraca, abaixou-se com rapidez, agarrando a sacola de lanche e desaparecendo novamente no meio do matagal.
Que garoto danado! Era menor do que ele, franzino, mas muito ágil.
Alberto tentou correr para alcançá-lo, mas como estava na água, teve mais dificuldade. Saindo do mar, foi rápido o encalço do garoto.
"Se eu pegar esse menino vou dar-lhe uma surra!", pensava ele, com raiva.
Caminhou por um caminho no meio das pedras e do mato até que viu um barraco caindo aos pedaços.
Aproximou-se e, como a porta estava aberta, entrou.
A casa era a mais pobre que já tinha visto.No meio da sujeira, viu o menino que ele perseguira. repartia os sanduíches que sua mãe tinha feito com outras três crianças menores, sentadas no piso de chão batido.
Ao vê-lo chegar, o garoto arregalou os olhos, cheio de medo. As crianças, muito magras, estavam imundas e mostravam o mesmo medo no olhar.
Notando a miséria do barraco, Alberto sentiu pena.
- São seus irmãos? - perguntou ao garoto maior.
Ele balançou a cabeça com gesto afirmativo.
- Sim. Lamento ter roubado seu lanche. Mas eles estão com muita fome e não tínhamos nada para comer - explicou.
- E seus pais, onde estão?
- Não tenho pai, e minha mãe está muito doente e não pode trabalhar. Veja!
Levantou um pano que, onde separava o quarto de dormir da cozinha e mostrou uma cama, onde Alberto viu uma mulher muito magra e fraca.
- O que ela tem? - perguntou.
- Não sei. Está queimando de febre e acho que morrer se não tiver atendimento médico. Tenho orado a Deus pedindo que ajude minha mãezinha... mas até agora... - disse, tristonho.
Alberto, já sem raiva e condoído da situação da família, animou-o:
- Não vai morrer, não. meu pai é médico e cuidará dela. Fique tranquilo. Volto logo.
Correu até a praia e, encontrando o pai, explicou-lhe a situação. Imediatamente ele foi até a casa, pegou sua maleta e acompanhou o filho até o barraco.
Lá chegando, examinou a mulher com cuidado e depois disse ao garoto maior:
- Como você se chama?
- Toninho, doutor.
- Bem Toninho, sua mãe está com pneumonia e precisa ser levada para o hospital. Vou cuidar disso. E os pequenos?
- Obrigado, doutor. Pode ir, não se preocupe. Tomo conta das crianças - falou com a firmeza de um adulto.
Alberto e Toninho tornaram-se amigos.
Laura, vendo a miséria em que eles viviam, apressou-se em levar comida, pão, leite, roupa e tudo o mais que pudessem precisar.
Alguns dias depois, a doente voltou para casa recuperada.
Comovida, ela disse:
- Nem sei como agradecer o amparo que recebi de vocês, nem a assistência que deram a meus filhos. Desculpem os erros do Toninho. Já conversamos e eu lhe expliquei de nunca mais deve roubar. Se necessário, deve pedir, mas não tirar nada de ninguém. E ele prometeu que nunca mais vai fazer isso. Obrigada, de coração.
- Não nos agradeça. Se não fosso Alberto, não conheceríamos vocês - disse Laura, olhando o filho com orgulho.
Toninho comentou, sorridente:
- É verdade. Foi Deus quem mandou Alberto como resposta a minhas preces. Se ele não viesse atrás de mim por causa do lanche que roubei, minha mãe não teria sido socorrida.
Alberto sorriu satisfeito e completou.
- Agora Toninho e eu somos bons amigos. Meu pai sempre diz que o acaso não existe. Tudo tem uma razão de ser. Acho que Deus age por caminhos que não conhecemos...

Tia Célia

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Por que sofrem as crianças?



Diante dos sofrimentos pelos quais milhões de crianças inocentes estão diária e sistematicamente passando, atribuir esse fato a um simples resgate de vidas passadas é um equivoco que não encontra amparo no que nos é ensinado pelo Espiritismo.

No cap V de O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec escreveu:
"Não há crer (...) que todo sofrimento suportado neste mundo denote a existência de uma determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito para concluir a sua depuração e ativar o seu progresso. Assim a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação, todavia, são sempre sinais de relativa inferioridade, porquanto o que é perfeito não precisa ser provado.

Pode, pois, um Espírito haver chegado a certo grau de elevação e, nada obstante, desejoso de adiantar-se mais, solicitar uma missão, uma tarefa a executar, pela qual tanto mais recompensado será, se sair vitorioso, quanto mais rude haja sido a luta. Tais, são, especialmente, essas pessoas de instintos naturalmente bons, de alma elevada, de nobres sentimentos inatos, que parece nada de mau haverem trazido de sua precedentes existências e que sofrem, com resignação toda cristã, as maiores dores, somente pedindo a Deus que as possam suportar sem murmurar.

Pode-se, ao contrário, considerar como expiações as aflições que provocam queixas e impelem o homem à revolta contra Deus.

Sem dúvida, o sofrimento que não provoca queixumes pode ser uma expiação, mas é indicio de que foi buscada voluntariamente, antes que imposta, e constitui prova de forte resolução, o que é sinal de progresso. "( O Evangelho segundo o Espiritismo, cap V item 9)

No cap VIII da 2 parte do livro O Céu e o Inferno, Kardec relata o caso de Marcel, um menino de cerca de 10 anos que se encontrava internado num hospital de província. Totalmente contorcido, já pela sua deformidade inata, já pela doença, as pernas se lhe torciam roçando pelo pescoço, num tal estado de magreza, que eram pele sobre ossos. O corpo, uma chaga; os sofrimentos, atrozes. Marcel era oriundo de uma família israelita. A moléstia dominava aquele seu organismo havia oito longos anos, e no entanto demonstrava o enfermo uma candura, uma paciência e uma resignação edificantes.

Um dia, o menino disse ao médico que o assistia:
- Doutor, tenha a bondade de me dar ainda uma vez aquelas pílulas ultimamente receitadas.

_ Para que? replicou-lhe o médico, se já te ministrei o suficiente, e maior quantidade pode fazer-te mal...

- É que eu sofro tanto, que dificilmente posso orar a Deus para que me dê forças, pois não quero incomodar os outros enfermos que aí estão. Essas pílulas fazem-me dormir e, menos quando durmo, a ninguem incomodo.

O fato basta para demonstra a grandeza daquela alma encerrada num corpo informe. Onde teria ido essa criança haurir tais sentimentos? Certo, não foi no meio em que se educou; além disso, a idade em que principiou a sofrer, não possuía sequer o raciocínio. Tais sentimentos eram-lhe inatos; mas então por que se via condenado ao sofrimento, admitindo-se que Deus houvesse concomitantemente criado um alma assim tão nobre e aquele mísero corpo instrumento dos suplícios? É preciso negar a bondade de Deus, ou admitir a anterioridade de causa, isto é, a preexistência da alma e a pluralidade das existências.

Os últimos pensamentos daquele menino, ao desencarnar, foram para Deus e para o caridoso médico que o assistiu por longo tempo.

Decorrido algum tempo, foi seu Espírito evocado na Sociedade de Paris, onde deu em 1863 a seguinte comunicação:

"A vosso chamado, vim fazer que a minha voz se estenda para além deste círculo, tocando todos os corações. Oxalá seu eco se faça ouvir na solidão, lembrando-lhes que as agonias da Terra têm por premissas as alegrias do céu; que o martírio não é mais do que a casca de um fruto deleitável, dando coragem e resignação.

Essa voz lhes dirá que, sobre o catre da miséria, estão os enviados do Senhor, cuja missão consiste na exemplificação de que não há dor insuportável, desde que tenhamos o auxílio do Onipotente e dos seu bons Espíritos. Essa voz lhes fará ouvir lamentações de mistura com preces, para que lhes compreendam a harmonia piedosa, bem diferente da de coros de lamentações mescladas com blasfêmias.

Um dos vossos bons Espíritos, grande apóstolo do Espiritismo, cedeu-me o seu lugar por esta noite.

Por minha vez, também me compete dizer algo sobre o progresso da vossa Doutrina, que deve auxiliar em sua missão os que entre vós encarnam para aprender a sofrer. O Espiritismo será a pedra de toque, os padecentes terão o exemplo e a palavra, e então as imprecações terão o exemplo e a palavra, e então as imprecações se transformarão em gritos de alegria e lágrimas de contentamento" (O Céu e o Inferno 2 parte cap VIII)

Kardec perguntou-lhe - Pelo que afirmais, parece que os vossos sofrimentos não eram expiações de faltas anteriores. O Espírito de Marcel respondeu:

'Não seriam uma expiação direta, mas asseguro-vos que todo sofrimento tem uma causa justa. Aquele a quem conhecestes tão mísero foi belo, grande, rico e adulado. Eu tivera turiferários e cortesãos, fora fútil e orgulhoso. Anteriormente fui bem culpado, reneguei Deus, prejudique meu semelhante, mas expiei cruelmente, primeiro no mundo espiritual e depois na Terra. Os meus sofrimentos de alguns anos apenas, nesta última encarnação, suportei-os eu anteriormente por toda uma existência que ralou pela extrema velhice. Por meus arrependimentos reconquistei a graça do Senhor, o qual me confiou muitas missões, inclusive a última, que bem conheceis, E fui eu quem as solicitou, para terminar a minha depuração. Adeus, amigos; tornarei algumas vezes. A minha missão é de consolar, e não de instruir.

Há, porém aqui muitas pessoas cujas feridas jazem ocultas, e essas terão prazer com a minha presença. "( O Céu e o Inferno 2 parte cap VIII)

Essa mania - tão comum em certos meios - de apontar supostas causas para determinados fatos dever evitada, sobretudo pelas pessoas que usam a tribuna ou se valem da imprensa para divulgar os ensinamentos espíritas. Trata-se da prática do conhecido achismo, que somente prejudica e em nada beneficia a divulgação da doutrina espírita.

Se não temos condições nem conhecimento de causa para formular uma explicação ou dar uma resposta a determinada pergunta, basta dizer - Não sei, mas vou pesquisar e então lhe darei a resposta a determinada pergunta.

Agir de forma diferente é prestar um desserviço à doutrina que abraçamos.

Astolfo O. de Oliveira Filho - Jornal O Imortal ano 65 N 767 Jan 2018
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